Melhores estreias no EURO: que selecções chegaram mais longe?
domingo, 30 de junho de 2024
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O UEFA.com recorda as melhores campanhas de estreia na fase final até à data.
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Quatro equipas venceram o Campeonato da Europa na sua primeira presença numa fase final, ao passo que o País de Gales impressionou no seu primeiro EURO, em 2016.
Das 24 selecções que se apuraram para o EURO 2024, 23 já tinham estado num Campeonato da Europa, sendo a Geórgia a única nação que se estreou numa fase final na Alemanha. Treinados pelo antigo da França, Willy Sagnol, os recém-chegados garantiram um lugar nos oitavos-de-final com uma excelente vitória por 2-0 sobre Portugal, e surpreenderam ao ganharem vantagem sobre a Espanha nos oitavos-de-final, mas depois acabaram por perder por 4-1.
Vencedores na estreia
1960: União Soviética
1964: Espanha
1968: Itália
1972: República Federal da Alemanha
As quatro primeiras edições da competição foram ganhas por estreantes, embora as suas conquistas fossem relativamente modestas para os padrões modernos, já que a fase final contou com apenas quatro participantes. Apenas 17 países entraram na fase de qualificação para a primeira "Taça das Nações Europeias", que, tal como a etapa seguinte de 1964, foi uma competição a eliminar; de facto, a campeã URSS apurou-se para os quartos-de-final sem jogar, pois a Espanha desistiu da competição, o que significa que foram necessários apenas dois jogos (ou seja, o seu embate nos oitavos-de-final) para chegar ao torneio em França.
Após esse sucesso da União Soviética, Espanha e Itália ganharam as suas primeiras participações no EURO como anfitriões da fase final e, mais tarde, a República Federal da Alemanha (liderada pelo goleador Gerd Müller) ganhou a edição de 1972 após derrotar a anfitriã Bélgica nas meias-finais.
Finalistas pela primeira vez
1960: Jugoslávia
Tendo ultrapassado Bulgária e Portugal em duas mãos para chegar à fase final, a Jugoslávia provocou a primeira grande surpresa da competição ao eliminar a anfitriã França nas meias-finais. A vitória no Parc des Princes, por 5-4, a 6 de Julho de 1960, ainda é o jogo com mais golos na história das finais do EURO. E ainda é mais impressionante, já que os jugoslavos perdiam por 4-2 aos 62 minutos.
Mas a sorte não acompanhou a Jugoslávia na final. Apesar de ter estado cedo em vantagem, graças ao golo de Milan Galić, sucumbiu à URSS e acabou por ser derrotada no prolongamento com um golo de Viktor Ponedelnik aos 113 minutos.
Semifinalistas pela primeira vez
Checoslováquia (1960) – terceiro lugar
França (1960) – quarto lugar
Hungria (1964) – terceiro lugar
Dinamarca (1964) – quarto lugar
Inglaterra (1968) – terceiro lugar
Bélgica (1972) – terceiro lugar
Países Baixos (1976) – terceiro lugar
Portugal (1984)
Suécia (1992)
País de Gales (2016)
Até 1976, inclusive, as fases finais eram apenas com quatro equipas. Como tal, ser apurado para o torneio garantia aos participantes um lugar na meia-final (com um jogo para o terceiro lugar em perspectiva para os semifinalistas derrotados).
O feito de Portugal em 1984 revelou-se ainda mais impressionante, pois teve de lutar no último jogo da fase de grupos para chegar às meias-finais – aos empates diante da então campeã República Federal da Alemanha e da vizinha Espanha, seguiu-se o triunfo por 1-0 sobre a Roménia, também estreante na competição. Os homens de Fernando Cabrita obrigaram depois a França de Michel Platini a jogar o prolongamento nas meias-finais, mas acabariam por ser derrotados por 3-2 num dos encontros mais memoráveis da história do EURO.
A Suécia qualificou-se como país anfitrião em 1992, mas provou ter merecido o estatuto, uma vez que terminou no topo de um grupo que continha Dinamarca, França e Inglaterra, antes de perder por 3-2 com a Alemanha nas meias-finais.
As façanhas do País de Gales em 2016 também merecem destaque. Gareth Bale inspirou os comandados de Chris Coleman na fase de grupos e depois nas eliminações da Irlanda do Norte e, mais surpreendente, da Bélgica, antes de sucumbirem perante Portugal, mais tarde vencedor da prova, nos quartos-de-final.