Melhores goleadores da Europa na selecção
terça-feira, 8 de novembro de 2011
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Recentemente coroado melhor marcador de sempre da Inglaterra, Wayne Rooney juntou-se também ao clube de jogadores europeus com 50 golos pelo seu país: o UEFA.com saúda os 17.
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Wayne Rooney marcou frente à Suíça na terça-feira e tornou-se no melhor marcador de sempre de Inglaterra, mas o seu golo deu ainda mais prestígio addicional. O atacante do Manchester United adicionou o seu nome a uma lista ilustra de jogadores europeus que atingiram a meia centena e golos pelas suas selecções, tornando-se no 17º a atingir a marca dos 50 tentos.
No entanto, o jogador de 29 anos está no fundo desta tabela muito particular e continua longe do recordista continental, Ferenc Puskás. Mas é o antigo atacante do Arminia Bielefeld, Bayern München e Hertha BSC, Ali Daei, quem detém o máximo de golos pelo seu país, 109 ao serviço do Irão, registo que deverá ser mantido por mais uma geração.
O UEFA.com apresenta-lhe a lista dos 16 jogadores europeus.
Ferenc Puskás (Hungria e Espanha) – 84 golos em 89 jogos
O "Major Galopante" permanece numa classe à parte em termos de goleadores na Europa. O seu total poderia ter sido mais elevado caso não tivesse disputado o último dos seus 85 jogos pela Hungria em 1956, quando tinha apenas 29 anos, altura em que deixou o seu país-natal rumo ao Real Madrid. Depois de ter conseguido a cidadania espanhola, disputou quatro jogos pela selecção deste país, entre 1961 e 1962, mas nunca marcou pela pátria adoptiva.
Sándor Kocsis (Hungria) – 75 golos em 68 jogos
O avançado-centro marcou 11 golos no Campeonato do Mundo de 1954 e é o único jogador a ter facturado dois "hat-tricks" numa fase final de um torneio. Colega de equipa de Puskás no Honvéd, de Budapeste, e na selecção da Hungria, marcou sete "hat-tricks" pela selecção, feitos que lhe valeram a alcunha do "Homem da Cabeça de Ouro", devido a ser exímio nos lances pelo ar. Retirou-se do futebol após uma passagem pelo Barcelona e ainda geriu um restaurante – La Tête d'Or – antes de morrer prematuramente em 1979, com 49 anos.
Gerd Müller (República Federal da Alemanha) – 68 golos em 62 jogos
Tal como Puskás, Müller não parecia ter físico de futebolista; o seu primeiro treinador no Bayern, Zlatko Čajkovski, chamava-lhe "Kleines dickes Müller" (Pequeno e Gordo Müller), mas o seu instinto, jogo aéreo e poder de arranque em distâncias curtas fizeram dele, provavelmente, o goleador mais astuto que alguma vez pisou os relvados europeus. Marcou nas vitórias alemãs nas fases finais do Campeonato da Europa de 1972 e do Mundial de 1974.
Robbie Keane (República da Irlanda) – 67 golos em 141 jogos
Dois tentos na vitória por 2-0 sobre a ARJ da Macedónia, na fase de qualificação para o UEFA EURO 2012, permitiram ao ponta-de-lança elevar a sua conta pessoal para 51, fazendo dele o primeiro jogador das Ilhas Britânicas a marcar meia centena de golos pelo seu país. Desde então tornou-se melhor marcador da qualificação do Campeonato da Europa da UEFA e continua a ser uma peça-chave para o seleccionador Martin O'Neill. Keane recorda: "Quando fui convocado pela primeira vez, o Niall Quinn disse-me que iria marcar 50 golos, por isso talvez se deva a ele."
Imre Schlosser (Hungria) – 59 golos em 68 jogos
Schlosser apontou uns incríveis 258 golos em 155 jogos do campeonato pelo Ferencvárosi entre 1905 e 1916 e a sua taxa de sucesso pela selecção foi quase tão impressionante. Disputou o último encontro pela Hungria a 10 de Abril de 1927, nove dias depois do nascimento de Puskás, tendo estabelecido essa marca fenomenal graças a um estilo de jogo agressivo, óptimo remate e excelente sentido posicional.
Joachim Streich (República Democrática da Alemanha) – 55 golos em 102 jogos
Pequeno mas mortífero, Streich foi o jogador mais internacional da antiga RDA, bem como o seu melhor marcador. Internacional pela primeira vez em Dezembro de 1969, ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de em 1972, em Munique, e bisou em quatro jogos do Mundial de 1974. O único "hat-trick" da sua carreira aconteceu na vitória por 9-0 sobre Malta, a 29 de Outubro de 1977.
Poul Nielsen (Dinamarca) – 52 golos em 38 jogos
Goleador extraordinário, Nielsen foi a estrela discreta das selecções dinamarquesas do início do século XX e vencedor da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1912. Praticante amador, tal como grande parte dos jogadores de topo da sua idade, o seu registo total inclui 26 tentos contra a Noruega e 15 à Suécia. A sua alcunha, "Tist", é a abreviatura de "Gratist", a palavra dinamarquesa para "borlista", já que quando era mais novo costumava assistir aos jogos sem pagar bilhete.
Hakan Sükür (Turquia) – 51 golos em 112 jogos
Não é por acaso que a ascensão do futebol turco, no início dos anos de 1990, coincidiu com o emergir da mais recente estrela da modalidade no país. Hakan ficou conhecido por marcar o golo mais rápido na fase final de um Mundial, logo aos 11 segundos do jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares da edição de 2002, frente à Coreia do Sul. Mas foi o seu forte jogo aéreo que lhe valeu a alcunha de "Touro do Bósforo", atribuída pela comunicação social europeia.
Thierry Henry (França) – 51 golos em 123 jogos
A conquista do Mundial de 1998 e do UEFA EURO 2000 fazem parte dos destaques da brilhante carreira de Henry, na qual eclipsou o feito do actual Presidente da UEFA, Michel Platini, como melhor marcador da história da selecção de França 51 remates certeiros. Bastante rápido quando era jovem, a sua inteligência e capacidade de finalização permitiram-lhe manter a veia goleadora ao longo dos anos.
Lajos Tichy (Hungria) – 51 golos em 72 jogos
Tichy assumiu o papel de principal goleador na Hungria após Puskás ter partido para Espanha, destacando-se com a obtenção de quatro golos na fase final do Mundial de 1958 e de mais três na edição de 1962. Um remate poderoso ajudou-o a ganhar a alcunha de "O Bombardeiro da Nação". Faleceu em 1999. Em 2002, dois golos de um amigável frente ao Líbano foram acrescentados ao seu registo oficial, aumento o seu pecúlio com a selecção nacional de 49 para 51.
Cristiano Ronaldo (Portugal) – 55 golos em 120 jogos)
A estrela do Real Madrid precisou de 109 jogos para igualar o registo de Eusébio de 47 tentos pela selecção, tendo utrapassado esse registo com um "hat-trick" à Suécia, no "play-off" de apuramento para o Campeonato do Mundo, naquela que foi, para muitos, a sua melhor exibição pelo seu país. Apesar de não ser tão goleador por Portugal como pelo Manchester United FC e Real Madrid, o nº7 continua a ser o seu talismã. Não esteve no seu melhor nível no Brasil, mas, apesar disso, marcou o seu golo 50, frente ao Gana.
Wayne Rooney (Inglaterra) – 50 golos em 107 jogos
Os últimos dias têm sido memoráveis para o número 10 de Inglaterra, que igualou o recorde de 49 golos de Bobby Charlton pelos "três leões" no triunfo de sábado por 6-0 em San Marino, antes de voltar a facturar frente à Suíça. Com a primeira internacionalização aos 17 anos, em 2003, o jogador mostrou todo o seu potencial com quatro tentos no UEFA EURO 2004, e apesar de não ter correspondido na totalidade às expectativas iniciais, acabou por marcar finalmente num Mundial, mais concretamente no Brasil, em 2014 – agora escreveu o seu nome nos livros de história.