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O que correu mal à Holanda na qualificação

"Sinto um vazio enorme, tanto a nível físico como a nível mental", admitiu Wesley Sneijder, capitão da Holanda. Berend Scholten, repórter UEFA.com, olha para o que falhou na selecção "laranja".

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A campanha de qualificação da Holanda terminou como começou: com uma derrota frente à República Checa. Desta feita, porém, a situação era já irremediável.

O desaire caseiro, por 3-2, sofrido esta terça-feira em Amesterdão foi, sem dúvida, sintomático, com a selecção "laranja" a mostrar-se incapaz de dar a volta a um jogo depois de se ver em desvantagem. A verdade é que nunca conseguiu verdadeiramente ultrapassar a derrota por 2-1 sofrida em Praga logo a abrir, em Setembro do ano passado.

Guus Hiddink era, então, o seleccionador, depois de ter sucedido a Louis van Gaal após este guiar os holandeses ao terceiro posto no Campeonato do Mundo da FIFA de 2014. O agora treinador do Manchester United tinha tido êxito recorrendo a uma formação táctica em 5-3-2, mas Hiddink tentou regressar ao clássico 4-3-3, bem mais tradicional nas selecções holandesas. Os jogadores, porém, não se conseguiram adaptar e Hiddink acabou por ser despedido, com Danny Blind a assumir o leme.

Já não havia, contudo, muito a fazer e a Holanda vai mesmo falhar a fase final de um Campeonato da Europa da UEFA pela primeira vez em 32 anos.

"Sinto um vazio enorme, tanto a nível físico como a nível mental", reconheceu o capitão Wesley Sneijder. "Tínhamos de vencer, mas não se podem cometer erros como estes. A verdade é essa. Agora, está tudo acabado. O facto de não nos termos qualificado tem de ser assumido como um falhanço colectivo por parte de jogadores e equipa técnica."

Bas Dost, avançado do Wolfsburgo, que apenas se estreou pela selecção principal do seu país em Março último, no empate 1-1 frente à Turquia, era o espelho do sentimento que atravessa todo o país. "Agora faço parte da selecção, mas nos últimos anos era um simples adepto", lembrou ao UEFA.com. "E, por isso, percebo perfeitamente que todos os adeptos estejam zangados connosco neste momento. Todo o país está desiludido e vai levar algum tempo até ultrapassarmos isto."

Apesar do desespero, os holandeses podem encontrar algum alento se recordarem o que aconteceu depois de a sua selecção ter falhado o apuramento para a fase final do Europeu de 1984. Previa-se um período complicado, mas a verdade é que quatro anos depois a Holanda estava a festejar a conquista do título de campeã europeia, na Alemanha.

No futebol, tudo muda muito rapidamente. Sneijder, Klaas-Jan Huntelaar, Robin van Persie e Arjen Robben estão no Outono das suas carreiras, mas os adeptos holandeses contam já com Memphis Depay para ocupar o trono. Primeiro, contudo, será necessário assimilar esta desilusão.

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