Islândia prepara recepção calorosa

Os organizadores do torneio esperam que o Campeonato da Europa Feminino de Sub-19, que terá lugar na Islândia, possa ajudar a inspirar uma nova geração de futebolistas.

“Fase final acolhedora”
Quando faltam apenas duas semanas para o início da fase final, cujos encontros serão realizados em quatro estádios situados na capital islandesa, Reiquiavique, ultimam-se os preparativos para as boas-vindas às sete selecções que acompanharão a anfitriã neste evento de 11 dias. A Espanha, antiga campeã, Alemanha, França e Dinamarca juntar-se-ão às fortes selecções de Inglaterra e Noruega, assim como a desconhecida Polónia, num cartaz que faz com que a directora do torneio, Klara Bjartmarz, tenha enormes expectativas. "Podemos esperar uma fase final acolhedora. As equipas ficarão todas no mesmo hotel, pelo que haverá um ambiente acolhedor, com excelentes infra-estruturas”.

Inspiração
Este é um período de expansão no futebol feminino na Islândia, onde as duas ligas do país estão em processo de crescimento. Apesar de ter sido batido pelo Valur Reykjavík na corrida pelo título islandês, o Breidablik chegou aos quartos-de-final da última edição da Taça UEFA Feminina, tendo sido eliminado pela equipa do Arsenal Ladies FC, que se sagraria campeã europeia, ao mesmo tempo que a Islândia lidera o seu grupo de qualificação para o Campeonato da Europa Feminino de 2009, depois de uma vitória sobre a poderosa França, por 1-0, isto após ter vencido a China na Algarve Cup. Como diz o adágio, o sucesso cria sucesso, pelo que Bjartmarz espera que a experiência internacional que as Sub-19 islandesas terão possa inspirar mais jovens: “Estamos muito orgulhosos por podermos receber um torneio desta qualidade na Islândia. Tentaremos utilizá-lo como forma de inspiração para mais raparigas, de lhes dar objectivos por que perseguir. Queremos que venham aos jogos e que pensem: ‘Quero ser como elas’”.

Optimismo
A Islândia possui uma boa infra-estrutura futebolística, com 100 mini-campos financiados através do programa HatTrick da UEFA, assim como cinco campos de futebol de 11 cobertos – uma necessidade num país onde a média de temperaturas máximas no mês de Julho (o mais quente do ano) raramente é superior a 14 graus. “Quase posso prometer o Sol a brilhar”, indicou Bjartmarz. “Estive à frente de três torneios e todos se jogaram debaixo de sol. Contudo, nada posso fazer quanto ao vento”. Tal não deverá impedir, contudo, a presença do público, pelo que a directora do torneio espera boas assistências. “A Islândia é um país pequeno, com uma população de somente 300 mil pessoas, pelo que não poderemos esperar grandes multidões”, concluiu Bjartmarz. “Mas as entradas são livres e o futebol é o desporto mais importante na Islândia, por isso estamos optimistas”.