Centenário motiva ambicioso Schweinsteiger
terça-feira, 15 de outubro de 2013
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Bastian Schweinsteiger somou a sua 100ª internacionalização, mas não quer ficar por aqui: "Ganhei a Champions League e quero alcançar grandes feitos ao serviço da Alemanha."
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Bastian Schweinsteiger já ganhou tudo o que havia para ganhar a nível de clubes com o FC Bayern München mas, agora que se torna no 12º jogador a atingir as 100 internacionalizações pela Alemanha, diz que as suas ambições na selecção estão por cumprir.
A força-motriz do meio-campo do Bayern finalmente concluiu o "trabalho inacabado de uma geração", graças ao triunfo sobre o Borussia Dortmund na final da UEFA Champions League, em Maio passado. Ainda assim, juntamente com o valioso palmarés acumulado ao longo de uma carreira proveitosa – seis títulos da Bundesliga, seis Taças da Alemanha, duas Supertaças da Alemanha, uma SuperTaça Europeia e, agora, o principal troféu europeu de clubes – a secção internacional do seu currículo permanece vazia.
Já esteve perto de o conseguir, sendo duas vezes terceiro classificado no Campeonato do Mundo e perdendo a final do UEFA EURO 2008, frente à Espanha. A presença no Mundial do Brasil, no próximo Verão, representa uma oportunidade de ouro para a Alemanha, com Schweinsteiger preparado para ser fundamental na campanha alemã. Com a equipa de Joachim Löw a garantir o apuramento para a fase final antes da derradeira jornada do Grupo C, frente à Suécia, em Solna, o médio pode dar-se ao luxo de relaxar e simplesmente desfrutar da sua 100ª internacionalização – caso o queira, claro.
Desde que se estreou pela selecção germânica, pela mão de Rudi Völler, com 19 anos, em 2004, numa derrota por 2-0 com a Hungria, Schweinsteiger alinhou em todas as posições do meio-campo, mas a sua tenacidade tem sido constante. Um líder nato e "futebolista e pessoa de classe mundial", segundo o director-desportivo do Bayern, Matthias Sammer, já teria atingido a marca das 100 internacionalizações, e talvez ultrapassado os 23 golos marcados, há muito tempo, não fossem as lesões.
O treinador Jupp Heynckes, que conduziu o Bayern à glória na temporada passada, destaca o jogador bávaro como "um dos três melhores médios na história do futebol alemão". Em tempos, Uli Hoeness disse que o queria retirar da sua zona de conforto, e segundo Löw, o maduro Schweinsteiger está feliz com esse cenário, "como líder que coloca o sucesso da equipa em primeiro lugar, remetendo as suas ambições pessoais para segundo plano".
Schweinsteiger diz que o seu centenário é "uma honra", mas destaca que é apenas uma paragem rumo ao destino final. "Ainda há muito coisa que quero alcançar. Acabei de completar 29 anos, não 36, e isso é uma idade futebolística muito boa. Ganhei a Champions League com o Bayern. Agora quero alcançar grandes coisas ao serviço da selecção".
Centenários da Alemanha
Lothar Matthäus – 150 jogos , 23 golos (1980–2000)
Miroslav Klose – 130, 68 (2001–)
Lukas Podolski – 111, 46 (2004–)
Jürgen Klinsmann – 108, 47 (1987–1998)
Jürgen Kohler – 105, 2 (1986–1998)
Franz Beckenbauer – 103, 14 (1965–1977)
Philipp Lahm – 102, 5 (2004–)
Joachim Streich* – 102, 55 (1969–1984)
Thomas Hässler – 101, 11 (1988–2000)
Hans-Jürgen Dörner* – 100, 8 (1969–1985)
Ulf Kirsten* – 100, 35 (1985–2000)
Bastian Schweinsteiger – 99, 23 (2004–)
*representou a República Federal da Alemanha