Kevin Trapp fala da Supertaça Europeia com o Real Madrid, da Champions League e da sua nova empresa
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
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"Estamos prontos para jogar no maior palco europeu," diz ao UEFA.com o guarda-redes do Eintracht Frankfurt, Kevin Trapp, com a Supertaça Europeia com o Real Madrid a anteceder a primeira campanha da sua equipa na UEFA Champions League.
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Quando trocou o Eintracht Frankfurt pelo Paris Saint-Germain em 2015, o guarda-redes alemão Kevin Trapp podia ter pensado que a sua carreira estava a atingir o auge. Trapp conquistou dois título da Ligue 1 com uma equipa que competia regularmente na UEFA Champions League, mas esses triunfos foram superados na época passada – e também ao serviço do seu antigo clube.
Tendo voltado ao Frankfurt (inicialmente por empréstimo) em 2018, o jogador de 32 anos virou estrela quando o clube da Bundesliga derrotou o Rangers nos penáltis e ganhou a UEFA Europa League. O primeiro título continental da carreira de Trapp permitiu também ao Frankfurt ter o direito de jogar esta época na UEFA Champions League e defrontar o Real Madrid na disputa da Supertaça Europeia, em Helsínquia. O improvável empresário do leite de aveia falou ao UEFA.com sobre a próxima temporada.
Está entusiasmado com a perspectiva de defrontar o Real Madrid?
Sinto apenas contentamento por ter a oportunidade de jogar contra uma equipa destas. Não há nada melhor do que ser capaz de ganhar este troféu no início da época contra uma equipa de renome. E quando se começa a competir com uma equipa que venceu a 14 vezes a Champions League, isso é o mais alto que uma pessoa pode chegar.
No início da carreira pensou que poderia chegar onde está hoje?
Quando fui para o Kaiserslautern, tudo estava muito distante. Claro, tinha ideias na minha cabeça sobre o nível a que queria chegar e onde queria jogar, mas como disse estava muito longe de poder imaginar que no futuro chegaria tão longe.
De que modo é que o tempo no Paris o mudou?
Passei de um clube do meio da tabela que nunca tinha verdadeiramente lutado pelo título para um que queria ganhar a Champions League. Tinha muita confiança, caso contrário não o teria feito, mas em retrospectiva, com a experiência que tenho hoje, penso que no início faltava um ou dois aspectos da minha personalidade para me sentir tão à vontade quanto na parte final.
Levei tudo o que aprendi no estrangeiro para o Frankfurt, uma nova língua, como me integrar com novos jogadores, e agora consigo saber melhor o que passamos quando mudamos de país.
Satisfeito por voltar a jogar na Champions League?
Muito! Especialmente porque é ainda mais especial porque é a primeira vez na história que o clube joga na Champions League. É alegria pura!
Não estamos deslumbrados com o facto e a pensar 'Uau, estamos na Champions League’; vai ser difícil. Estamos prontos para jogar no maior palco europeu a nível de clubes e testar-nos contra as outras equipas.
Última pergunta: Porque é que entrou na área do leite de aveia?
Tudo começou durante a pandemia [de COVID-19]. Dois dos meus sócios já estavam ligados à gastronomia e tinham muita experiência no ramo, e o quarto sócio já trabalhava na distribuição de bebidas. Foi assim que tudo aconteceu.
Para mim, nunca foi um caso de dizer de repente “OK, agora quero trabalhar na área do leite de aveia”, mas sim sobre que está por detrás disso. Como se começa um negócio? O que é preciso? Como crescemos com isso? Mas, claro, queríamos também ter um bom produto que pudéssemos colocar no mercado e ainda não existisse desta forma.