O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Época em revista: Como o Real Madrid chegou à SuperTaça Europeia

O UEFA.com recorda a época brilhante do Real Madrid, plena de recordes, na qual nem a defesa menos batida da Europa conseguiu travar a máquina goleadora "merengue".

Sergio Ramos, Gareth Bale e Luka Modrić tiram uma selfie após a final da UEFA Champions League
Sergio Ramos, Gareth Bale e Luka Modrić tiram uma selfie após a final da UEFA Champions League ©Getty Images

A campanha do Real Madrid para se tornar no primeiro clube a revalidar o título da UEFA Champions League começou, pode dizer-se, de forma característica para os "merengues". A perder por 1-0 em casa com o Sporting no arranque do Grupo F, a turma de Zinédine Zidane parecia em dificuldades, com o relógio a marcar 89 minutos de jogo. Contudo, como tantas vezes acontece com o Real Madrid, equipa e jogadores despertaram quando mais era preciso. Cristiano Ronaldo restabeleceu a igualdade com um livre indefensável e, já nos descontos, Álvaro Morata confirmou a reviravolta no marcador, fazendo jus ao lema "O Real Madrid nunca desiste".

Este artigo faz parte do programa oficial da SuperTaça Europeia de 2017. Descarregue a sua cópia aqui (em inglês).

Jogo memorável
Para mais tarde recordar

O programa da SuperTaça Europeia
O programa da SuperTaça Europeia©UEFA.com

Talvez não tenha sido dos jogos com mais qualidade, mas o empate a três golos no terreno do Legia Varsóvia, na quarta jornada da fase de grupos, teve de tudo. Grandes golos, recuperações, erros defensivos e um final emocionante, com Mateo Kovačić a fazer o resultado final bem perto do fim, tendo ainda havido tempo para Lucas Vázquez acertar na trave no último lance do encontro. Um jogo à antiga, no qual as tácticas pouco importaram.

O segredo do sucesso
Toque mágico de Zidane

Muitos questionaram se Zidane seria capaz de repetir o incrível sucesso obtido nos primeiros seis meses ao leme do Real Madrid, mas o facto é que o técnico francês superou todas as expectativas, oferecendo aos madrilenos a sua primeira "dobradinha" Liga espanhola/Taça dos Clubes Campeões Europeus em 59 anos. Ter uma equipa repleta de estrelas ajudou, mas o facto é que Zidane merece muitos dos louros deste sucesso, devido a uma política de rotatividade que manteve os jogadores felizes e focados. Além disso, a mudança do 4-3-3 para o 4-4-2 losango, na sequência da lesão de Gareth Bale, revelou-se um golpe de génio, permitindo a Ronaldo jogar numa posição mais central, onde pôde fazer mais golos.

Melhor golo
El Golazo

O grande golo de Casemiro frente ao Nápoles

"É algo em que tenho vindo a trabalhar", explicou Casemiro depois do extraordinário golo que marcou no Bernabéu ante o Nápoles, nos oitavos-de-final. "Treinamos o remate todos os dias e eu tenho melhorado bastante nesse capítulo, o que me permite surgir mais vezes perto da área adversária e arriscar". O Real Madrid tinha já recuperado de um golo madrugador de Lorenzo Insigne e virado o resultado para 2-1 quando, aos 54 minutos, o napolitano Raúl Albiol cortou para a entrada da sua grande área. A bola sobrou para Casemiro, que de primeira desferiu um potentíssimo remate, a 30 metros do alvo, fazendo a bola entrar no canto superior e oferecendo aos anfitriões um resultado mais tranquilo.

Melhor ambiente
Dias de derby

O ambiente mais electrizante da campanha viveu-se na segunda mão das meias-finais. Um derby local, com o Vicente Calderón cheio para receber o seu derradeiro jogo europeu. E quando o Atlético se viu a ganhar por 2-0 ao fim de apenas 16 minutos, reduzindo para 2-3 a desvantagem na soma das duas mãos, o recinto quase vinha abaixo. Algo só comparável à euforia vivida no Bernabéu quando Marco Asensio fez o 4-2 na vitória sobre o Bayern Munique, já no prolongamento do embate dos quartos-de-final.

Estrela
Quem mais?

Ronaldo: Glória em Cardiff encerra ano fantástico

Depois de uma fase de grupos discreta, pelo menos segundo os seus parâmetros, Ronaldo ganhou nova vida na fase a eliminar. "Hat-tricks" consecutivos permitiram-lhe ultrapassar os 100 golos na UEFA Champions League, 54 dos quais apontados na fase a eliminar, e liderar a caminhada do Real Madrid até Cardiff. "Não há palavras que façam justiça a Cristiano Ronaldo", afirmou Zidane antes da final com a Juventus. "Ele mostra o seu valor sempre que entra em campo. Os seus números são incríveis. Com ele, tudo é possível". Ronaldo fez jus a essas palavras do seu treinador com um bis na final.

Herói discreto
Luka Modrić

Havia vários candidatos, mas Luka Modrić é o eleito. "É ele que faz a equipa jogar. Quando está inspirado, a equipa joga muito melhor". É assim que o lendário Raúl González descreve Modrić. E está certo. O médio croata de 31 anos faz a ligação entre defesa e ataque como ninguém, mostrando extraordinária visão de jogo e capacidade de passe. Merecem menção honrosa Casemiro, Marcelo e Dani Carvajal.

Fome de golos
"O Real Madrid marca sempre, mas também sofre"

Ronaldo, Beckham, Figo: Golaços em duelos Real Madrid - Manchester United

Quem o disse foi Carlo Ancelotti, treinador do Bayern, na antevisão dos quartos-de-final. De facto, na última edição da Champions League, os "merengues" só não sofreram golos num jogo, mas o mais importante foi que marcaram em todos. Efectivamente, terminaram a temporada com um recorde de 65 jogos consecutivos a marcar, registo que data das meias-finais da UEFA Champions League 2015/16, frente ao Manchester City.

Jogador a seguir
Marco Asensio

Não é preciso pensar muito: Asensio. O médio deu-se a conhecer com um fantástico golo na sua estreia pelo Real Madrid, na SuperTaça Europeia de 2016, e não mais parou. Marcou também na sua estreia na UEFA Champions League, selou a eliminação do Bayern nos quartos-de-final e marcou o último golo da final, pouco depois de entrar em campo. Não faltará muito para se afirmar como titular indiscutível na equipa de Zidane.