Dez razões para o sucesso da Alemanha com Löw
sábado, 14 de março de 2015
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Com Joachim Löw a renovar contrato com a Alemanha até ao final da campanha de participação no Mundial 2018, o UEFA.com explora as razões do seu sucesso.
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Joachim Löw, vencedor do Campeonato do Mundo de 2014, renovou com a Alemanha até Junho de 2018.
Após assumir o cargo em 2006, tem alcançado excelentes resultados. O UEFA.com apresenta dez razões para o sucesso do treinador de 55 anos.
1. Desenvolvimento jovem
Após o último lugar na fase de grupo do UEFA EURO 2000 e um plantel envelhecido, o desenvolvimento jovem no país foi submetido a uma profunda reformulação. Isso resultou em títulos nos escalões jovens, com esse talento já na formação principal e com mais uma geração a caminho. Por isso Löw diz: "A nossa jovem equipa ainda não terminou o seu desenvolvimento".
2. Nova abordagem táctica
Löw actualizou a abordagem da equipa, mantendo as "virtudes alemãs" e instituindo um estilo mais entusiasmante e ofensivo.
3. Plataforma perfeita
Antes do Mundial de 2006, foi nomeado pela primeira vez um director desportivo, algo que ajudou a profissionalizar ainda mais a equipa.
4. Flexibilidade
Löw seguiu sempre um determinado estilo de jogo mas ajusta-o conforme as necessidades. O 4-2-3-1, adoptado nos quartos-de-final do UEFA EURO 2008, frente a Portugal, tem sido a base desde então. Nos torneios seguintes incorporou um futebol rápido e de contra-ataque e depois adaptou o futebol de posse espanhol, antes de se apresentar em 4-3-3 no Mundial de 2014.
5. Soma de todas as partes
Löw consegue sempre lidar com a perda de jogadores importantes, já que os seus pupilos sabem exactamente o que fazer no sistema. Por isso a ausência de Marco Reus, o jogador alemão em melhor momento de forma antes do torneio, passou despercebida.
6. Adversidades fortalecem
A actual selecção alemã demorou vários anos a construir. Nem tudo foram facilidades e isso só serviu para aumentar a união no seio da equipa. Um bom exemplo é a derrota do FC Bayern München na final da UEFA Champions League de 2012. Ao recuperar rapidamente para protagonizar uma campanha impar, os jogadores da equipa bávara transportaram essa mentalidade ganhadora para a selecção.
7. Concentração certa
Löw conseguiu incutir a dose certa de concentração nos seus jogadores, fazendo-os pensar a longo prazo. Exemplo disso foram os festejos comedidos após a goleada histórica sobre o Brasil.
8. Fé recompensada
Löw manteve a aposta em lesionados de longa data, como Miroslav Klose e Schweinsteiger, e estes desempenharam um papel fundamental nos seus planos, com cruciais (Klose) e exibições notáveis em momentos importantes (Schweinsteiger, na final do Mundial).
9. Decisões complicadas
Löw não tem tido receio de tomar decisões complicadas e pouco populares, como mostra a não convocação dos goleadores Mario Gomez e Stefan Kiessling para o Mundial 2014.
10. Lidar com os jogadores
Löw não é um disciplinador que goste de manter os jogadores sob controlo apertado. Deixa bem claro quais são os limites, reage quando são ultrapassados, mas dá-lhes liberdade e acredita que vão agir como profissionais. Isso proporciona um bom ambiente de trabalho durante torneios.