Peixe quer evitar euforia
terça-feira, 23 de julho de 2013
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Portugal goleou a Holanda por 4-1 na segunda jornada, mas o seleccionador Emílio Peixe garantiu que ainda nada está decidido, enquanto Wim van Zwam aposta tudo no último jogo.
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Emílio Peixe, seleccionador de Portugal
Vencemos a Holanda, que foi campeã da Europa de Sub-17 há dois anos, e agora vamos concentrar-nos no resto da competição. Jogámos muito bem, como fizemos no primeiro desafio com a Espanha. O jogo de hoje foi muito semelhante ao de sábado. Os nossos jogadores tiveram a mesma atitude e fizeram um esforço semelhante. A equipa esteve muito concentrada, os jogadores sabiam bem o que tinham de fazer e quando isso acontece tudo corre bem.
Foi óptimo para o Guedes marcar dois golos. No primeiro jogo ele também lutou muito e teve algumas oportunidades, mas não foi tão eficaz. O mais importante é a equipa como um todo e estamos muito felizes com o trabalho realizado por todos. Foi apenas um jogo, ainda temos um longo caminho para percorrer. Tenho de recordar que precisamos ganhar mais um jogo para passar à fase seguinte. Sabíamos que este grupo só ficaria decidido nos muito últimos minutos da terceira jornada. Sinto que os nossos jogadores querem deixar a sua marca nesta competição e isso é muito bom.
Wim van Zwam, seleccionador da Holanda
Parabéns a Portugal, tem alguns excelentes jogadores, que fizeram a diferença na segunda metade em contra-ataque. Foi um jogo difícil para nós, mas penso que não jogámos mal. O jogo teve três partes distintas. O início foi equilibrado, mas Portugal melhorou após os 15 minutos. Recuámos muito e perdemos a bola com demasiada facilidade. Eles fizeram algumas boas combinações pela esquerda e foi assim que chegaram ao primeiro golo, que foi merecido. Depois disso, começámos a melhorar e devíamos ter marcado, mas em vez disso foram eles que fizeram o segundo golo, após um erro nosso. A este nível, um erro daqueles implica sofrer um golo, e é isso que temos de aprender.
O mais importante para os jogadores jovens é aprender o que têm de fazer perante certas situações. Às vezes temos de fazer passes longos, quando estamos a ser pressionados, uma bola nas costas do adversário muda o jogo e deixa-nos a jogar no campo do rival. Fizemos um belo golo na jogada do 4-1, mas isso não é suficiente.
É claro que estamos muito desiludidos, mas amanhã, quando acordarmos, tudo começa de novo e vamos concentrar-nos na Espanha, que é a nossa última hipótese. Normalmente é difícil escolher os jogadores. Antes tínhamos grandes esperanças em chegar à meia-final, mas é difícil para todos. Portugal teve de fazer o mesmo, jogaram bem frente à Espanha mas perderam, tiveram de reagir e conseguiram vencer-nos. Temos de fazer o mesmo, é a nossa única hipótese.