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Aprender com os desaires

A Bélgica tornou-se a primeira selecção a dizer adeus ao Europeu de Futsal, na sequência da derrota (4-2) ante a Ucrânia, mas André e Zico retiram ilações positivas da experiência em solo húngaro.

Zico (à esquerda) com o seleccionador belga Benny Meurs
Zico (à esquerda) com o seleccionador belga Benny Meurs ©Sportsfile

A Bélgica tornou-se esta quinta-feira a primeira selecção a dizer adeus ao Campeonato da Europa de Futsal, com a derrota (4-2) ante a Ucrânia, em Debrecen, a revelar-se fatal para os comandados de Benjamin Meurs, que já tinham sido derrotados pela Itália na primeira jornada do Grupo B. Apesar da eliminação precoce, dois dos três jogadores nascidos no Brasil que representam os belgas, André e Zico, retiram ilações positivas da experiência em solo húngaro, tendo afirmado isso mesmo em declarações exclusivas ao uefa.com.

Aproveitar a experiência
Melhor marcador de sempre da Taça UEFA de Futsal e vencedor dessa mesma prova em 2004/05 com a camisola do Action 21 Charleroi, André está mais do que habituado aos grandes palcos. O talentoso dianteiro, de 31 anos de idade, começou por se evidenciar no seu país de origem, o Brasil, mas nos oito anos que já leva na Bélgica conquistou nada mais nada menos que sete campeonatos, isto para além de ser a grande referência de uma selecção cuja última participação num Europeu de Futsal remontava a 2003. "A experiencia foi muito boa, mas infelizmente não nos conseguimos apurar. Tudo aquilo que conseguimos de positivo nesta prova vamos guardar para nos ajudar a chegar a um nível mais elevado", começou por dizer o atleta formado nos brasileiros do Santa Cruz FC.

Aprender com os melhores
André esteve muito perto de facturar frente à Ucrânia quando ainda se registava um nulo no marcador, mas o seu potente disparo viu a bola embater com estrondo no poste. Bem mais eficaz revelou-se a equipa ucraniana, que se fez valer da sua enorme experiência para prevalecer na partida disputada na Fönix Arena. "A Ucrânia é uma equipa muito boa, que defende muito bem e sabe aproveitar as oportunidade de que dispõe. Acho que essa foi mesmo a maior diferença na partida desta noite. Trabalhámos muito para estar aqui a um bom nível, mas acho que a experiência desempenhou um papel importante no nosso trajecto. O nosso campeonato nacional ainda deixa muito a desejar quando comparado com outros países. Fizemos alguns amigáveis ante selecções poderosas, mas ainda não é suficiente. Ainda falta muita coisa", concluiu André.

Espírito de sacrifício
Campeão Mundial Universitário em 1996, Zico é outro dos jogadores que acrescenta um forte sotaque brasileiro à selecção belga. O veterano defesa, que completa 34 anos em Abril, mostrou-se realista na hora de analisar o afastamento da sua equipa. "É óbvio que estamos tristes por termos sido eliminados, mas não nos podemos esquecer que perdemos frente a duas grandes equipas. A Itália e a Ucrânia bateram-nos de forma justa, pelo que temos que olhar em frente com confiança e na certeza de que vamos continuar a melhorar o nosso nível", disse Zico ao uefa.com. Apesar de não ter chegado a este Europeu nas condições ideais, fruto de uma lesão num dedo de um pé, Zico ignorou as dores para tentar ajudar a Bélgica no seu objectivo. "Joguei um pouco em sacrifício, mas o treinador achou que eu podia ser útil e dei o meu melhor. Pena foi que não tivesse sido suficiente".