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Surpresa no Mónaco

FC Barcelona 0-3 Sevilla FC
Os golos de Renato, Kanouté e Maresca contrariaram o favoritismo do Barça e lançaram a festa nas hostes andaluzas.

O Sevilla FC conquistou a sua primeira SuperTaça Europeia, depois de ter batido esta sexta-feira o FC Barcelona, por 3-0, num encontro que teve lugar no Stade Louis II, no Mónaco. Num embate em que Deco foi titular, Renato, Kanouté e Maresca foram os responsáveis pela surpresa no jogo que abre a temporada europeia a nível de clubes.

Deco titular
O Barcelona, campeão europeu em título, não fez alinhar de início qualquer um dos reforços para a temporada 2006/07, com Frank Rijkaard a apostar na mesma equipa que tantas alegrias lhe deu na época transacta. Com Deco a orquestrar as operações a meio-campo, o luxuoso trio de ataque foi formado por Messi, Eto'o e Ronaldinho. Do lado do Sevilha, o técnico Juande Ramos não prescindiu do seu contingente brasileiro, onde o destaque vai inteirinho para Daniel Alves e Luis Fabiano, este último antigo avançado do FC Porto.

Renato factura
E foi mesmo Luis Fabiano quem efectuou o primeiro remate da partida, apesar de rasteiro e à figura, quando ainda não estava decorrido um minuto. O Barcelona pareceu entrar em campo algo desconcentrado e permitiu novo lance de perigo ao adversário apenas três minutos volvidos, mas o cabeceamento em zona proibida de Escudé foi detido por Valdés. O conjunto andaluz continuou a desfrutar de espaços no meio-campo contrário e não perdoou à terceira. O golo, todo ele brasileiro, começou em Renato, que isolou Luis Fabiano com um passe fantástico. O avançado ainda permitiu a defesa incompleta de Valdés, mas a bola acabou por sobrar para Renato, que não teve dificuldades em empurrar para o 1-0.

Falta de inspiração
Esperava-se uma reacção imediata do Barcelona ao golo sofrido, mas a verdade é que os catalães revelaram-se presos de movimentos e de ideias, com Ronaldinho longe de ser o jogador inebriante e decisivo que inspirou o conjunto "blaugrana" na última temporada. Sempre mais rápidos sobre a bola e super-motivados, os jogadores do Sevilha conseguiram estancar o habitual carrossel do seu adversário, esta noite uma autêntica sombra do seu real valor. A atestar isso mesmo está o facto de os campeões espanhóis não terem efectuado um único remate verdadeiramente perigoso à baliza à guarda de Palop durante os primeiros 45 minutos.

Kanoute duplica vantagem
A missão do Barcelona ficou ainda mais complicada mesmo em cima do intervalo, quando o Sevilha fez o 2-0. Renato cobrou um canto na direita e Valdés conseguiu socar a bola para longe, mas Jesús Navas voltou a cabecear para o interior da área do Barça, onde apareceu o "gigante" Kanouté a cabecear de costas para a baliza. A defesa catalã revelou mais uma vez carências no jogo aéreo e o esférico só parou no fundo das redes, ao mesmo tempo que lançava as bases para uma segunda parte potencialmente explosiva.

Tudo ou nada
Confrontado com o facto de a sua equipa continuar a apresentar as mesmas lacunas no arranque da etapa complementar, Rijkaard não hesitou e procedeu a duas alterações de uma assentada aos 56 minutos, com Gudjohnsen e Iniesta a serem lançados na partida. O Barça passou praticamente a actuar num 4-2-4, numa tentativa desesperada de chegar rapidamente ao golo que lhe permitisse voltar a entrar na disputa do troféu. Contudo, foi o Sevilha que desperdiçou uma soberana oportunidade para "matar" o jogo, aos 67 minutos. Kanouté ganhou mais uma vez a bola nas alturas e assistiu na perfeição Renato, que se antecipou a Valdés e cabeceou para a baliza deserta, valendo ao Barça o facto de a bola ter saído a rasar o poste.

Maresca sela surpresa
Na resposta, Iniesta viu um seu disparo passar a milímetros do poste, antes de Palop se esticar e conseguir tirar a bola dos pés de Messi, estavam decorridos 71 minutos. Com o jogo completamente "partido", Valdés manteve o Barcelona na discussão do resultado com uma excelente defesa aos 75 minutos, em resposta a um remate de Adriano. E quando, aos 87 minutos, Gudjohnsen atirou às malhas laterais quando tinha tudo para fazer golo, estava escrito que seria o Sevilha a fazer a festa. Os festejos atingiram o seu ponto máximo a um minuto dos 90, quando Maresca fez o 3-0 final na conversão de uma grande penalidade, a castigar uma falta sobre ele próprio cometida por Puyol.