Iniesta dá título à Espanha
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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Holanda 0-1 Espanha (após prolongamento)
A formação ibérica foi mais forte e acabou por resolver a final no prolongamento, por Andrés Iniesta.
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A Espanha sagrou-se pela primeira vez campeã do Mundo, ao bater na final a Holanda por 1-0. Num jogo muito táctico e duro, mas com boas ocasiões de golo, foi necessário recorrer a um prolongamento para decidir a atribuição do mais desejado título de selecções, com Andrés Iniesta a fazer o resultado, a cinco minutos do final.
A Espanha começou melhor, a Holanda respondeu bem, mas a segunda parte foi dominada pela formação ibérica. No entanto, as oportunidades foram repartidas, pelo que qualquer uma das equipas poderia ter decidido tudo no tempo regulamentar.
Os espanhóis deram mostras de querer desde cedo impor o seu jogo. Logo aos cinco minutos, Sergio Ramos obrigou Maarten Stekelenburg a uma defesa estupenda, na sequência de um cabeceamento em plena grande área. Gerard Piqué ainda tentou a recarga, mas a defesa holandesa afastou. O lateral-direito voltou a criar perigo aos 11 minutos, ao fugir pela esquerda e ao rematar cruzado, com Heitinga a cortar para fora no momento exacto.
A formação ibérica entrou a todo o gás, mas aos poucos os holandeses começaram a acertar nas marcações e a cortar as linhas de passe adversárias, pelo que a partida ganhou equilíbrio e alguma dureza. Muitas faltas, castigadas com alguns cartões amarelos pelo árbitro Howard Webb, resultaram na quebra de ritmo do encontro, pelo que, até ao intervalo, a nota digna de maior realce vai para um remate perigoso de Arjen Robben, em período de descontos, a obrigar Iker Casillas a defesa apertada.
Mais do mesmo no início do segundo tempo, com muita luta e poucas jogadas de envolvimento a criarem perigo junto das duas balizas. Até que surgiu a melhor ocasião da partida, pouco depois da hora de jogo. Wesley Sneijder efectuou um passe magistral a isolar Robben e este, perante Casillas, permitiu que o guardião desviasse a bola com a ponta do pé, para canto. Respondeu a Espanha aos 69 minutos, com Jesús Navas a centrar da direita, John Heitinga a falhar clamorosamente e a bola a sobrar para David Villa. Este, sozinho, rematou para corte milagroso de Heitinga.
A segunda metade da etapa complementar foi dominada pela Espanha, que quase fez golo aos 77 minutos, por Sergio Ramos, que cabeceou por cima quando tinha tudo para facturar. Os espanhóis conseguiam colocar muitos elementos no ataque, trocando a bola com muita velocidade, dando ideia de que a Holanda começava a perder fulgor no meio-campo. O que não invalidou que Robben falhasse novo golo isolado, aos 83 minutos, permitindo nova defesa de Casillas.
O nó não se desatou e o encontro foi prolongamento e aí, aos 95 minutos, Cesc Fàbregas isolou-se, mas imitou Robben, permitindo a defesa de Stekelenburg. Na resposta, Joris Mathijsen cabeceou por cima, com Casillas batido. Aos 110 minutos, Heitinga viu o segundo cartão amarelo, e respectivo vermelho, e cinco volvidos, a Espanha fez o golo. Fàbregas fez o passe para Iniesta e este, solto na grande área, atirou a contar.