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Poderá Gales eclipsar feito de 1958?

A equipa de Chris Coleman está a causar sensação no UEFA EURO 2016 e a chegada aos quartos-de-final abre a porta a um novo marco para o País de Gales.

Equipa do País de Gales em 1958
Equipa do País de Gales em 1958 ©Getty Images

O Campeonato do Mundo de 1958, na Suécia, foi a única anterior presença do País de Gales numa grande competição. Durante várias gerações, os jogadores actuaram sob a sombra dessa era dourada, mas 58 anos de dor terminaram quando Gareth Bale e companhia atingiram esta fase final.

Grandes jogadores como John Toshack, Joey Jones, Mark Hughes, Neville Southall, Ian Rush, Ryan Giggs, o falecido Gary Speed e muitos mais tentaram, mas falharam em conseguir o feito que jogadores como Ivor Allchurch, Cliff Jones, Trevor Ford e o grande John Charles lograram sob o comando de Jimmy Murphy, em 1958. O seleccionador Chris Coleman, que também falhou o atingir esse nível enquanto jogador, finalmente acabou com essa espera.

Todavia, os quartos-de-final são também sinónimo da equipa de 1958, que foi quando terminou essa participação tão particular, e é esse o próximo desafio que Coleman e a sua equipa têm de encarar para se afirmarem, sem outros argumentos, como a maior equipa de Gales de sempre. Um golo solitário de um jovem Pelé bastou para fazer a diferença em Gotemburgo, com Gales a ser eliminado pelo futuro campeão Brasil, num jogo em que os “dragões” alinharam sem o seu talismã de então, John Charles, lesionado, acabando a equipa por nunca saber como poderia ter sido caso ele tivesse participado.

Coleman tem apelado aos seus jogadores ao longo da competição para que desfrutem da experiência. E eles ouviram-no. O lema “juntos, mais fortes” da equipa tornou-se arraigado na sua mentalidade e estende-se dos jogadores à equipa técnica e aos adeptos. Há uma crença que decorre a partir de dentro de que este é um momento especial na história do futebol galês, as cenas que acompanham cada golo, cada vitória, são maiores e melhores do que as anteriores.

De volta agora aos quartos-de-final de uma grande competição pela primeira vez desde 1958, o capitão Ashley Williams terá que aguardar por notícias da lesão no ombro sofrida diante da Irlanda do Norte e Coleman vai ansiar pela recuperação do líder da sua equipa a fim de que o possa utilizar e não sofrer a mesma frustração de Charles.

Entretanto, jogadores como Gareth Bale e Aaron Ramsey aproveitaram a oportunidade de jogar no maior dos palcos internacionais ao longo deste torneio, eclipsar as conquistas da anterior geração de ouro está agora firmemente ao seu alcance.