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Seleccionadores repetentes

Anghel Iordănescu voltou pela terceira vez ao comando da Roménia e o UEFA.com descobre outros treinadores com quatro ou mais passagens pelas mesmas selecções.

Rinus Michels comemora o triunfo da Holanda no EURO '88
Rinus Michels comemora o triunfo da Holanda no EURO '88 ©Getty Images

Anghel Iordănescu voltou pela terceira vez ao comando da Roménia antes da próxima jornada da Qualificação Europeia e o UEFA.com descobre que há muitos outros treinadores que assumiram o leme da mesma selecção em quatro ou mais ocasiões e um que teve dez passagens.

Albânia
 Loro Boriçi (1957–63, 1965–72, 1976, 1981)
O primeiro jogo à frente do seu país aconteceu num amigável contra a China, em 1957. Na segunda passagem conseguiu empates relevantes frente à Irlanda do Norte – na qualificação para o Campeonato do Mundo de 1966 – e à República Federal da Alemanha – na qualificação para o Campeonato da Europa da UEFA de 1968. No período 1973–80 a Albânia não disputou qualquer encontro oficial – excepto um amigável em 1976 contra a Argélia, pelo qual Boriçi foi novamente escolhido para ser treinador. Foi chamado uma quarta vez para orientar a equipa na qualificação para o Campeonato do Mundo de 1982.

Bulgária
 Ivan Radoev (1939, 1942, 1947, 1950)
 Stoyan Ormandzhiev (1950–53, 1953, 1954–55, 1956–57, 1957–60, 1972, 1974, 1974–75, 1976, 1977)
 Hristo Mladenov (1972–73, 1973, 1973–74, 1974, 1976, 1977, 1986–87)
O estatuto de seleccionador nacional no futebol búlgaro até à década de 1980 era algo confuso; com jogos pouco frequentes, os treinadores mudavam muitas vezes de jogo para jogo, numa altura em que a equipa estava sob controlo de um comité da selecção nacional. Os quatro percursos de Ivan Radoev somaram, assim, apenas oito desafios. As dez passagens de Stoyan Ormandzhiev, porém, chegaram ao recorde nacional de 77 partidas.

O principal feito das sete passagens de Hristo Mladenov foi o apuramento da Bulgária para a fase final do Campeonato do Mundo de 1974, embora a sua posição no comité de treinadores da selecção nacional levou a que muitas vezes orientasse a equipa em apenas um jogo por cada nomeação.

Islândia
 Karl Gudmundsson (1954–56, 1959, 1961, 1963–65, 1966)
Gudmundsson teve cinco passagens como seleccionador da Islândia. Faleceu em 2012.

Vittorio Pozzo em 1934
Vittorio Pozzo em 1934©Getty Images

Itália
 Vittorio Pozzo (1912, 1921, 1924, 1929–48)
Vittorio Pozzo é uma das maiores figuras na história do futebol italiano, tendo orientado os "azzurri" nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, e nos Jogos de 1924, em Paris. Após duas breves passagens pela selecção, teve um reinado de quase 20 anos como seleccionador de Itália, entre 1929 e 1948, conquistando o Campeonato do Mundo de 1934 e de 1938, bem como a única medalha de ouro olímpica do futebol transalpino, em Berlim, em 1936.

Holanda
 Rinus Michels (1974, 1984–85, 1986–88, 1990–92)
Arquitecto do "Futebol Total" no AFC Ajax, levou a "laranja", liderada por Johan Cruyff, à final do Campeonato do Mundo de 1974 logo na primeira passagem e conquistou o Campeonato da Europa da UEFA de 1988 na terceira, ao leme de uma equipa com Marco van Basten e Ruud Gullit como grandes estrelas. Continua a ser o único principal troféu da Holanda. A selecção de Michels chegou às meias-finais do EURO '92 na sua última passagem pelo cargo aos perder nos penalties com a Dinamarca, que viria a sagrar-se campeã.

Angelo Niculescu
Angelo Niculescu©Nicolae Profir, Romanian FA

Roménia
 Emerich Vogl (1943–45, 1947, 1947–1948, 1950–52)
 Valentin Stănescu (1964, 1971, 1973–75, 1980–81)

 Angelo Niculescu (1967, 1967–71, 1971–72, 1972–73)
Treinador de maior sucesso dos três que ocuparam por quatro vezes o cargo, Niculescu levou a Roménia ao Mundial de 1970 e aos quartos-de-final do Campeonato da Europa da UEFA de 1972. É considerado o inventor do estilo hoje conhecido como "tiki-taka".

Capitão da selecção da Roménia no Mundial de 1930 e de 1934, os quatro reinados de Vogl foram compostos quase na totalidade por jogos amigáveis; trabalhou como conselheiro da Federação Romena de Futebol (FRF) de 1967 até à sua morte, em 1971.

Antigo guarda-redes da Roménia, Valentin Stănescu foi treinador de sucesso a nível de clubes, mas as duas mais longas passagens pela selecção terminaram de forma abrupta: com derrota por 4-0 com uma equipa olímpica francesa, em 1974, e o falhanço na qualificação para o Mundial de 1982.

Valeriy Lobanovskiy em 1988
Valeriy Lobanovskiy em 1988©Getty Images

União Soviética
 Valeriy Lobanovskiy (1975–76, 1982–83, 1986–90, Ucrânia 2000–01)
 Nikita Simonyan (1963, 1964, 1977–79, 1988)
"O Mestre" levou a URSS aos quartos-de-final do Campeonato da Europa da UEFA de 1976 e à medalha de bronze nos Jogos Olímpicos desse ano, mas ultrapassou esses feitos em 1988 ao guiar a equipa à final do EURO, perdida diante da Holanda. Mais tarde, apenas a derrota no "play-off" com a Alemanha negou à Ucrânia um lugar no Campeonato do Mundo de 2002.

Nikita Simonyan foi seleccionador em dois amigáveis enquanto orientava ao mesmo tempo o FC Spartak Moskva e teve passagem mais prolongada quando a URSS não conseguiu o apuramento para o Campeonato do Mundo de 1978 e para a fase final do Campeonato da Europa da UEFA de 1980. Como director da selecção nacional, teve mais um jogo no cargo ao substituir Lobanovskiy quando este esteve doente, em 1988.