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Guia das equipas do Women's EURO: Irlanda do Norte

Qualificar-se já foi uma surpresa: conseguirá a Irlanda do Norte continuar a surpreender na fase final?

Jogos no Grupo A:

Quinta-feira, 7 de Julho
Noruega - Irlanda do Norte (20h00, Southampton)

Segunda-feira, 11 de Julho
Áustria - Irlanda do Norte (17h00, Southampton)

Friday 15 July
Irlanda do Norte - Inglaterra (20h00, Southampton)

Como se qualificou: Segunda classificada do Grupo C (J8 V4 E2 D2 GM17 GS17), Play-off frente à Ucrânia V4-1 no total das duas mãos(V2-1f, V2-0c)

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Jogadora chave: Rachel Furness
Teve que assistir à partida decisiva com a Ucrânia do lado de fora, de muletas na mão, lesionada num tornozelo, mas o seu golo antes dessa lesão, no jogo da primeira mão, fora de casa, foi crucial para colocar a Irlanda do Norte no caminho do histórico apuramento, sublinhando o seu estatuto na equipa. Nascida na Inglaterra e com nome feito nos principais escalões de futebol feminino daquele país, tornou-se na maior goleadora de sempre do seu país (de qualquer um dos sexos) em novembro passado. Jogadora do Liverpool, foi mais tarde presenteada com o prémio de Personalidade Desportiva do Ano da Irlanda do Norte da BBC Sports, galardão entregue por Jürgen Klopp.

Jogadora a seguir: Rebecca McKenna
A lateral-direita fez sua estreia na seleção principal da Irlanda do Norte aos 17 anos, em 2018, e afirmou-se em definitivo com as suas exibições no play-off, contra a Ucrânia, tendo a vitória na partida da segunda mão, em abril, ocorrido precisamente no dia do seu 20º aniversário. É, agora, titular indiscutível e mudou-se para um clube de Inglaterra.

Seleccionador: Kenny Shiels
Tendo assumido o cargo em Maio de 2019, depois da saída do seleccionador de longa data Alfie Wylie, que optou por se concentrar no desenvolvimento das selecções jovens femininas, Shiels trouxe consigo 30 anos de experiência como treinador, com troféus conquistados no futebol masculino ao mais alto nível na Irlanda do Norte, República da Irlanda e Escócia, onde levou o Kilmarnock a surpreender o Celtic numa final da Taça da Liga, em 2012. Teve, porém, de esperar oito jogos pela uma primeira vitória ao leme da selecção feminina da Irlanda do Norte, mas desde então viu as suas pupilas embarcarem numa caminhada que sóparou com o apuramento para o Europeu: "a melhor conquista desportiva de todos os tempos no Reino Unido", segundo o técnico.

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Táctica

Como seria de esperar numa equipa com várias jogadoras semi-profissionais que defrontam adversárias de classe mundial, o espírito de equipa e a incrível ética de trabalho têm sido fundamentais para a ascensão da Irlanda do Norte, especialmente no "play-off" com a Ucrânia, quando viram uma onde de lesões afastar algumas jogadoras importantes. Shiels não é propriamente fiel a um sistema táctico, variando entre o 4-4-2, o 4-5-1 e o 3-4-3. Furness geralmente actua no centro do meio-campo, com Simone Magill e Kirsty McGuiness em funções de ataque, Lauren Wade joga mais aberta nos flancos e Julie Nelson e Ashley Hutton conferem solidez defensiva.

Histórico
A Irlanda do Norte disputou seu primeiro jogo de selecções principais femininas em 1973, mas durante a década de 1990 e início dos anos 2000 pouco jogou, não tendo sequer participado nas qualificações para o Women's EURO entre 1993 e 2005. E mesmo desde então era vista como uma selecção modesta, tendo até perdido sete os oito jogos que disputou na fase de apuramento para o Campeonato do Mundo Feminino de de 2019. No arranque da qualificação para este UEFA Women's EURO 2022 viu-se derrotada duas vezes pela Noruega por 6-0, surpreendendo depois, de alguma forma, com os dois empates frente ao País de Gales e as duas vitórias contra a Bielorrússia, que lhe permitiram terminar no segundo em seu grupo, e surpreendendo ainda mais ao derrotar a Ucrânia no "play-off" para garantir a sua primeira presença numa fase final.