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Espanha bicampeã europeia

França 0-4 Espanha
Keko, Sergi, Thiago e Manu marcaram os tentos da Espanha na final diante dos franceses.

Espanha bicampeã europeia
Espanha bicampeã europeia ©UEFA.com

Exibição virtuosa
Keko foi a inspiração por detrás da vitória espanhola, realizando uma exibição que ultrapassou inclusive a de Bojan Krkić no ano anterior. Marcou, a passe de Thiago, à passagem da meia-hora e lançou Sergi para este fazer o segundo, pouco depois do recomeço do encontro. Thiago converteu um penalty e o suplente Manu fixou, de cabeça, após centro de Keko, o triunfo na partida, dando ao seleccionador Santisteban, técnico veterano, de 71 anos, o seu sexto título nesta categoria e, ao que tudo indica, o seu último.

Pressão inicial
Fazendo uso de fumos negros, em memória de Genaro Borrás, médico da selecção espanhola que faleceu ontem, a Espanha contrariou os habituais começos lentos nas partidas deste torneio. Logo no início, o centro de Carmona quase terminou dentro da baliza, enquanto Sergi, titular em detrimento de Rubén, moveu-se de forma rápida pela esquerda, mas viu os seus intentos travados por Anthony Mfa Mezui, herói francês do desempate através de grandes penalidades frente à anfitriã Turquia, três dias antes. Com Oriol ausente, devido a uma lesão no pulso, Santisteban voltou a chamar Gazta e preferiu apostar em Álvaro para o meio-campo, no lugar do capitão de equipa Canales, enquanto Sergi e Keko davam imenso trabalho à defensiva gaulesa, na qual Joël Adegoroye alinhava pela primeira vez, em substituição do castigado William Remy.

Golo de Keko
Aos 20 minutos, a França despertou e o centro de Clément Grenier apenas assustou Gaël Kakuta, mas a Espanha respondeu e, depois de mais uma boa jogada de Keko, a bola chegou a Sergi, que viu Mfa Mezui impedir o primeiro golo da partida. Keko, jogador do Club Atlético de Madrid também tirou do caminho dois defesas franceses, com uma finta humilhante, mas os restantes defesas franceses afastaram o perigo criado. De forma merecida, foi Keko quem inaugurou o marcador, aos 31 minutos, rematando junto ao poste esquerdo, depois de Thiago ter feito o esférico passar em frente da baliza.

Sergi aumenta vantagem
A França tinha recuperado de resultados desfavoráveis frente à República da Irlanda e Turquia, e colocou Loïc Nego no posto de lateral-direito, no lugar de Adegoroye, mas Keko continuava a fazer das suas, forçando Sébastien Fauré a afastar um espectacular chapéu, a dois minutos do intervalo. Pouco depois, Keko recuperou a bola no meio-campo, avançou no terreno e efectuou um passe perfeito a servir Sergi, que rematou de pé esquerdo, sem hipóteses para Mfa Mezui.

Penalty de Thiago
Thiago tinha eclipsado Keko antes desta final, mas mostrou-se à altura dos acontecimentos, apesar de Manu ter sido impedido de prosseguir por causa de um corte do suplente Willy Boly, também ele a fazer a sua estreia nesta fase final. Depois, Fauré rasteirou Sielva na grande área e Thiago converteu a respectiva grande penalidade.

Cabeceamento de Manu
Keko não esteve envolvido nesse golo, mas foi dele o passe para o quarto tento quando, sobre a direita, fugiu ao seu marcador directo e fez um centro perfeito para Manu, de cabeça, colocar a bola junto à barra. Mais tarde, Fauré fez um corte excelente, negando o golo a Keko, já depois de este ter contornado o guardião Mfa Mezui, mas a Espanha já tinha conseguido igualar o recorde do maior número de golos alcançado nesta categoria, quando a antiga União Soviética venceu a Grécia, no escalão Sub-16, no ano de 1985. Santisteban ajudou a criar algumas das estrelas das equipas espanholas destes últimos anos, mas raramente os seus jogadores protagonizaram uma exibição como esta na noite mais importante das suas jovens carreiras.