Entrevista: Carlo Ancelotti fala da época notável do Real Madrid e sobre o jogo com o Frankfurt na Supertaça Europeia

Após levar o Real Madrid à glória na UEFA Champions League em 2014, durante a sua primeira passagem pelos "merengues", Carlo Ancelotti regressou à equipa espanhola em 2021 e de pronto conquistou campeonato, Supertaça de Espanha e UEFA Champions League. Com Karim Benzema em grande forma, conseguiram reviravoltas frente a Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City e depois bateram o Liverpool na final.

Único treinador tetracampeão da UEFA Champions League, Ancelotti disputou três vezes a Supertaça Europeia e ganhou sempre. Agora, ambiciona o quarto título no espaço de poucos meses quando enfrentar o Frankfurt, detentor da UEFA Europa League e que bateu na final da principal competição europeia em 1960.

O treinador do Real Madrid fala sobre esse duelo e recorda o carrossel de emoções da época passada.

Sobre a importância de ganhar a Supertaça

O Eintracht tem a pequena vantagem de começar a temporada mais cedo, mas vamos jogar para ganhar. Olhamos para o futuro e não para o passado. Os triunfos de 2021/22 reforçam aquilo em que acreditamos, mas temos de nos concentrar nos próximos jogos. Esta época há seis títulos em jogo e queremos lutar por todos.

Sobre o que esperar do Frankfurt

Na época passada o Eintracht conseguiu algo especial porque não estava entre os favoritos. Fez grandes jogos, entre eles a vitória em casa do Barcelona, praticando um futebol de contra-ataque, com grande atenção na defesa e transições a alta velocidade.

Sobre a motivação dos jogadores

Estamos prontos. A equipa já está em grande forma. A alegria e satisfação que se obtém após sucessos de peso, como é o caso da Champions League, fazem-nos sentir que não queremos deixar de estar no topo. E isso é uma motivação muito forte para continuar a vencer.

Sobre as recuperações na Champions League e a diferença entre os títulos de 2014 e 2022

São ocasiões difíceis de esquecer, e para além disso houve uma ligação muito especial, quase mágica, entre a equipa, os adeptos e o estádio. Pelo facto de as reviravoltas terem acontecido em casa, parecia que o estádio tinha vida própria e nos empurrou rumo ao sucesso. Sobre a diferença entre os dois títulos, em 2014 tínhamos óptimas hipóteses porque estávamos num grande momento de forma, enquanto em 2022 não nos consideravam sequer candidatos à vitória final.