O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Pedro Costa espera repetir êxito "encarnado"

Após erguer o troféu na época passada como capitão do Benfica, Pedro Costa quer repetir o feito no Cazaquistão, mas sabe que o campeão é "a equipa que todos querem bater".

Pedro Costa, capitão do Benfica
Pedro Costa, capitão do Benfica ©SL Benfica

Há um ano, Pedro Costa, capitão do Benfica, ergueu a Taça UEFA de Futsal diante de um Pavilhão Atlântico repleto com um número recorde de 9,400 espectadores em êxtase. Desta feita, o Benfica viajou até ao Cazaquistão para a fase final da prova, na qual vai lutar com os italianos do ASD Città di Montesilvano C/5 pela oportunidade de encontrar depois, no jogo decisivo, o anfitrião Kairat Almaty ou o campeão português Sporting. O experiente internacional português falou ao UEFA.com sobre as suas recordações da conquista da temporada transacta e sobre as suas ambições para esta edição.

UEFA.com: Qual a diferença entre partir para a fase final em busca de conquistar o troféu pela primeira vez e entrar nela como detentor do troféu?

Pedro Costa: No ano passado conseguimos, finalmente, ultrapassar aquela barreira psicológica do "foi quase" ou do "ficámos tão perto". Agora somos a equipa que todos querem bater e, enquanto detentores do troféu, temos a obrigação de dar tudo para revalidar o título.

UEFA.com: Qual a melhor memória que guarda do triunfo do ano passado?

Pedro Costa: Olhar para as bancadas e ver 9,400 pessoas a encherem por completo o Pavilhão Atlântico para nos apoiarem rumo ao maior feito que o futsal português viveu até ao momento.

UEFA.com: Agora a equipa é algo diferente, a começar pelo treinador, Paulo Fernandes. Fale-nos um pouco dele.

Pedro Costa: Conheço o Paulo há muitos anos, mas é a primeira vez que o tenho como treinador. É um técnico bastante organizado e metódico. Como pessoa é extremamente educado e sabe escutar os jogadores nos momentos certos. Porém, a sua maior qualidade é acreditar muito no seu trabalho e conseguir transmitir essa mensagem de confiança aos jogadores.

UEFA.com: São duas as equipas portuguesas presentes na fase final e, pela primeira vez, não há qualquer equipa espanhola nem russa. O que significa isto para o futsal português?

Pedro Costa: É uma prova evidente de que o futsal português vive o seu melhor momento de sempre. O ano de 2010 foi inesquecível para todos os adeptos deste espectacular desporto. Os clubes russos e espanhóis continuam a ser bastante fortes, mas a verdade é que desta feita estão fora da luta pela conquista do troféu de clubes mais ambicionado.

UEFA.com: Está o equilíbrio de forças no futsal a mudar?

Pedro Costa: Esse equilíbrio de forças mudou a 25 de Abril de 2010. Trata-se de uma data histórica para Portugal devido à revolução de 1974 e tornámo-la também inesquecível para o futsal.

UEFA.com: Ricardinho, que tão importante foi na conquista do último ano, partiu para o Japão. Quem ocupou o seu lugar na equipa?

Pedro Costa: O Ricardo é provavelmente o melhor jogador português de futsal de todos os tempos e teve sempre grande influência no Benfica durante a sua permanência no clube. Entretanto, decidiu abraçar um novo desafio na sua carreira. O Benfica procurou garantir a sucessão de Ricardinho de acordo com o seu estilo de jogo. Chegaram alguns novos jogadores de grande valor, com enorme potencial – mas, inteligentemente, ninguém quis chegar a assumir-se como substituto directo do Ricardinho. Para mim, o vazio deixado com a sua saída foi substituído pelo nosso fantástico jogo colectivo.

UEFA.com: Quais são os pontos fortes do Montesilvano?

Pedro Costa: O Montesilvano tem um vasto leque de jogadores oriundos do Brasil, capazes de fazer a diferença em qualquer momento do jogo. Julgo ser essa a sua principal força.