Dez dos jogos memoráveis de qualificação para o EURO
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Sumário do artigo
O UEFA.com revê recuperações, contratempos eexibições vistosas numa retrospectiva sobre osdez jogosmais memoráveisda história da qualificação para oCampeonato da Europa.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Do pontapé em vólei icónico de Marco van Basten à temerária grande penalidade apontada por Antonín Panenka, as fases finais do Campeonato da Europa têm sido ricas em momentos inolvidáveis. Contudo, chegar tão longe raramente é um processo tranquilo e por isso o UEFA.com faz uma retrospectiva sobre dez dos jogos de qualificação mais memoráveis.
Jugoslávia 5-1 França (24/04/68)
Com o resultado em 1-1, após a primeira mão dos quartos-de-final, adivinhava-se uma noite nervosa em Belgrado. E assim foi até Ilija Petković, Vahidin Musemić e Dragan Džajić terem marcado nos primeiros 14 minutos e colocado a Jugoslávia no controlo da eliminatória. Petković fez o quarto tento pouco depois da meia-hora e, apesar de Fleury Di Nallo ter reduzido pouco depois, Musemić fechou a contagem numa noite memorável, a 11 minutos do fim. "Não podia ter desejado uma estria melhor", disse Petković. "Este foi um dos jogos mais marcantes na história do futebol jugoslavo."
Espanha 12-1 Malta (21/12/83)
A Espanha precisava de vencer por uma diferença de 11 golos para atingir a fase final de 1984 em França e, para uma equipa que apenas marcara por 12 vezes nos sete jogos anteriores, parecia uma tarefa intransponível. Na verdade, ao intervalo, os espanhóis ganhavam apenas por 3-1 mas conseguiram marcar mais nove após o descanso e Juan Antonio Señor a assinar o tento decisivo a dois minutos do fim. O guarda-redes de Malta, John Bonello, dissera antes do jogo que “nem contra uma equipa de crianças a Espanha seria capaz de marcar 11 golos”.
Jugoslávia 3-2 Bulgária (21/12/83)
Último jogo da fase preliminar do Grupo 4, um empate permitia ao País de Gales – cuja campanha já tinha terminado – qualificar-se, enquanto Jugoslávia e Bulgária tinham de vencer para uma delas se apurar. Com tudo igualado, a Bulgária lançou-se no ataque sem demora e Radoslav Zdravkov desperdiçou uma esplêndida oportunidade. Ljubomir Radanović respondeu na outra área com um golo que fez Split entrar em ebulição. "Foi um jogo de loucos", disse Radanović. "Foi fantástico ver a bola entrar na baliza e celebrei como nunca."
Bulgária 3-2 Alemanha (07/06/95)
Desconcertada pela Bulgária nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo no ano anterior, a equipa de Berti Vogts ansiava por uma desforra em Sófia. Com dois golos de vantagem ao intervalo graças ao capitão Jürgen Klinsmann e a Thomas Strunz, a Alemanha parecia a caminho de um triunfo sereno. Os locais, contudo, reagiram e colocaram-se a vencer 25 minutos depois através de dois golos do prolífico Hristo Stoichkov e um de Emil Kostadinov. "Foi uma vitória inacreditável", disse o seleccionador da Bulgária, Dimitar Penev após o jogo. "Deram todos o máximo e agora vamos celebrar este triunfo."
Irlanda do Norte 5-3 Áustria (15/11/95)
O Grupo 6 entrara na última ronda de jogos. Para se qualificar, a Áustria necessitava apenas de um ponto em Belfast para atingir o "play-off" depois de, nessa mesma noite, Portugal ter vencido a República da Irlanda por 3-0. Mas os visitantes não lograram o que pretendiam e estiveram sempre em desvantagem, com o marcador em 3-0, 4-1 e depois 5-2, numa noite de falhanço total. “Sopra um vento de mudança no futebol da Irlanda do Norte e acredito que estamos a caminhar para dias melhores”, disse depois o seleccionador Bryan Hamilton.
Itália 4-0 País de Gales (06/09/03)
"Nascido em fora de jogo", segundo Alex Ferguson, Filippo Inzaghi esteve no seu melhor nesta partida, instintivo e letal; o atacante de Itália fez um "hat-trick" em 12 minutos, até à data um dos quintos mais rápidos na história das qualificações para o EURO, o que colocou os “azzurri” à frente dos locais no topo do Grupo 9 com duas jornadas ainda por cumprir. No final o seleccionador italiano, Giovanni Trapattoni, disse: "Temos grandes campeões no ataque, que não precisam de muitas oportunidades para marcar e Inzaghi é um deles. Fomos excepcionais."
Turquia 5-0 República da Moldávia (11/10/06)
Os três golos de Inzaghi podem ter sido rápidos, mas o tríptico de Hakan Şükür neste encontro revelou-se ainda mais veloz, no espaço de dez minutos. Şükür fez outro após o intervalo, após Tuncay Şanlı ter também entrado para a contabilidade numa vitória enfática da equipa de Fatih Terim. E de vento em popa continuou, ao qualificar-se com facilidade até atingir as meias-finais do UEFA EURO 2008 de forma emocionante. “Tenho 35 anos e mesmo os adolescentes da equipa deram-me o seu apoio”, disse Hakan, ausente dos golos pelo seu país há mais de dois anos.
Inglaterra 2-3 Croácia (21/11/07)
A equipa de Steve McClaren precisava apenas de um ponto para qualificar-se como segunda classificada no Grupo E, mas chegou aos 15 minutos a perder por 2-0, golos de Niko Kranjčar e Ivica Olić. A Inglaterra, impulsionada pela entrada do suplente David Beckham, congregou esforços e atingiu o empate a meio da segunda parte. Todavia, o suplente Mladen Petrić marcou a 13 minutos do fim e selou a qualificação da equipa de Slaven Bilić. “Esta é a minha vitória mais preciosa no comando da selecção e vou falar dela durante muito, muito tempo”, disse Bilić.
Portugal 4-4 Chipre (03/09/10)
Não foi exactamente o início de qualificação discreto que Portugal esperava. A perder por duas ocasiões – nos primeiros 11 minutos – e por duas vezes a vencer na segunda parte, a equipa da casa viu serem-lhe negados os três pontos em Guimarães quando Andreas Avraam, do Chipre, bateu o guarda-redes Eduardo aos 89 minutos. “Cometemos erros atrás de erros, é difícil explicar o que aconteceu”, disse o capitão de Portugal, Ricardo Carvalho. Até esta partida, Chipre somente marcara dois tentos nos oito embates diante Portugal, todos derrotas.
Escócia 2-3 Espanha (12/10/10)
Tendo pela frente a campeã mundial e europeia, a Escócia poderia ter sido perdoada se tivesse abdicado de lutar pelo resultado quando se viu a perder por 2-0: David Villa marcou o primeiro de grande penalidade e igualou o registo de Raúl González com 44 golos por Espanha. Todavia, os homens de Craig Levein uniram-se e chegaram ao empate, apenas negado pelo golo de Fernando Llorente três minutos após ter entrado. “Nunca pensei que fôssemos empatar a partida, nem mesmo quando eles fizeram o 2-2”, disse o seleccionador de Espanha, Vicente del Bosque.