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Holanda mais feliz

Holanda 1-1 Inglaterra (13-12 após penalties)
A selecção anfitriã, campeã em título, apurou-se para a final da prova, mas foram precisas 32 grandes penalidades.

A Holanda apurou-se para o encontro decisivo de sábado do Campeonato da Europa de Sub-21, marcado para o Euroborg de Groningen, ao vencer a Inglaterra no desempate por grandes penalidades, após o empate a um golo no final dos 120 minutos da partida em Heerenveen. Após 32 penalties, Gianni Zuiverloon aproveitou o remate à barra de Anton Ferdinand e colocou a selecção "laranja", campeã em título, pela segunda vez consecutiva na final.

Equilíbrio inicial 
Os momentos iniciais revelaram as cautelas com que ambas as formações encararam o encontro. Com as defesas a superarem-se aos ataques, o primeiro lance de apuro surgiu aos oito minutos apenas devido ao falhanço dos centrais de Inglaterra. Royston Drenthe cruzou da esquerda, mas Maceo Rigters perdeu tempo de remate e desperdiçou a oferta adversária. Dez minutos volvidos, uma rápida jogada do flanco direito holandês terminou com um remate ligeiramente por cima da barra do lateral Gianni Zuiverloon.

Babel ameaça
Fruto do maior domínio dos homens da casa, Ryan Babel atirou à figura do guardião Scott Carson ainda antes da meia hora, depois de boa combinação com Rigters. Pouco depois, aos 34 minutos, o jogador do AFC Ajax voltou a estar em destaque quando pegou na bola ainda antes do seu meio-campo e correu em direcção à baliza. No entanto, tentou rematar em jeito à entrada da área, após combinar com um companheiro na direita, e o pontapé errou o alvo.

Lita não perdoa
A Holanda comandava as operações mas os ingleses, onde Young, regressado após castigo, se começou a salientar no flanco esquerdo, aproveitaram uma distracção da defesa contrária para silenciar o público holandês que praticamente encheu o Abe Lenstra. O capitão Ron Vlaar deixou fugir Leroy Lita, depois de um ressalto ganho por David Nugent ao seu marcador directo, e o dianteiro do Reading FC não perdoou, fazendo o terceiro tento na prova com um forte pontapé de pé esquerdo dentro da área, de nada valendo o desvio de Waterman.

Cinismo inglês
Bem organizados e muito concentrados, os britânicos mostraram ter aprendido com o tradicional cinismo das formações transalpinas e fizeram o golo aos 39 minutos, na única oportunidade de que dispuseram durante a etapa inicial e no único remate efectuado à baliza. Pearce trocou de defesa-esquerdo ao intervalo e colocou Liam Rosenior no lugar de Leighton Baines, eventualmente devido aos problemas físicos que o importunaram nos últimos dias.

Bola no poste
Young já tinha dado nas vistas na etapa complementar e após o reatamento voltou a deixar a cabeça em água à defesa holandesa. Ultrapassou quem lhe apareceu pela frente e apenas foi travado em falta por Vlaar à entrada da área, quando ia ficar em excelente posição para alvejar as redes de Waterman. O central viu o respectivo cartão amarelo e na marcação do livre Lita fuzilou a baliza, mas a bola embateu estrondosamente no poste esquerdo, perante o olhar impotente do guardião “laranja”.

Carson atento
A perder, De Haan deu ordem de entrada a Roy Beerens para o posto do apagado Otman Bakkal, aos 58 minutos, e viu-se pouco depois obrigado a mexer no eixo da defesa, uma vez que Vlaar cedeu o lugar a Arnold Kruiswijk devido a lesão. Pelo meio, Maduro aproveitou o espaço concedido pelos ingleses na zona frontal da área e rematou colocado, contudo, Carson estava atento e defendeu, não conseguindo também Rigters fazer a recarga com êxito.

Tudo por tudo
Claramente a apostar no contra-ataque, a Inglaterra criou sobressalto aos 70 minutos quando Nugent correu quase metade do campo mas foi desarmado no momento certo por um adversário na altura em que se preparava para desferir a estocada final. A formação da casa viu-se novamente forçada a fazer uma substituição por causa de problemas físicos, tendo o dianteiro Tim Janssen entrado para o lugar do defesa Erik Pieters. A Holanda carregou e dispôs de um livre perigoso perto da área, no entanto, a bola nem chegou à baliza.

Rigters de bicicleta
Pouco depois, Babel entrou pelo lado direito da área e cruzou rasteiro à espera do desvio, mas a defesa inglesa conseguiu afastar o perigo. A pressão dos comandados de De Haan deu frutos a um minuto do fim, numa altura em que o central Steve Taylor estava inferiorizado fisicamente. Ryan Donk ganhou ao segundo poste de cabeça e Rigters, solto de marcação, efectuou um pontapé de bicicleta na pequena área e fez o tão desejado empate para a Holanda, momentos antes Anton Ferdinand entrar para o lugar de Lita.

Desespero inglês
Nos descontos, um livre de Babel passou a escassos centímetros do travessão, mas o resultado não sofreu alteração. Aos 11 minutos do prolongamento, o seleccionador britânico, que já tinha esgotado as substituições, viu outro central sair lesionado, Nedum Onuoha, enquanto Taylor se arrastava em campo ainda por cauda do lance anterior ao tento da Holanda. O imperial Ferdinand e os companheiros aguentaram o sufoco e conseguiram levar a decisão até às grandes penalidades.