Finalíssima Feminina 2023: Conheça Inglaterra e Brasil
quinta-feira, 6 de abril de 2023
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Saiba tudo sobre os participantes na Finalíssima Feminina, Inglaterra e Brasil.
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A Inglaterra defrontou o Brasil na primeira Finalíssima Feminina: conheça melhor ambas as equipas.
O que é a Finalíssima Feminina?
O confronto entre Inglaterra, vencedora do EURO Feminino, e Brasil, campeã da Copa América Feminina, faz parte da expansão da cooperação entre UEFA e CONMEBOL, que inclui principalmente futebol feminino, futsal e escalões jovens, intercâmbio de árbitros e programas de treino técnico. Já houve uma Finalíssima masculina (ganha pela Argentina em Wembley), uma Finalíssima de Futsal (ganha por Portugal em Buenos Aires) e uma Taça Intercontinental Sub-20 (ganha pelo Benfica em Montevidéu).
INGLATERRA
Melhor no Mundial: terceiro lugar (2015)
Melhor no EURO: vencedora (2022)
Como se tornou campeã europeia de 2022
Grupo A: vencedora
06/07: Inglaterra 1-0 Áustria (Mead 16)
11/07: Inglaterra 8-0 Noruega (Stanway 12p, Hemp 15, White 29 41, Mead 34 38 81, Russo 66)
15/07: Irlanda do Norte 0-5 Inglaterra (Kirby 41, Mead 45, Russo 48 53, Burrows 76ag)
Quartos-de-final
20/07: Inglaterra 2-1ap Espanha (Toone 84, Stanway 96; Esther 54)
Meias-finais
26/07: Inglaterra 4-0 Suécia (Mead 34, Bronze 48, Russo 68, Kirby 76)
Final
31/07: Inglaterra 2-1ap Alemanha (Toone 62, Kelly 110; Magull 79)
Seleccionadora: Sarina Wiegman
Após mais de 100 internacionalizações, tornou-se treinadora em 2007, com o primeiro feito digno de registo a ser a "dobradinha" neerlandesa em 2011/12. Em 2014 ingressou na Federação de Futebol dos Países Baixos, onde começou como adjunta, foi técnica interina e, a partir de 2017, seleccionadora sénior.
Nesse último cargo alcançou grande sucesso, a começar pelo UEFA Women's EURO 2017, ganho em casa, seguindo-se a fina do Mundial Feminino de 2019, perdida frente aos Estados Unidos. Em 2020 mudou de selecção mas manteve o título europeu, sagrando-se campeã com a anfitriã Inglaterra no ano seguinte. Conhecida por um estilo de jogo ofensivo, foi eleita Melhor Treinador de Futebol Feminino pela FIFA (2017 e 2020) e pela UEFA (2021/22).
Jogadora-chave: Leah Williamson
A capitã é uma central que também pode atuar como centrocampista mais defensiva, função na qual Wiegman inicialmente usou Williamson. Por altura do EURO, a jogadora do Arsenal passou a ser utilizada na defesa, compondo um sector mais recuado que só sofreu dois golos nos sete jogos do Women's EURO.
Principais estatísticas
- Os 22 golos da Inglaterra no Women's EURO 2022 bateram o recorde registado num único torneio estabelecido em 2009 pela Alemanha (quando as inglesas foram vice-campeãs do EURO pela segunda vez, depois de terem sido também finalistas vencidas na na edição inaugural em 1984).
- Mead igualou o recorde de seis golos no EURO Feminino (partilhado com Inka Grings em 2009 e com Alex Popp em 2022) e Alessia Russo fixou um novo máximo de quatro tentos após saltar do banco.
- Os 87.192 espectadores presentes na final do EURO Feminino de 2022 fixaram um novo recorde num jogo de selecções femininas na Europa, e a maior assistência em qualquer partida da fase final do EURO masculino ou feminino. Houve também duas assistências de mais de 75.000 pessoas em jogos amigáveis disputados em Wembley.
BRASIL
Melhor no Mundial: finalista vencida (2007)
Melhor na Copa América: vencedora (1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014, 2018, 2022)
Como se tornou campeão sul-americano em 2022
Grupo B: vencedor
09/07: Brasil 4-0 Argentina (Adriana 28 58, Bia 36p, Debinha 87)
12/07: Uruguai 0-3 Brasil (Adriana 32 48, Debinha 45+2)
18/07: Venezuela 0-4 Brasil (Bia 22, Ary Borges 51, Debinha 58 65)
21/07: Brasil 6-0 Peru (Duda 1, Duda Sampaio 17, Geyse 41, Duda Santos 44p, Fe Palermo 48, Adriana 50p)
Meias-finais
26/07: Brasil 2-0 Paraguai (Ary Borges 16, Bia 28)
Final
30/07: Colômbia 0-1 Brasil (Debinha 39p)
Seleccionadora: Pia Sundhage
A antiga avançada sueca é uma das melhores jogadoras de sempre, tendo ajudado a Suécia à conquista do EURO Feminino em 1984.
Sundhage foi jogadora-treinadora do Hammarby de 1992 a 1994 e trabalhou como adjunta no Vallentuna, AIK e Philadelphia Charge, antes de assumir o comando do Boston Breakers em 2003 e liderar a classificação da época regular da WUSA. Depois de passagens por Kolbotn e Örebro, Sundhage foi adjunta de Marika Domanski-Lyfors na China, anfitriã do Mundial de 2007.
Mais tarde nesse ano, Sundhage tornou-se seleccionadora dos Estados Unidos e venceu os torneios olímpicos de 2008 e 2012, tendo chegado também à final do Campeonato do Mundo de 2011. No fim de 2012 (quando foi eleita a melhor treinadora do ano da FIFA), Sundhage assumiu o comando da Suécia, de onde é originária, e ajudou as nórdicas a chegar às meias-finais do EURO Feminino de 2013 como anfitriã e, de seguida, a conquistar a prata olímpica de 2016.
Sundhage tornou-se treinadora das Sub-18 da Suécia em 2018; no ano seguinte, assumiu a liderança do Brasil e venceu a Copa América de 2022.
Jogadora-chave: Bia Zaneratto
Tendo em conta a ausência das lesionadas Debinha e Marta, o Brasil não poderá contar com um total de 173 golos pela selecção. No entanto, Sundhage tem outras opções, principalmente Bia, que, aos 29 anos de idade, já foi internacional por mais de 100 vezes.
Autora de três golos na Copa América de 2022 e de mais seis na vitória do Brasil quatro anos antes, a avançada do Palmeiras (detentor da Taça dos Libertadores) é uma figura familiar nos grandes palcos, tendo também participado em três edições do Campeonato do Mundo e em duas dos Jogos Olímpicos.
Principais estatísticas
- O Brasil venceu oito das nove edições da Copa América, falhando apenas em 2006, quando perdeu a final frente à anfitriã Argentina por 2-0.
- Em 2023, o Brasil manterá o seu recorde de presença em todas as fases finais do Mundial (esta será a nona). Também participou em todos os torneios olímpicos de futebol feminino (igualado somente pelos EUA e pela Suécia), tendo conquistado a prata em 2004 e 2008.
- Em 2022, tornou-se na primeira selecção a triunfar na Copa América Feminina sem qualquer golo sofrido, e venceu todos os jogos pelo segundo torneio seguido.