Origi apura Bélgica para os oitavos-de-final

A Bélgica qualificou-se para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo a uma jornada do fim ao derrotar a Rússia, por 1-0, no Grupo H graças a um golo de Divock Origi, avançado de apenas 19 anos do LOSC Lille, a dois minutos do termo do encontro do Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

Com seis pontos fruto de dois triunfos, a Bélgica defronta a Coreia do Sul na sexta-feira no fecho do agrupamento, em São Paulo, enquanto a Rússia discute com a Argélia a passagem aos oitavos-de-final em Curitiba e precisa de vencer os africanos após a vitória destes sobre os asiáticos, por 4-2.

"Foi um golo importante, mas tratou-se de obra de equipa", disse Origi, o mais jovem jogador a marcar no Mundial desde Lionel Messi em 2006, em declarações à televisão após o encontro. "Mostrámos hoje que somos mentalmente fortes."

Marc Wilmots, seleccionador da Bélgica, acrescentou: "Ele está numa boa altura agora, tem 19 anos. Houve alguma surpresa, pois ele era desconhcido antes de o ter chamado. Agora toda a gente sabe que ele é."

Num duelo com vista para os oitavos-de-final, a Bélgica começou veloz e pressionante tentando chegar rapidamente ao golo. Contudo, a quase completa solidez defensiva dos russos atenuou essa superioridade, pese embora as investidas constantes do adversário. Com Marouane Fellaini e Dries Mertens – obreiros da reviravolta contra a Argélia de início –, Marc Wilmots procurou ganhar mais centímetros e velocidade, mas só o segundo ousou fazer a diferença.

Explorando a rigidez de Dmitri Kombarov, Mertens investiu repetidamente sobre o desamparado lateral-esquerdo russo e, aos 20 e 22 minutos, só a falta de pontaria do avançado do SSC Napoli evitou que Igor Akinfeev fosse batido. Na outra área, Thibaut Courtois teve também de de aplicar sempre que o contra-ataque russo funcionou: primeiro num remate de Viktor Fayzulin (12) e depois a negar outra tentativa a Maksim Kanunnikov (30).

E depois de  Akinfeev (36) defender mais um remate de Mertens, Courtois viu-se impotente no desvio de cabeça de Aleksandr Kokorin (44), valendo a falta de pontaria do avançado do PFC Dinamo Moskva para o empate prevalecer ao intervalo.

O facto dos russos regressarem por cima na segunda parte, pressionando alto e tentando ser mais perigosos, acabou por ser conjuntural, pois a partida depressa caiu numa fase desinteressante, ameaçando um desfecho que adiava a qualificação dos “diabos vermelhos”, cujos criativos Eden Hazard e Mertens pareciam desaparecidos da partida.

Pese embora as substituições ordenadas por Wilmots, a Bélgica não conseguiu recuperar nem o ritmo nem o protagonismo da etapa inicial e foi o suplente russo Andrei Eschenko a estar mais perto de marcar aos 80 minutos, após receber de Oleg Shatov e, sem oposição, rematar ao lado. Outro suplente, Kevin Mirallas, acertou no poste de livre directo três minutos volvidos, num prenúncio de final de partida frenético. Hazard atirou ao lado antes de assistir Origi desde a esquerda no golo solitário que qualificou os belgas para os oitavos-de-final.