Beckham renuncia à braçadeira
domingo, 2 de julho de 2006
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O médio abandonou o cargo de capitão da selecção inglesa, na sequência da eliminação da equipa frente a Portugal, nos quartos-de-final do Mundial de 2006.
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David Beckham abandonou o cargo de capitão da selecção inglesa, na sequência da eliminação da Inglaterra frente a Portugal, nos quartos-de-final do Mundial de 2006, após ter ocupado a função durante quase seis anos.
“A maior honra”
O médio, quase em lágrimas, afirmou que abandonaria o cargo com a troca de seleccionadores, de Sven-Göran Eriksson para o seu actual adjunto, Steve McClaren. Beckham afirmou que o antigo seleccionador interino, Peter Taylor, lhe dera, em Novembro de 2000, “a maior honra” da sua carreira, ao nomeá-lo capitão de Inglaterra para um jogo particular, em Turim, com a Itália. “Sinto que é chegada a altura de entregar a braçadeira a outra pessoa”.
Continuar a jogar
“Na entrada de uma nova era sob o comando de Steve McClaren, digo que foi, para mim, uma honra e um privilégio ter capitaneado o meu país e quero sublinhar que desejo continuar a representar a Inglaterra. Estou ansioso por poder ajudar, tanto o novo capitão como Steve McClaren, da melhor forma que puder. Tomei esta decisão há já algum tempo, mas esperava anunciá-la no regresso de um Mundial bem-sucedido. Infelizmente, tal não aconteceu. Esta decisão foi a mais difícil que tomei na minha carreira, até ao momento. Mas, depois de discuti-la com a minha família e com os que me são mais próximos, senti que era a altura certa”, continuou o número 7 da selecção inglesa.
“Não fomos suficientemente bons”
Beckham não conteve as lágrimas após ter sido substituído, devido a lesão, no início da segunda parte da partida que Portugal decidiu a seu favor, no desempate por grandes penalidades. O embate de Gelsenkirchen seguiu-se ao triunfo no Grupo B e a uma vitória nos oitavos-de-final sobre o Equador, assegurada através da transformação de um livre directo pelo próprio Beckham. “A nossa actuação durante o Mundial não foi suficiente boa para continuarmos em prova e, tanto eu como os restantes companheiros, lamentamos o sucedido – e estamos muito mais tristes por isso do que as pessoas podem pensar", afirmou o médio de 31 anos. “Para mim, foi uma honra. Finalmente, vivi esse sonho”.
O elogio de Eriksson
A demissão de Beckham do cargo de capitão da selecção inglesa levou o ainda seleccionador Eriksson a comentar: “Eu creio que o David foi um excelente capitão. Fez sempre um excelente trabalho. Ele sempre teve muito orgulho das funções que desempenhava. Fiquei um pouco decepcionado quando me revelou a sua decisão, pouco antes de anunciá-la em público. Mas temos de respeitá-la”. O médio do Real Madrid CF capitaneou a selecção em 58 das suas 94 internacionalizações. John Terry e Steven Gerrard, capitães do Chelsea FC e Liverpool FC, respectivamente, são apontados como os principais favoritos à sucessão de Beckham.