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Portugal - Alemanha: Opinião dos repórteres

A meia-final do EURO Sub-21 em Olomouc junta duas equipas invictas, e Nuno Tavares e Philip Röber, do UEFA.com, explicam porque cada uma pode acreditar no sucesso.

Portugal sente que Bernardo Silva & Cia. representam a sua melhor geração desde 1994
Portugal sente que Bernardo Silva & Cia. representam a sua melhor geração desde 1994 ©Sportsfile

O jogo entre Portugal e Alemanha passa a sensação do encontro entre uma força irresistível e um objecto inamovível, já que as duas equipas invictas do EURO Sub-21 medem forças na primeira meia-final.

As estatísticas mostram que não existe equipa que circule melhor a bola do que esta dupla, enquanto o discurso pré-jogo de ambas debruçou-se sobre a necessidade de ter uma abordagem mais ponderada. No entanto, qual é o pressentimento de quem segue estes rivais das meias-finais? Os dois repórteres de equipa do UEFA.com dão a sua opinião.

Nuno Tavares, repórter de Portugal
Quando o sueco Simon Tibbling descreveu Portugal como "provavelmente a melhor equipa do torneio", após o seu tento tardio ter dado o empate frente ao vencedor do Grupo B, na quinta-feira, estava apenas a dar conta do sentimento geral entre aqueles que viram a equipa de Rui Jorge na República Checa. Trata-se sem dúvida do conjunto mais dotado em prova no que toca a talento puro.

A antiga geração do futebol português – liderada por Luís Figo, Rui Costa e João Pinto – foi derrotada na final de 1994, mas o país parece acreditar, mais do que nunca, que esta equipa é capaz de dar o último passo e conquistar o título Sub-21 que sempre escapou a Portugal.

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Não é que o talento nunca tenha estado presente, mas o facto de esta formação atravessar uma série de 14 jogos oficiais sem perder sublinha o factor-chave do seu sucesso: uma mentalidade vencedora. Muito do crédito do renascimento luso como uma potência nos Sub-21 deve-se a Rui Jorge, antigo lateral-esquerdo de Porto e Sporting, que conseguiu misturar a dose certa de trabalho incansável e magia ofensiva. William Carvalho e Bernardo Silva personificam esta rara combinação e muita da esperança de Portugal em bater a Alemanha vai depender da forma como se vão exibir no Estádio Ander.

Philip Röber, repórter da Alemanha
Na qualidade de nação futebolística capaz de elevar o seu jogo à medida que um torneio avança, a Alemanha mostrou verdadeiros sinais de melhoria desde a sua fraca exibição na primeira parte com a Sérvia, na jornada inaugural. Claro que falharam oportunidades diante de Dinamarca e República Checa, mas à medida que a equipa se torna mais fluente após dois meses e meio sem amigáveis antes de começar a prova, parece capaz de atingir um novo nível exibicional frente a Portugal.

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De facto, o seleccionador Horst Hrubesch sugeriu isso mesmo na véspera da partida, quando disse: "Sempre que necessário, fomos capazes de elevar o nosso jogo". Os adeptos alemães esperam que estas palavras se apliquem ao criativo Max Meyer, que ainda não correspondeu às elevadas expectativas nele depositadas para este torneio. Se voltar a não conseguir brilhar, parece provável que Hrubesch coloque no seu lugar uma das várias alternativas promissoras ao seu dispor.

Os protagonistas da Alemanha citaram a falta de eficácia na hora de rematar à baliza como o principal problema da equipa até ao momento, mas com objectivos cada vez maiores em jogo, devem ser capazes de ser eficazes na altura certa. Joshua Kimmich, jovem talento da semana do UEFA.com, é m jogador capaz de conter a ameaça de Portugal pelo centro do terreno, graças à sua capacidade de antecipação, enquanto Amin Younes consegue aproveitar se os laterais contrários se mostrarem demasiado aventureiros no ataque.

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