Pernille Harder e as aspirações da Dinamarca
quarta-feira, 6 julho 2022
Sumário do artigo
"A nossa mentalidade tem de ser a de libertar os travões", diz a capitã da Dinamarca quando se prepara para defrontar a forte oposição da Alemanha e da Espanha no Grupo B.
Conteúdo media do artigo

Corpo do artigo
Finalista vencida do UEFA Women's EURO com a Dinamarca em 2017, Pernille Harder quer fazer melhor na fase final deste Verão em Inglaterra e juntar mais um título a uma vasta lista que inclui "dobradinhas" seguidas com o Chelsea, clube para o qual se mudou em 2020 proveniente do Wolfsburgo.
A goleadora de 29 anos, duas vezes Jogadora do Ano da UEFA, fala ao UEFA.com sobre o seu desenvolvimento como capitã da selecção nacional e as perspectivas da Dinamarca num grupo muito forte composto também por Alemanha, Espanha e Finlândia.
O papel de capitã e o espírito de equipa da Dinamarca
Procurei sempre ser um exemplo, e liderar dentro e fora do campo. Não importa se somos grandes celebridades, é preciso sempre trabalhar no duro porque não somos melhores do que as outras jogadoras.
Outra coisa que desenvolvi como líder é o facto de me preocupar com as minhas companheiras de equipa, como elas são, não apenas em campo, para garantir que tenham a mentalidade certa para que possam ter o melhor desempenho nos jogos. É algo que aprendi ao longo do tempo e que talvez não pensava muito quando tinha 23 anos e me tornei capitã da equipa.
Defrontar a Alemanha e a Espanha
Éramos a terceira selecção cabeça-de-série, por isso sabíamos que encontraríamos duas nações muito, muito boas. Há muitas boas equipas a jogar neste Europeu, e a Alemanha e a Espanha são duas das melhores, talvez duas das favoritas. Sabemos que no papel talvez não sejamos tão boas como elas, mas o que temos – a ligação da equipa e o conhecimento táctico – pode levar-nos longe.
A nossa mentalidade tem de ser a de libertar os travões. Não somos favoritas nestes jogos, por isso temos de estar calmas e tranquilas. Temos um plano de como queremos jogar, e só temos de o pôr em prática e dar tudo. O mais importante é acreditar na capacidade da nossa equipa. Temos de ser ousadas.
Eliminar a Alemanha nos quartos-de-final em 2017
Vencemos por 2-1 e defendemos muito bem. Aproveitámos as oportunidades que tivemos. São estas as coisas realmente importantes: ser capaz de defender bem quando se está sob pressão e aproveitar as oportunidades quando elas surgem. Foi o que fizemos contra a Alemanha na altura.
Foi uma sensação fantástica quando as eliminámos. Não éramos favoritas e vencer um país tão grande foi óptimo. Foi como dizer: "Sim! Agora estamos na final. Ninguém se pode intrometer no nosso caminho." Foi uma sensação realmente fantástica. Temos um histórico muito bom [com a Alemanha] e seria óptimo que isso pudesse continuar.
O legado do UEFA Women's EURO 2022
Penso que vai ser a qualidade dos jogos. Já me perguntaram sobre qual é a minha equipa favorita para vencer o EURO e, para ser honesta, não consigo dizer quem é a favorita, pois há muitas boas equipas. Isso diz algo sobre a qualidade e o desenvolvimento e o progresso do futebol na Europa. Acredito que este torneio será lembrado pela qualidade em campo e pelo grande ambiente que haverá durante os jogos.