Peacock elogia herói inglês

Após ter qualificado a Inglaterra para a final de domingo do Campeonato da Europa de Sub-17, graças a um triunfo por 2-1, frente à França, o seleccionador John Peacock elogiou a contribuição decisiva do ponta-de-lança Connor Wickham, autor dos dois tentos e que ainda não tinha  marcado no Liechtenstein, e elogiou também a força mental do adversário. O seleccionador de França, Guy Ferrier, disse que a sua equipa perdeu disciplina táctica na primeira parte quando se viu a perder por 2-0, mas acrescentou: "A segunda parte foi melhor, mais disciplinada, com mais oportunidades de golo e podíamos ter chegado ao 2-2."

John Peacock, seleccionador de Inglaterra
Estou obviamente muito satisfeito por termos conseguido chegar à final. Sempre soube que seria um jogo muito complicado frente à França, pois a parte mental da equipa é muito forte. Acho que começámos bem e fiquei muito contente por chegar aos 2-0. E disse aos meus jogadores que era muito importante não sofrer um golo nos primeiros 20 minutos. Mas a França veio mais forte do intervalo, a sua força mental esteve bem à vista e houve oportunidades junto a ambas as balizas. No entanto, colocaram-nos sob pressão nos últimos 15 minutos.

[O Connor] tem estado muito forte, liderando o ataque muito bem. Estava um pouco frustrado por não ter marcado qualquer golo anteriormente. Falámos com ele individualmente – tal como fazemos todos os outros –, dizendo-lhe para continuar a fazer as coisas bem feitas e acertar na baliza que os golos acabariam por chegar. As suas duas finalizações foram de enorme categoria e estou muito satisfeito por ele. Conseguimos assegurar o nosso lugar na final, apesar de nunca termos ganho a prova em Sub-17. Chegar à final era um dos principais objectivos deste grupo. Conseguimos isso e agora queremos continuar a preparar-nos da melhor forma nos próximos dias para conseguirmos o título Sub-17 que a França, a Turquia e a Espanha conquistaram antes de nós.

Guy Ferrier, seleccionador de França
Parabéns à Inglaterra e boa sorte para a final. Este jogo decidiu-se nos detalhes e os meus jovens de 17 anos talvez quisessem jogar fora do plano táctico que tinha estabelecido. Talvez tenha sido por isso que nos vimos a perder por 2-0 ao intervalo e, a partir daí, tudo se tornou muito difícil. A segunda parte foi melhor, mais disciplinada, com mais oportunidades de golo e podíamos ter conseguido chegar ao 2-2. E depois, no prolongamento, quem sabe? É uma pena termos perdido esta meia-final, mas perdemos frente a uma equipa muito forte como é a da Inglaterra.

Os erros tácticos aconteceram a meio-campo. Eles sabiam que a Inglaterra gostava de ter a bola a meio-campo para controlar o jogo, mas, em duas ocasiões em que atacaram fomos lentos a recuperar, jogando muito à frente e sofremos dois golos. Pagámos caro por esses erros, algo que já não se sucedeu na segunda parte, o que nos permitiu discutir o encontro.