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Os melhores confrontos do "play-off" do EURO

Com o "play-off" à porta, o UEFA.com aproveita a oportunidade para revisitar alguns dos embates mais memoráveis desde a introdução desta fase da competição, em  1995.

Portugal festeja o apuramento à custa da Bósnia e Herzegovina em 2011
Portugal festeja o apuramento à custa da Bósnia e Herzegovina em 2011 ©Fedja Krvavac

Com oito selecções a prepararem-se para quatro confrontos do "play-off" potencialmente emocionantes a partir de quinta-feira, o UEFA.com aproveita a oportunidade para mergulhar na história e escolher cinco dos melhores desde a introdução desta fase da competição, antes do EURO '96. 

1995: Irlanda 0-2 Holanda
O primeiro "play-off" de sempre decidiu a última vaga para a fase final, em Inglaterra, e foi precisamente no país anfitrião que teve lugar a única mão do embate entre os segundos classificados com menos golos marcados na fase de qualificação. A partida decorreu em Anfield, Liverpool – cidade situada do outro lado do Mar da Irlanda e com ligações históricas à Ilha Esmeralda.

Os seleccionadores Guus Hiddink e Jack Charlton durante o jogo
Os seleccionadores Guus Hiddink e Jack Charlton durante o jogo©Getty Images

No final, foi o contingente holandês a ter motivos para sorrir, pois a equipa comandada por Guus Hiddink saiu vencedora graças a dois golos de classe apontados por Patrick Kluivert, então com 19 anos, o segundo dos quais num magnífico chapéu. "O Clarence Seedorf esteve tremendo", lembrou o irlandês John Aldridge. No entanto, as coisas acabariam por não correr tão bem a Seedorf na fase final, uma vez a grande penalidade que falhou no desempate frente à França, nos quartos-de-final, revelar-se-ia decisiva.

1999: Eslovénia 3-2 Ucrânia
Para a edição de 2000, o "play-off" foi expandido para duas mãos e a Eslovénia afastou a forte oposição da Ucrânia, apurando-se para a primeira fase final de um grande torneio, apesar de terem estado em desvantagem nos dois encontros. Andriy Shevchenko colocou os visitantes – que acabariam reduzidos a nove jogadores – na frente em Ljubljana, antes de Zlatko Zahovič e o suplente Milenko Ačimovič darem ligeiro ascendente à Eslovénia na eliminatória.

Miran Pavlin, da Eslovénia, num dos jogos contra a Ucrânia
Miran Pavlin, da Eslovénia, num dos jogos contra a Ucrânia©Getty Images

Na partida de volta, Serhiy Rebrov, de grande penalidade, pôs novamente os ucranianos no comando, mas o golo de Miran Pavlin, a 12 minutos do fim, permitiu o empate à Eslovénia num jogo com marcado por muita neve em Kiev. "Somos todos heróis agora", afirmou o seleccionador esloveno Srečko Katanec.

1999: Escócia 1-2 Inglaterra
A vantagem de jogar em casa significou pouco para os vizinhos das Ilhas Britânicas, pois ambos perderem as partidas em casa. A Inglaterra de Kevin Keegan parecia a caminho da prova na Bélgica e na Holanda depois de Paul Scholes marcar os dois golos na vitória por 2-0 na primeira mão, em Hampden Park, Glasgow. "Ele tem tudo, é o jogador mais talentoso", disse Keegan. "Estivemos fantásticos."

Paul Scholes marca à Escócia em Hampden Park
Paul Scholes marca à Escócia em Hampden Park©Getty Images

Mas no segundo jogo foram os escoceses a estarem em grande. O golo de cabeça de Don Hutchinson, aos 38 minutos, proporcionou um final emocionante, só que a Inglaterra conseguiu aguentar até ao fim, não obstante não ter feito qualquer remate enquadrado com a baliza em Wembley. "Merecíamos mais do que um golo", afirmou o seleccionador da Escócia, Craig Brown, cujo país falhou então o primeiro de nove grandes torneios seguidos.

2003: Letónia 3-2 Turquia
A Turquia chegara às meias-finais do Campeonato do Mundo de 2002 e falhara a vitória no Grupo 7 de qualificação, para a Inglaterra, apenas por um ponto, por ninguém acreditava nas possibilidades da Letónia, à procura de estrear-se numa fase final de uma grande competição. Mas talvez não contassem com o espírito de luta da equipa de Aleksandrs Starkovs e Māris Verpakovskis deixou-a em vantagem ao marcar o golo da vitória na primeira mão, por 1-0, em Riga. O regresso à normalidade quatro dias depois, em Istambul, parecia encaminhar os turcos rumo ao apuramento quando Hakan Şükür, aos 64 minutos, deixou-os a vencer por 2-0 nessa noite e por 2-1 no total da eliminatória.

A Letónia festeja em Istambul
A Letónia festeja em Istambul©Getty Images

Contudo, um minuto volvido, o livre de Juris Laizāns passou por entre a barreira antes de entrar na baliza turca. Verpakovskis acorreu depois a um alívio longo por parte do guarda-redes Aleksandrs Koļinko e empatou a contenda, selando a histórica qualificação do seu país. "Criámos sensação na Europa", disse Starkovs. "Este é o maior feito da história do futebol letão", acrescentou satisfeito o presidente da Federação de Futebol da Letónia (LFF), Guntis Indriksons.

2011: Portugal 6-2 Bósnia e Herzegovina
Somente uma grande penalidade apontada por Samir Nasri, aos 78 minutos, em Paris, no último jogo do Grupo D, impediu a Bósnia e Herzegiovina de se qualificar automaticamente para a sua primeira fase final. Por isso, os bósnios tinham razões para estarem positivos quando impuseram um nulo a Portugal a abrir a eliminatória. De facto, apenas um par de falhanços de Vedad Ibišević, na ponta final do encontro, negara a vitória à equipa anfitriã na primeira mão, em Zenica.

Cristiano Ronaldo celebra na segunda mão
Cristiano Ronaldo celebra na segunda mão©Getty Images

Mas o que se passou na partida de volta, em Lisboa, revelou-se muito diferente e Cristiano Ronaldo inspirou os anfitriões a afastarem a congénere de Safet Sušić. O actual jogador do Real Madrid bisou e foi mais tarde imitado por Hélder Postiga, tendo Portugal chegado depois até às meias-finais, fase em que perdeu com a Espanha, eventual vencedora da prova, no desempate por grandes penalidades. "É uma vitória especial, estamos todos de parabéns", revelou Nani, outro dos autores dos golos. "O povo português merece isto."

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