Berezovski: Último obstáculo de Portugal
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
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Em forma apesar de ter 40 anos, o guarda-redes Roman Berezovski vai dar tudo para voltar a travar Portugal, contra o qual se estreou pela Arménia com um nulo em 1996.
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Roman Berezovski é o mais velho jogador a ter até à data marcado presença num encontro da fase de qualificação para o UEFA EURO 2016 e vai, esta sexta-feira, reencontrar Portugal, a selecção frente a quem se estreou pela Arménia há 18 anos sem sofrer qualquer golo.
À entrada para o encontro agendado para o Estádio do Algarve, a selecção orientada por Bernard Challandes encontra-se no último lugar do Grupo I, com apenas um ponto somado, mas nada está perdido. A líder do grupo, Dinamarca, está a apenas três pontos de distância e leva mais um jogo disputado.
Em declarações ao UEFA.com sobre o desafio que será manter Portugal "em branco" – como fez em Agosto de 1996, num empate sem golos na Qualificação Europeia para o Campeonato do Mundo de 1998 - o guardião do FC Dinamo Moskva, de 40 anos, afirmou: "Vai ser um jogo extremamente complicado. Portugal continua a ser o grande favorito do nosso grupo. Será fundamental saber lidar com a pressão que eles irão exercer nos minutos iniciais do encontro. Os adeptos vão tentar empurrar Portugal para a frente e teremos de estar preparados para isso, concentrados na nossa defesa e prontos para aproveitar qualquer oportunidade que surja no ataque."
Este será o terceiro encontro frente à selecção das "quinas" de Berezovski, que há um mês alinhou frente à Sérvia, com 40 anos, dois meses e sete dias de idade. O guarda-redes confessa "não se lembrar de muita coisa" daquele que foi o seu primeiro jogo com a camisola da Arménia, mas recorda bem melhor os embates com Portugal na fase de apuramento para o UEFA EURO 2008, uma igualdade a um golo em casa e, em particular, da derrota por 1-0 em solo luso.
"Portugal apresentou uma selecção repleta de estrelas", referiu o antigo guardião de FC Zenit, FC Torpedo Moskva e FC Khimki, batido por um remate de Hugo Almeida à passagem do minuto 42 minutos nesse último frente-a-frente entre as duas selecções, em Leiria. "Todos os jogadores eram mundialmente famosos e estavam determinados a provar o seu valor no mais alto dos palcos, mas nós mostrámos um enorme espírito de equipa e não permitimos que eles vincassem a sua superioridade."
Berezovski, Robert Arzumanyan e Edgar Manucharyan são os únicos resistentes dessa noite de Novembro de 2007 entre os jogadores agora chamados por Challandes, mas do lado de Portugal as mudanças também foram várias, com jogadores como Fernando Meira, Maniche ou Simão, por exemplo, a terem já há muito dito adeus ao futebol de selecções. Ainda assim, a turma lusa muito forte.
"Os jogadores vão e vêm, mas Portugal é sempre uma selecção muito forte", salientou Berezovski, 90 vezes internacional pelo seu país. "Por alguma razão costumam ser chamados como o Brasil da Europa. Como qualquer equipa que enfrente Portugal, teremos de dar muita a tenção a Cristiano Ronaldo, um dos melhores do mundo."
A posição da Arménia no grupo seria bem melhor se Zoran Tošić não tivesse evitado ao cair do pano a derrota da Sérvia e ditado um empate 1-1 em Yerevan, na anterior jornada. Challandes não contou, nesse encontro, com cinco habituais titulares, mas desta feita o único ausente de renome da Arménia para este seu terceiro jogo no único grupo composto por cinco selecções é Aras Özbiliz, médio do FC Spartak Moskva.
"A nossa equipa é muito boa", garantiu Berezovski. "Disputámos o último jogo sem alguns dos nossos principais jogadores e ainda assim mostrámos que somos capazes de marcar golos e somar pontos mas, claro, Yura Movsisyan e Henrikh Mkhitaryan, são fundamentais para nós".
Com apenas três pontos a separarem primeiro e último no Grupo I, e com os dois primeiros a garantirem o apuramento directo para o UEFA EURO 2016, Berezovski sonha com a possibilidade de terminar a sua carreira em alta, com a presença numa grande competição, no Verão de 2016. "No nosso grupo todas as selecções se podem vencer umas às outras. Acreditamos nas nossas possibilidades. A luta por um lugar em França vai durar até ao último jogo. O principal para nós em todos os encontros é mostrar que somos capazes de somar pontos diante de qualquer adversário".