França-Alemanha: os jogos favoritos
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
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Uma vitória por 3-0 em Gelsenkirchen é uma das melhores recordações da França nos jogos com a Alemanha, mas esta guarda boa memória de duas meias-finais do Mundial.
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França e Alemanha voltam a defrontar-se num encontro particular na quarta-feira. Para assinalar a ocasião, Christian Châtelet recordou para o UEFA.com os momentos mais altos dos franceses frente os seus vizinhos, enquanto Steffen Potter destaca os melhores jogos dos alemães perante os "bleus".
Alemanha 0-3 França, Gelsenkirchen
15 de Novembro de 2003, jogo particular
Os "bleus" terminaram o ano de 2003 em grande estilo com um dos triunfos mais folgados em 31 jogos frente aos seus vizinhos. David Trezeguet bisou e atingiu os 28 golos ao serviço da selecção, enquanto Thierry Henry também contribuiu para o 23º triunfo consecutivo da selecção francesa.
Os campeões europeus eram favoritos ao triunfo no UEFA EURO 2004, mas 2004 foi um ano complicado para a equipa de Jacques Santini. Os franceses perderam o desafio seguinte, contra a Bélgica, no Stade de France, e ficaram pelo caminho nos quartos-de-final, em Portugal, frente à Grécia, num jogo que acabou por simbolizar a passagem de testemunho entre campeões europeus.
"Queríamos ganhar aquele jogo a qualquer preço", afirmou Trezeguet sobre o triunfo na Alemanha. "Estivemos bem em todas as zonas do terreno, jogámos com grande qualidade", acrescentou Santini. "Preparámos bem o jogo e o nosso segundo golo fez ruir a resistência da Alemanha. Foi um grande resultado frente a uma grande equipa".
República Federal da Alemanha 3-6 França, Gotemburgo
28 de Junho de 1958, jogo de atribuição do terceiro lugar no Campeonato do Mundo
A França terminou uma excelente campanha na Suécia com a conquista do primeiro lugar no pódio de uma grande competição internacional. A equipa treinada por Albert Batteux foi batida pelo Brasil nas meias-finais, mas o treinador manteve a aposta no 4-2-4, com Raymond Kopa e Just Fontaine a destroçarem os alemães. Fontaine marcou por quatro vezes e terminou a prova com 13 golos, um recorde que se mantém em Campeonatos do Mundo.
Fontaine, como sempre, deu mérito a Kopa pela proeza que conseguiu. "Sem ele nunca teria conseguido marcar tantos golos", explicou. "O nosso entendimento foi fundamental neste jogo e em todo o Mundial".
República Federal da Alemanha 2-0 França, Guadalajara
25 de Junho de 1986, meia-final do Campeonato do Mundo
Depois de eliminar o Brasil e a Itália, que era a campeã em título, a França entrou em campo como favorita, mas um erro do guarda-redes Joël Bats permitiu que Andreas Brehme colocasse a Alemanha em vantagem na cobrança de um livre. Os franceses poderiam ter chegado ao empate, mas Maxime Bossis falhou o golo quando tinha a baliza à sua mercê. Rudi Völler desferiu o golpe decisivo já em tempo de compensação, fazendo a bola passar por cima de Bats antes de a empurrar para a baliza deserta.
"Fizemos uma enorme festa depois do triunfo na meia-final", recordou Völler. "Felix Magath, Thomas Berthold, Matthias Herget e eu tínhamos bons motivos para isso. Sentámo-nos disfarçados na entrada do hotel, pedidos champanhe e comemorámos até de madrugada. Que grande festa"!
República Federal da Alemanha 3-3 França (após prolongamento, Alemanha venceu por 5-4 no desempate), Sevilha
8 de Julho de 1982, meia-final do Campeonato do Mundo
Muitas pessoas recordam este jogo pela entrada polémica do guarda-redes Harald Schumacher sobre Patrick Battiston, mas na Alemanha este triunfo sobre a talentosa selecção francesa, que era liderada pelo futuro Presidente da UEFA, Michel Platini, simboliza a atitude inabalável da selecção nacional. Os "bleus" estiveram a vencer por 3-1 no prolongamento, depois do encontro ter terminado com 1-1 no marcador, mas um golo do suplente Karl-Heinz Rummenigge e um pontapé de bicicleta de Klaus Fischer levaram o resultado até aos 3-3. Schumacher defendeu os remates de Didier Six e de Bossis no desempate e deu o triunfo à RFA.
"Estavam grandes jogadores em campo e proporcionaram um fabuloso espectáculo", recordou Pierre Littbarski, que marcou o primeiro golo dos alemães. "Não tive tempo para parar a bola, pois estava pressionado por dois franceses, tive de rematar de primeira e deu golo. Foi o melhor jogo e o mais emotivo da minha carreira".