Dez estrelas para o futuro
segunda-feira, 19 maio 2008
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Os jogadores que ajudaram a Espanha a reconquistar o Campeonato da Europa de Sub-17 centraram as atenções em Maio, mas todas as selecções presentes na fase final apresentaram talentos promissores.
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Este artigo foi publicado inicialmente em Maio de 2008.
Por muito tentador que fosse escolher como melhores do Campeonato da Europa de Sub-17 todos os atletas da selecção da Espanha que, numa exibição plena de virtuosismo, bateu a França por 4-0 na final da prova, a verdade é que todas as oito selecções que marcaram presença na Turquia possuem nas respectivas equipas jovens estrelas que prometem brilhar em palcos ainda maiores. A equipa do uefa.com que acompanhou a prova em Antalya apresenta-lhe dez delas.
Jeroen Zoet (Holanda)
O seleccionador holandês Albert Stuivenberg teceu um elogio particular ao seu guarda-redes após as actuações na fase de grupos, em especial a realizada na complicada vitória por 1-0 sobre a Sérvia, que valeu a passagem às meias-finais. Jeroen Zoet nada pôde fazer, contudo, para travar o remate certeiro de Ángel Martínez que deu o apuramento da Espanha para a final. No entanto, o guardião do PSV Eindhoven provou o seu valor na competição, depois de ter sido suplente na fase final do ano anterior.
Philippe Koch (Suíça)
A Suíça teve muitas dificuldades nesta fase final, mas conseguiu uma vitória sobre a República da Irlanda por 1-0, graças a um autogolo. Foi após esse lance que a sua defesa mostrou valor. O guarda-redes René Borkovic e o defesa-lateral Fabio Daprelà estiveram muito bem, mas foi a jovem esperança Philippe Koch, do FC Zürich, quem mais deu nas vistas no centro da defesa, especialmente na excelente capacidade no jogo aéreo, que evitou os estragos dos irlandeses.
Pulido (Espanha)
Os atacantes da selecção espanhola foram os que mais deram que falar, mas a qualidade abundava em todos os sectores da equipa e o defesa Pulido, do Club Atlético de Madrid, ajudou a dar segurança no sector recuado quando os homens da frente se lançavam para o ataque. Não participou na fase de qualificação, mas esteve em campo durante todos os minutos dos jogos da fase final, tendo coroado o desempenho com golos cruciais frente à França, na fase de grupos, e diante da Holanda, nas meias-finais.
Abdülkadir Kayalı (Turquia)
O capitão da Turquia já se estreou no principal campeonato do seu país, com a camisola do MKE Ankaragücü, e trouxe maturidade ao meio-campo dos anfitriões. Abdülkadir, que esteve à experiência no Manchester City FC - era na altura demasiado jovem para assinar contrato -, correspondeu às expectativas e aumentou ainda mais a sua reputação com um excelente remate de longe no jogo das meias-finais frente à França, que parecia colocar a Turquia na final, até ao golo do empate dos gauleses, já perto do fim.
Conor Hourihane (República da Irlanda)
A Irlanda perdeu os três jogos, mas deu luta a todos os adversários e, caso Hourihane, médio do Sunderland AFC, tão importante na fase de qualificação, não tivesse falhado o primeiro jogo, frente à França, talvez os irlandeses tivessem evitado a derrota que surgiu perto do final do encontro. Jogador muito consistente, Hourihane trabalhou bastante no desaire pela margem mínima frente à Suíça e ainda deu vantagem à Irlanda no encontro com a Espanha.
John Fleck (Escócia)
A Escócia não marcou qualquer golo na fase final, mas o seu principal organizador de jogo mostrou por várias vezes a razão pela qual teve uma ascensão tão rápida no Rangers FC, clube pelo qual também actuou o seu tio, Robert. Capitão da Escócia, assim nomeado pelo seleccionador Ross Mathie, tinha uma enorme pressão sobre os ombros como principal estrela da selecção escocesa, mas esteve à altura mostrando capacidade de liderança frente a adversários muito complicados.
Keko (Espanha)
Keko foi ofuscado pelo brilho de Thiago, Sergi e Rubén nos jogos até à final, mas no encontro decisivo ante a França o extremo do Atlético de Madrid, de nome Sergio Gontán, esteve irrepreensível, mostrando imensa capacidade técnica ao marcar o primeiro golo e fabricar mais dois, rumo ao triunfo por 4-0.
Thiago (Espanha)
Se Keko foi a estrela da final, Thiago revelou-se, provavelmente, o jogador mais inspirado da Espanha ao longo do torneio. O médio do FC Barcelona apontou, de livre directo, o primeiro e terceiro golos que valeram o empate a três com a França na fase de grupos e voltou a marcar contra o mesmo adversário no jogo da final, desta feita de grande penalidade. Protagonizou ainda diversas arrancadas e passes que lhe valeram já comparações com Lionel Messi - e Thiago tem, de facto, uma ligação à América do Sul, visto que é filho de Mazinho, campeão mundial pela selecção brasileira em 1994.
Danijel Aleksić (Sérvia)
Juntamente com o holandês Geoffrey Castillion, Danijel Aleksić foi o melhor marcador da competição, com nove golos, contabilizando todos os tentos desde a fase de qualificação, cinco deles na Ronda de Elite e dois no triunfo por 2-0 sobre a Escócia, o primeiro através de um espectacular pontapé de bicicleta perto do intervalo. A Sérvia acabou por falhar a passagem às meias-finais e Aleksić não conseguiu marcar mais nenhum golo na fase final, mas o avançado sérvio já festejou tentos no principal campeonato do seu país ao serviço do FK Vojvodina, clube pelo qual se estreou cinco dias após celebrar o 16º aniversário.
Yannis Tafer (França)
Até ao jogo da final, a França realizara uma série de excelentes exibições graças ao poderio da sua frente de ataque, composta Gaël Kakuta, Clément Grenier, pelo suplente Alexandre Lacazette e por Yannis Tafer que, com quatro golos, foi o melhor marcador da fase final da prova. Formado no Olympique Lyonnais, na linha de Karim Benzema, o posicionamento e a finalização de Tafer durante os encontros da fase de grupos foram dignos de um jogador de topo.
Escolha elaborada por Yakir Mizrahi e Paul Saffer