Espanha dominadora
Sumário do artigo
A Espanha venceu na Hungria o seu terceiro Campeonato da Europa de Futsal, culminando 12 anos de domínio na modalidade, com Portugal, Azerbaijão e República Checa a revelarem-se as surpresas da prova.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Com 12 finalistas em vez de oito pela primeira vez, a prova teve lugar em duas cidades - Budapeste e Debrecen. No inovador piso preto viram-se algumas surpresas na edição de 2010 do Campeonato da Europa de Futsal, que terminou no sábado, dia 30 de Janeiro de 2010, na Hungria. Mas há uma coisa que não mudou: o nome do vencedor.
A Espanha venceu Portugal por 4-2 na final de Debrecen e assim alcançou o terceiro título europeu consecutivo e quinto num total de sete edições, tendo começado a prova com um 9-1 ante a estreante Bielorrússia. A seguir Portugal foi batido por 6-1 e, apesar de a Rússia a ter obrigado a ir ao desempate por grandes penalidades depois de um nulo nos quartos-de-final, a Espanha voltaria a golear nas meias-finais, desta feita a República Checa, por uns claros 8-1. Na final, os espanhóis foram de novo melhores ante a selecção portuguesa, tendo, apesar de um pequeno susto na partida, voltado a ganhar. O guardião Luis Amado, Kike, o capitão Javi Rodríguez e Daniel venceram o quarto título europeu, com os dois últimos a fazerem a sua derradeira aparição a este nível.
Portugal chegou à final pela primeira vez, apesar de ter sobrevivido no Grupo D graças à diferença de golos, depois de ter começado com um 5-5 ante uma voluntariosa Bielorrússia, a que se seguiu uma primeira derrota com a Espanha. Mas as coisas melhorariam nas rondas a eliminar, onde Portugal, que não contou, por lesão, com Ricardinho, ultrapassaria primeiro a Sérvia por 5-1 e depois, no desempate por grandes penalidades, o Azerbaijão, o que valeu um lugar na final.
Os semi-finalistas vencidos surpreenderam muita gente. O Azerbaijão fez o seu primeiro Europeu, mas a sua carismática equipa deixou a sua marca, com destaque para o veterano guardião de 42 anos Andrey Tveryankin e da legião de brasileiros naturalizados, como Biro Jade, Thiago e o possante e talentoso pivot, Serjão. No Grupo A, bateram com facilidade Hungria e República Checa, a que se seguiu a Ucrânia no desempate por grandes penalidades, com Tveryankin a correr o campo todo a festejar a sua segunda defesa, apesar de Rizvan Farzaliyev ainda ter de bater a grande penalidade que daria a vitória. Os checos começaram com uma derrota por 6-1 com o Azerbaijão e estiveram a perder por 4-0 com a Hungria, mas deram a volta, culminada com um sensacional triunfo por 6-5, seguida de uma vitória sobre a Itália no desempate por grandes penalidades nos quartos-de-final.
Itália e Rússia chegaram à Hungria rotulados de principais adversários da Espanha, mas caíram nos quartos-de-final, naquela que foi a pior participação dos "azzurri". Quanto aos da casa, a Hungria encheu o pavilhão duas vezes em Budapeste, e no jogo com os checos viveu-se de tudo um pouco. Primeiro alegria, depois tensão, a seguir alívio e por fim uma enorme desilusão para os adeptos, que apesar da eliminação, continuaram a comparecer em grande número, fazendo deste Europeu aquele que mais público teve nas bancadas.