Jovens estrelas atentas à Champions
quinta-feira, 7 maio 2009
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No mesmo dia em que chegaram ao fim as meias-finais da UEFA Champions Legue, começou na Alemanha o Europeu de Sub-17 e as ligações entre as duas provas são mais do que as que se podem imaginar.
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No mesmo dia em que chegaram ao fim as meias-finais da UEFA Champions Legue, teve início na Alemanha o Campeonato da Europa de Sub-17. As ligações entre a prestigiada competição europeia de clubes e a de selecções jovens são mais do que as que se podem, à partida, imaginar.
Talentos confirmados
Há apenas dois anos, Bojan Krkić marcou o golo da vitória da Espanha sobre a Inglaterra, na final do Europeu de Sub-17 disputado na Bélgica. Na noite desta quarta-feira, em Stamford Bridge, Bojan foi apenas um dos muitos jogadores em campo que passaram pelo Campeonato da Europa de Sub-17 ou pelo seu antecessor, o Europeu de Sub-16, entre eles Petr Čech, José Bosingwa, Nicolas Anelka, Andrés Iniesta e Gerard Piqué. Este último apontou, mesmo, o golo do empate da Espanha - numa selecção que contava igualmente com Cesc Fàbregas - na final de 2004, antes de ver Samir Nasri marcar o tento que carimbou a vitória da França nessa edição da prova. Os dois centrocampistas do Arsenal FC estiveram em campo na outra meia-final da UEFA Champions League, na terça-feira, diante do Manchester United FC, juntamente com outros jogadores que também exibiram o seu talento nas fases finais de Campeonatos da Europa de Sub-17: Theo Walcott, Wayne Rooney e Cristiano Ronaldo.
Jovens do Barça atentos
As jovens promessas desta nova colheita esperam seguir as pisadas desses nomes, agora bem estabelecidos como estrelas do futebol mundial, e estrearam-se esta quarta-feira na fase final do Campeonato da Europa de Sub-17. Depois de um empate sem golos a abrir, entre Espanha e Itália, quatro jogadores da selecção espanhola, pertencentes às escolas de formação do FC Barcelona, juntaram-se para ver o seu clube medir forças com o Chelsea FC na luta por um lugar na final da UEFA Champions League. "Vai ser um jogo complicado - as duas equipas vão dar tudo para estar na final", vaticinou o defesa-central Marc Muniesa. "Há 50 por cento de hipóteses para cada lado. O Barcelona joga fora e não conta com jogadores importantes, como Rafael Márquez e Thierry Henry, mas ainda assim tem uma excelente equipa e pode vencer".
Nervosismo
A Espanha controlou a maior parte do seu jogo de estreia no Campeonato da Europa de Sub-17, diante da "squadra azzurra", mas não conseguiu desferir o golpe final, como admitiu o lateral-direito Albert Dalmau: "Dominámos todo o encontro, mas não conseguimos marcar, e é preciso fazer golos para ganhar". Embora com maiores dificuldades para criar situações de perigo, algo de semelhante, pelo menos no que toca à posse de bola, estava a verificar-se na partida de Londres e, com o tempo a passar e o Barça a perder por 1-0, Adriá Blanchart - outro defesa - admitiu estar tão nervoso que nem conseguia olhar para a televisão.
Festejos e desilusão
Mas o remate certeiro de Iniesta, vencedor do Europeu de Sub-16 em 2001, já nos descontos, colocou o Barça na final. "Um golo fantástico", de acordo com Dalmau, e o quarto dos defesas dos quadros de formação da turma catalã a representar a selecção de Sub-17 da Espanha, Sergi Gómez, confirmou que todos festejaram "dançando e cantando após o final do encontro". Mas nem toda a gente estava feliz no hotel. O médio-defensivo da selecção suíça de Sub-17, Kofi Nimeley, com uma camisola do Chelsea FC vestida para assistir ao encontro, lamentou: "Estou muito desiludido. Sou adepto do Chelsea desde 2002, quando lá estava o Marcel Desailly. Para o ano há mais".