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Preparadas para o clássico

A Alemanha tenta o quinto título europeu seguido frente à Inglaterra (ainda sem qualquer troféu importante conquistado), mas a seleccionadora Silvia Neid, avisa: "Vai ser um clássico".

A selecção inglesa cumpre mais um treino
A selecção inglesa cumpre mais um treino ©Getty Images

A história tem-se repetido nas últimas quatro fases finais do Campeonato da Europa Feminino: vitória da Alemanha. A Inglaterra espera terminar com essa série de sucessos germânicos e dar início ao seu próprio palmarés vencedor na quinta-feira, na final do Estádio Olímpico de Helsínquia.

Percursos diferentes
Tal como em 2001 e 2005, a Alemanha venceu todos os jogos disputados até ao momento, apesar dos sustos que a selecção germânica apanhou frente à Itália e à Noruega. A Inglaterra iniciou a fase final com uma derrota por 2-1 frente à Itália e parecia a caminho da eliminação quando perdia por 2-0 frente à Rússia, antes de dar a volta e triunfar por 3-2. Um empate (1-1) frente à Suécia acabaria por permitir o apuramento das inglesas para a fase seguinte, onde se impuseram à anfitriã Finlândia e antes de baterem a Holanda nas meias-finais, em jogos bastante tensos. Esta será a primeira final da Inglaterra desde a edição inaugural da prova, em que perdeu frente à Suécia, ao invés da Alemanha, que conquistou o troféu em seis ocasiões, para além dos dois títulos mundiais que já ostenta nas respectivas vitrinas.

Poderio ofensivo das inglesas
Com efeito, a Inglaterra nunca conseguiu derrotar a Alemanha nos 18 jogos já realizados, embora tenha havido duas igualdades a zero no ano de 2007, em partidas realizadas na China, incluindo uma para o Mundial, naquele que constituiu o único encontro que as alemãs não venceram, naquela ou nesta prova, no espaço de uma década. A seleccionadora da Alemanha, Silvia Neid, elogiou o poderio ofensivo das inglesas desde que passaram a ser dirigidas por Hope Powell: "[Kelly] Smith e [Karen] Carney são impressionantes e também têm defesas altas que merecem todo o respeito. [Eniola] Aluko também tem estado bem. [Katie] Chapman e [Fara] Williams, que jogam à frente da defesa, têm boa capacidade de passe e visão de jogo. Este embate vai ser um clássico".

Plantel muito forte
Neid não poderá contra com a experiente defesa-central Ariane Hingst devido a uma lesão num joelho e, na meia-final, optou por Saskia Bartusiak em detrimento de Sonja Fuss no lugar de Hingst, dada a sua capacidade no jogo aéreo e entendimento com Annike Krahn. A treinadora aproveitou as capacidades de todo o seu plantel na Finlândia, particularmente quando as suplentes Simone Laudehr, Célia Okoyino da Mbabi e Fatmire Bajramaj marcaram todas no jogo das meias-finais. "É difícil para as nossas adversárias lidar com os diferentes tipos de jogadoras que temos ao nosso dispor", reconheceu Neid.

Ponderar opções
Powell poderá recolocar a capitã Faye White no centro da defesa, envergando uma máscara após ter fracturado o malar durante o embate frente à Finlândia, ou manter a aposta em Lindsay Jonhson e também poderá iniciar a final com Karen Carney na ala, depois de ter apresentado Jess Clarke diante da Holanda. Relembrando o empate sem golos de há dois anos, Powell comentou: "Esse empate deu-nos confiança. Estamos confiantes por estarmos presentes na final. Sabemos que não somos as favoritas, mas as estatísticas não contam para nada até ao apito final".

Vulnerabilidade
Nos oitavos e quartos-de-final, tanto a Itália como a Noruega afligiram a Alemanha e Powell sugere que as germânicas podem estar mais vulneráveis do que no último Mundial. "Elas sofreram golos nesta fase final, algo que não aconteceu em 2007. Têm fragilidades, como qualquer outra equipa. Reconhecemos que têm pontos fortes e que também têm pontos fracos, e serão esses que tentaremos explorar".