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Goleada frustrante

Israel 0-4 Portugal
Os portugueses cumpriram com dois golos em cada parte mas o empate no Bélgica-Holanda colocou estas duas selecções nas meias-finais.

Portugal cumpriu e goleou a inofensiva selecção de Israel por 4-0, mas o empate a dois no outro jogo do Grupo A, entre a Holanda e a Bélgica, colocou estas duas equipas nas meias-finais do Europeu de Sub-21. Resta a possibilidade de conseguir ainda o acesso aos Jogos Olímpicos de Pequim.

Equipa ofensiva
Como se esperava, o seleccionador português José Couceiro, que assistiu ao encontro na bancada, após a expulsão no desafio anterior ante os holandeses, introduziu duas alterações na equipa inicial que começou o esse encontro. Assim, fez entrar João Pereira para o lado direito da defesa, em vez de Amoreirinha, enquanto o avançado Ricardo Vaz Té, recuperado da lesão que o afastou dos dois primeiros desafios, surgiu no lugar do médio Ruben Amorim.

Ribeiro atento
Ciente de que apenas uma vitória servia para poder ainda seguir em frente, Portugal fez valer o esquema claramente atacante gizado por Couceiro nesta partida e, fruto da enorme percentagem de posse de bola na fase inicial, ganhou três cantos logo nos primeiros cinco minutos. No entanto, o primeiro lance de perigo pertenceu aos israelitas, estavam decorridos 17 minutos. Idan Srur apontou um livre e perante a tentativa de desvio de um companheiro, que não aconteceu, Paulo Ribeiro afastou com dificuldade.

Amarelo para Almeida
A resposta lusitana chegou três minutos volvidos. João Moutinho entrou pela área adversária adentro, foi à linha e colocou a bola com conta, peso e medida na cabeça de Vaz Té. No entanto, o avançado do Bolton Wanderers FC, que começou a partida descaído para o lado esquerdo, atirou de cabeça por cima da barra quando estava sozinho no coração da área. Israel tentava surpreender em rápidos contra-ataques e num deles obrigou o capitão Hugo Almeida a fazer falta e a ver o segundo cartão amarelo na prova.

Nani de bicicleta
Srur tentou novamente a sorte de livre só que desta vez o guarda-redes português defendeu sem qualquer problema. Aos 34 minutos, igualmente de livre, após toque curto de Moutinho, Manuel da Costa rematou forte, mas Tom Al Madon estirou-se e desviou para canto. A pressão lusitana acentuou-se e Nani deixou novamente o aviso quando atirou ligeiramente por cima da baliza num espectacular pontapé de bicicleta dentro da área.

Portugal abre o activo
A nova estrela do Manchester United FC combinou depois, aos 37 minutos, com Manuel Fernandes, perto da grande área, e o médio português desferiu um potente e colocado remate sem hipótese para Al Madon, fazendo o esférico roçar ainda na parte inferior da trave antes de entrar na baliza. No outro jogo, em Heerenveen, exactamente na mesma altura, a Holanda dava a volta ao marcador e adiantava-se perante a Bélgica, por 2-1. Portugal precisava então de vencer por mais de um golo de diferença e voltou a festejar ainda antes do intervalo.

Vaz Té não perdoa
João Pereira cruzou largo da direita e Vaz Té, solto na área, assinalou a estreia na competição com a obtenção do segundo golo da selecção das quinas, correspondendo de cabeça à solicitação do lateral. Com a Bélgica a perder, a equipa de Couceiro igualava na classificação os “jovens diabos”, mas a diferença de golos era-lhe favorável e isso mesmo foi visível no punho cerrado e sorriso do técnico depois do tento conseguido por Vaz Té.

Dois golos num minuto
O desfecho não interessava a Israel e Levy trocou o médio Lior Rafaelov pelo avançado Omer Peretz. Contudo, Portugal voltou a marcar e por duas vezes. Quatro minutos após o regresso dos balneários, Miguel Veloso marcou um livre junto à linha lateral do lado direito, aparentemente inofensivo. A bola descreveu um arco e entrou sem que ninguém lhe tivesse tocado. Logo a seguir, Nani rematou de fora da área e bateu novamente o guarda-redes israelita.

Duplo golpe
A partir deste momento, com tudo decido perante a inofensiva equipa de Israel, os ouvidos portugueses colaram-se no encontro de Heerenveen. Todavia, a formação das quinas sofreu dois rudes golpes sensivelmente no mesmo momento, pois os belgas chegaram ao empate e Nani saiu lesionado no tornozelo esquerdo, aos 68 minutos, após falta duríssima de Dani Bondarv.

À espera do “play-off”
A desilusão tomou então conta da selecção portuguesa que terminou o agrupamento no terceiro lugar, mas pode ainda chegar à prova de Pequim, a disputar em 2008. Para isso, precisa que a Inglaterra, que compete nas Olimpíadas integrada no Reino Unido, consiga no domingo juntar-se à Sérvia nas formações semifinalistas do Grupo B. O eventual “play-off” está marcado para quinta-feira.