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Espanha faz história em final europeia

A Espanha não só ganhou o Campeonato do Mundo pela primeira vez, ao bater a Holanda por 1-0, como se tornou na segunda nação a fazê-lo logo após ser campeã da Europa.

Andrés Iniesta para a história
Andrés Iniesta para a história ©AFP

A Espanha não só ganhou o Campeonato do Mundo pela primeira vez, este domingo, em Joanesburgo, no Soccer City Stadium, ao bater a Holanda por 1-0, como se tornou na primeira selecção europeia a conquistar o ceptro mundial fora do "velho continente".

Para além disso, a formação comandada por Vicente del Bosque tornou-se apenas na segunda nação em toda a história - após a República Federal da Alemanha, em 1972 e 1974 - a arrecadar o título mundial, logo após ter sido campeã da Europa, no UEFA EURO 2008. A Espanha ganhou à Holanda, graças a um tento de Andrés Iniesta no prolongamento e tornou-se no oitavo país a erguer o cobiçado troféu, depois de Uruguai, Itália, República Federal Alemã/Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina e França.

É extraordinário o facto de duas selecções europeias terem lutado pela concretização desse feito notável, especialmente quando observado o seu contexto histórico. É bom lembrar que apenas seis selecções da Europa conseguiram marcar presença nas anteriores oito finais de Campeonatos do Mundo disputadas fora do continente europeu. E acabaram todas derrotadas.

A Checoslováquia perdeu com o Brasil no Chile, em 1962, a Itália viu-se igualmente derrotada pela selecção brasileira no México, em 1970, antes de a Holanda (naquele que seria o segundo desaire da equipa "laranja" em finais) perder diante da anfitriã Argentina, oito anos mais tarde. A mesma Argentina bateu a República Federal da Alemanha no México, em 1986, e o Brasil derrotou, depois, a Itália, em 1994, nos Estados Unidos, e a Alemanha, em 2002, no Japão.

O encontro deste domingo foi a segunda final consecutiva do Mundial em que se defrontam dois países europeus, mas foi apenas a oitava ocasião em que tal aconteceu, em 19 edições da prova:

• 2006 (Alemanha): Itália 1-1 França (após prolongamento, Itália vence 5-3 nos penalties)
• 1982 (Espanha): Itália 3-1 República Federal da Alemanha
• 1974 (República Federal da Alemanha): Holanda 1-2 República Federal da Alemanha
• 1966 (Inglaterra): Inglaterra 4-2 República Federal da Alemanha (após prolongamento)
• 1954 (Suíça): República Federal da Alemanha 3-2 Hungria
• 1938 (França): Itália 4-2 Hungria
• 1934 (Itália): Itália 2-1 Checoslováquia (após prolongamento)

Curiosamente, a Espanha - que nunca tinha disputado sequer uma meia-final de um Mundial - e a Holanda nunca se haviam defrontado antes em jogos do Mundial ou do Campeonato da Europa. Os nove encontros anteriores, que começaram com vitória da Espanha por 3-1 na final do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica, em 1920, incluiam quatro triunfos para cada lado.

Enquanto a Espanha foi o nono país da Europa na final, após a Alemanha, Itália, França, Checoslováquia, Hungria, Inglaterra, Suécia e, claro, a Holanda, a selecção "laranja", precursora do denominado "futebol total", perdeu sucessivamente as finais de 1974 e 1978. Ao defrontar a Espanha – elevando a presença de países europeus em jogos decisivos do Mundial para 25 –, os homens de Bert van Marwijk tiveram a oportunidade de confirmar o ditado que afirma "à terceira é de vez", em especial quando Arjen Robben viu Iker Casillas negar-lhe por duas vezes o golo.

Um desperdício que haveria de custar caro, pois a Espanha acabaria por se sagrar campeã do Mundo, com apenas oito golos apontados na competição, menos três que o anterior mínimo, de 11, estabelecido por Inglaterra em 1966 e Brasil, em 1994. A Espanha sofreu apenas dois golos, igualando um recorde para uma equipa campeã detido pela França (1998) e pela Itália (2006).

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