Inglaterra pronta para evoluir

A Inglaterra foi eliminada na fase de grupos do UEFA WOMEN'S EURO 2005™, do qual era anfitriã, mas quatro anos volvidos, a centrocampista Fara Williams e a lateral-esquerdo Casey Stoney apontam para uma melhor classificação na Finlândia.

Quartos-de-final no Mundial
Há quarto anos, a Inglaterra teve um excelente início, batendo a Finlândia, por 3-2, mas perdeu tangencialmente com a Dinamarca e Suécia, acabando o seu grupo na derradeira posição. Após ter chegado aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo 2007, a equipa de Hope Powell ficaria certamente desapontada por, pelo menos, não igualar semelhante feito na Finlândia. E Williams, capitã do Everton LFC, acredita que as inglesas estão a postos.

Experiência
"Ter disputado, em 2005, o EURO realizado em Inglaterra foi importantíssimo para nós. Todos achavam que podíamos chegar longe e creio que estávamos, na altura, a viver um sonho", começou por referir Williams ao uefa.com. "As experiências do EURO, em 2005, e do Mundial, em 2007, foram importantíssimas para nós e creio que teremos as nossas hipóteses na Finlândia".

Preparativos
Desde que, em Outubro, conseguiu o apuramento, a Inglaterra realizou um conjunto de estágios, tendo vencido, em Março, a Cyprus Women's Cup e derrotado tanto a Noruega como a Dinamarca em jogos particulares realizados perante o seu público. Stoney sente-se aliviada pelo facto de o pontapé de saída do Grupo C, frente à Itália e marcado para 25 de Agosto (antes de duelos com a Rússia e Suécia), estar já ao virar da esquina. "Estamos muito satisfeitas por já faltar pouco", confessou a defesa do Chelsea LFC, que também dirigiu a equipa na época passada. "A preparação foi longa e dura. Tivemos uma curta pausa e, desde o final da temporada, apenas tivemos duas semanas de paragem".

Lições
Williams já regressou aos jogos oficiais, tendo ajudado o Everton a passar a eliminatória de qualificação da UEFA Women’s Champions League no início do mês. Mas, para ela, não há nada como uma fase final. "É impressionante", disse a defesa de 25 anos. "Aprendemos algumas coisas a defrontar outras jogadoras melhores do que nós. Aprendemos ao sentir que estamos a jogar bem ou mal. Se não nos analisarmos, nem à equipa, nunca melhoraremos. A Hope insistiu que temos de analisar as exibições para evoluirmos e creio que, antes de 2005, não o fazíamos tanto. Mas, desde então, creio que todos os jogos que efectuámos foram observados em termos colectivos. Foram analisados pela Hope, individualmente e isso ajudou-nos na nossa compreensão".

Contratos centrais
Outra coisa que ajudou boa parte das componentes da selecção inglesa foi a atribuição de contratos centrais, que garantem às jogadoras uma verba suficiente para que não necessitem de um emprego a tempo inteiro. Stoney, de 27 anos, faz parte do grupo daquelas a quem foram entregues contratos em Maio e já está a beneficiar com isso. "Ter um contrato fez uma grande diferença na minha vida. Agora, trabalho em 'part time'. Posso treinar a horas normais e não às cinco da manhã ou às nove da noite, depois do trabalho, quando se está cansada. A qualidade do meu treino melhorou. Sinto que a minha condição física está melhor, o que significa que a qualidade de vida melhorou e os meus padrões de treino são superiores. Assim, poderei estar nos meus melhores níveis físicos possíveis".