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Suécia na vanguarda do futebol feminino

"Sentiremos que temos toda a Suécia a apoiar-nos", disse Lotta Schelin após o seu país, uma das maiores potências do panorama feminino, ter sido escolhido pela UEFA para organizar o Women's EURO 2013.

A Suécia chegou aos quartos-de-final em 2009 e tem grandes ambições para 2013
A Suécia chegou aos quartos-de-final em 2009 e tem grandes ambições para 2013 ©Getty Images

A Suécia tem estado na vanguarda do futebol feminino europeu desde que a UEFA começou a organizar competições femininas e a sua paixão pelo jogo será evidenciada quando organizar a UEFA Women's EURO 2013.

A Federação Sueca de Futebol (SvFF) viu, na segunda-feira, o Comité Executivo da UEFA conceder-lhe a organização da fase final, que decorrerá em Julho de 2013. Isto significa que o evento completa um círculo, uma vez que a primeira Competição da UEFA Para Equipas Representativas Femininas, que se realizou em 1984, contou com um jogo inaugural realizado na Suécia, cuja selecção venceria, em Gotemburgo, a Inglaterra, por 1-0. As suecas viriam a conquistar o troféu após um desempate por grandes penalidades na partida realizada em Luton.

A Suécia continuou a ser uma referência na variante feminina da modalidade e, há poucas semanas, qualificou-se para a fase final do Mundial de 2011, que se realizará na Alemanha. O seleccionador da Suécia, Thomas Dennerby, disse ao UEFA.com: "São óptimas notícias. Isto significa que nos apurámos para as fases finais de duas grandes competições em poucas semanas. No próximo ano, esperamos apurar-nos, também, para os Jogos Olímpicos. Em 2013, várias das nossas jogadoras, aquelas que nasceram a meio dos anos 80, estarão nos vinte e muitos anos, a melhor idade para uma jogadora".

Apesar de a Suécia não conquistar uma grande prova de selecções desde 1984, sempre foi uma equipa a ter em conta. A Suécia foi finalista do Campeonato da Europa em 1987, 1995 e 2001 e nunca ficou fora dos quartos-de-final, fase na qual foi eliminada pela Noruega durante o certame do ano passado, na Finlândia.

Foi, com efeito, com a Noruega que a Suécia organizou, em 1997, o primeiro Campeonato da Europa Feminino para oito equipas, acolhendo seis jogos e as meias-finais. Dois anos antes, havia acolhido o Mundial, competição na qual as suecas são totalistas em fases finais, e, em 2003, foram finalistas, perdendo o jogo decisivo ante a Alemanha no desempate pelo golo de ouro. As suecas Pia Sundhage, Victoria Svensson (a mais internacional de sempre pela selecção nórdica) e a melhor marcadora de sempre, Hanna Ljungberg, são consideradas referências internacionais femininas da modalidade e têm na ponta-de-lança do Olympique Lyonnais, Lotta Schelin, uma digna sucessora.

"Jogar em casa será uma grande vantagem", disse Schelin. "Sentiremos que temos toda a Suécia a apoiar-nos. Esperamos vir a disputar os jogos do nosso grupo em Gotemburgo. Tivemos grandes resultados no [estádio] Gamla Ullevi desde que começámos a jogar lá. Só empatámos uma vez. De resto, foram só vitórias. Jogando em França, vi que o futebol feminino tem despertado cada vez mais interesse. A selecção francesa teve, recentemente, quase dez mil pessoas a vê-las jogar".

Também a nível de clubes, a Suécia tem-se mostrado uma referência na variante feminina. A Liga feminina, Damallsvenskan, iniciou-se em 1973 e, quando a Taça UEFA Feminina foi lançada, em 2001/02, a sua categoria foi bem clara. O Umeå IK dominou a última década antes de ter sido recentemente eclipsado pelo Linköpings e o campeão desta época, o LdB FC Malmö, qualificou-se para cinco das últimas sete finais, tendo vencido a prova em 2003 e 2004.

Com o certame de 2013 já no horizonte, a SvFF pretende manter-se como uma entidade inovadora no futebol feminino. "O nosso objectivo é aproveitar a fase final para elevar o futebol europeu feminino para outro patamar", indicou o líder do projecto, Göran Havik. "Sabemos que há um mercado para o futebol feminino na Suécia e temos o apoio do maior canal televisivo sueco, TV4, que já submeteu uma candidatura para transmitir o certame. Finalmente, a maior parte dos jogos serão realizados em estádios novos. Todos estes factores proporcionarão as melhores condições possíveis para um torneio de sucesso".

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