Inglaterra pronta para testar defesa holandesa

A Inglaterra, campeã da Europa de Sub-17 em título, vai enfrentar a Holanda na primeira meia-final da presente edição da prova, quinta-feira de manhã, em Novi Sad, com a complicada tarefa de bater uma defesa holandesa inquebrável há cinco jogos.

Para além de não ter sofrido qualquer golo no Grupo B desta fase final, a selecção comandada por Albert Stuivenberg não havia já sofrido golos nos dois últimos encontros da Ronda de Elite. Efectivamente, desde a derrota por 5-1 num amigável frente à Alemanha, no arranque desta campanha rumo ao Europeu de Sub-17, a Holanda sofreu apenas dois golos em 13 jogos. Em claro contraste, a Inglaterra estreou-se no Grupo A da fase final com um empate, 2-2, diante da França, perdendo depois por 2-0 com a Dinamarca, antes do excelente triunfo por 3-0 de segunda-feira, sobre a anfitriã Sérvia.

"O resultado de sexta-feira, frente à Dinamarca, colocou realmente à prova a confiança dos jogadores", referiu ao UEFA.com o seleccionador inglês, John Peacock. "Ter a capacidade que eles demonstraram de recuperar de um resultado tão complicado mostra enorme carácter e a lição daí retirada será de grande valor para eles."

Peacock chamou Jack Dunn, extremo do Liverpool FC, para o lugar do lesionado Raheem Sterling, seu colega de clube, enquanto espera por notícias do resultado dos exames realizados a Nick Powell, a contas com um problema num joelho. Por seu lado, o melhor marcador da fase final, Hallam Hope, encontra-se em excelente forma e será a principal aposta de Peacock para quebrar a defesa da Holanda. "É bastante impressionante; qualquer equipa que consiga não sofrer golos com tal regularidade está sempre em excelente posição", salientou o técnico inglês. "Cinco jogos sem sofrer golos é um feito notável, mas espero que consigamos marcar-lhes um ou dois golos e, desta forma, colocar sobre eles alguma pressão."

Na Holanda, o seleccionador Albert Stuivenberg teve oportunidade de descansar sete habituais titulares no empate 0-0 de segunda-feira, frente à República Checa, e procura agora conduzir a sua selecção a quebrar o registo de nunca ter vencido a Inglaterra neste escalão para, assim, marcar presença na sua terceira final desde 2005. "A Inglaterra é muito forte fisicamente e conta com jogadores de enorme potencial", salientou. "Tiveram algumas dificuldades no seu grupo, mas estarão confiantes após o resultado que alcançaram no último jogo."

Quanto ao facto de ter podido fazer descansar alguns jogadores no anterior encontro, Stuivenberg acrescentou: "São opções tomadas no momento, que achamos serem as mais adequadas na altura. E acredito que não mudarei de opinião após o jogo desta quinta-feira, pois muitos jogadores foram submetidos a demasiado esforço, uma vez que tiveram de jogar os últimos jogos da sua Liga na quinta-feira que antecedeu o torneio."

"Eles precisavam de descansar e, por outro lado, tenho total confiança nos restantes jogadores, que mereceram a oportunidade de jogar e mostraram durante os treinos e durante toda a preparação que estavam totalmente integrados na equipa. Se tudo correr bem, os jogadores vão, agora, estar mais frescos e entrar da melhor forma no jogo com a Inglaterra."

Esta será a quinta meia-final de Peacock nos Sub-17 e a terceira de Stuivenberg em quatro anos. O técnico holandês afirmou: "A experiência que se vai adquirindo como treinador ao longo dos anos traz benefícios à equipa. A forma como organizamos o nosso programa, a forma como deixamos os jogadores envolverem-se mais na estratégia - eles estão mais envolvidos naquilo que planeamos fazer dentro de campo. Até ao momento está a correr bem."