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Treinadores antevêem boa final

As suas equipas vão ser adversárias na final, mas o seleccionador francês, Francis Smerecki, e o seu homólogo espanhol, Luis Milla, partilham a opinião de que quem sair vencedor do encontro será um justo campeão.

O seleccionador francês, Francis Smerecki, e o seu homólogo espanhol, Luis Milla, prevêem um grande espectáculo na final
O seleccionador francês, Francis Smerecki, e o seu homólogo espanhol, Luis Milla, prevêem um grande espectáculo na final ©Sportsfile

As suas equipas vão ser adversárias na final da nona edição do Campeonato da Europa de Sub-19, mas o seleccionador francês, Francis Smerecki, e o seu homólogo espanhol, Luis Milla, partilham a opinião de que quem sair vencedor do encontro decisivo, no Stade Michel-d'Ornano, será um justo campeão.

As duas selecções chegam invictas à final, com a França a alcançar três vitórias em quatro jogos e a Espanha somar triunfos nas quatro partidas disputadas. "Vai ser um excelente jogo", garantiu Milla, que viu a sua equipa marcar dez golos na fase final - entre eles três frente à Itália e outros tantos ante a Inglaterra, nos seus dois últimos jogos - contra os 12 apontados pela selecção da casa. "As duas equipas mostraram ser as melhores em prova. Têm estilos de jogo similares. A única diferença é que a França procura tirar mais proveito da sua velocidade, enquanto nós preferimos trocar mais a bola; elaboramos mais as nossas jogadas. Vamos ver excelentes jogadores frente-a-frente, cheios de talento e qualidade. Será uma partida muito equilibrada e, certamente, uma bela final".

Se Milla está ao leme da selecção espanhola de Sub-19 desde Julho de 2008, Smerecki comanda já os Sub-19 gauleses desde 2006 e conta com a motivação extra de os seus pupilos ansiarem pela desforra da derrota por 4-0 sofrida diante de Espanha na final do Campeonato da Europa de Sub-17, há dois anos. Ainda assim, o técnico francês desvalorizou a importância desse aspecto. "As circunstâncias eram, então, muito diferentes. Esforçámo-nos muito para chegar à final, e não conseguimos repetir as exibições anteriores", lembrou. "Agora, temos todos os jogadores há nossa disposição, em boas condições. Trata-se de uma oportunidade para avaliar os progressos que efectuámos ao longo dos dois últimos anos; já deixámos alguns indícios, mas agora é altura de os confirmar e procurar a vitória".

Nada mais, nada menos do que 19 dos 36 jogadores à disposição dos dois seleccionadores para entrarem em campo sexta-feira estiveram presentes no referido Europeu de Sub-17 de 2008, nove deles do lado espanhol, incluindo Keko e Thiago Alcántara, que assinaram o seu nome entre os marcadores no encontro da final. Mas Milla concorda que o tempo já decorrido desde esse jogo torna o resultado irrelevante para a partida desta sexta-feira. "Esse resultado é apenas um detalhe para mim, mas é claro que a França vai estar muito motivada para tirar a desforra desse resultado", explicou. "Os meus jogadores deverão também estar motivados, pelo simples facto de estarem a envergar a camisola do seu país e por defrontarem uma equipa como a França. Eles sabem que não é todos os dias que se disputa uma final e que irão ter a felicidade de o poder fazer".

Os pupilos de Milla têm-se destacado em França pela sua capacidade de circulação da bola, mas Smerecki acredita que a França vai conseguir encontrar fraquezas no adversário. "Espanha tem um aspecto muito forte no seu jogo, que passa por manter a posse de bola mas, felizmente, não tem só pontos fracos. A referência comum que temos neste torneio é a Croácia, selecção que ambos batemos por 2-1 depois de estar a perder por 1-0. Talvez isso signifique que são duas selecções que se equivalem. Mas saliento o talvez".

Sobre os grandes momentos já protagonizados pelos jogadores espanhóis na prova, com destaque para os golos apontados por Ezequiel Calvente e Sergio Canales frente a Itália e Inglaterra, respectivamente, Smerecki reconhece que um toque de criatividade poderá marcar a diferença na final embora, naturalmente, espere que essa criatividade surja do lado dos jovens gauleses. "Há sempre espaço para se assistir a algo surpreendente", acrescentou. "Os jogadores mais talentosos têm essa capacidade. Os jogos, hoje, giram à volta desses momentos de inspiração, talento e classe. E ambas as equipas têm vários jogadores capazes de o fazer".