Jornada 5 da UEFA Nations League: o que esperar

A Hungria procura aproveitar um conjunto positivo de resultados, enquanto Porugal tenta garantir já o apuramento e a Bélgica está ansiosa por interromper a série negativa frente à Itália.

O UEFA.com analisa os principais destaques da penúltima ronda de jogos.

Jogos da Jornada 5 da Liga A

Quinta-feira, 14 de Novembro
A2 Bélgica - Itália
A2 França - Israel

Sexta-feira, 15 de Novembro
A1 Portugal - Polónia
A1 Escócia - Croácia
A4 Dinamarca - Espanha
A4 Suíça - Sérvia

Sábado, 16 de Novembro
A3 Alemanha - Bósnia e Herzegovina
A3 Países Baixos - Hungria
Início às 19h45 (Portugal Continental)

Bélgica tenta quebrar ciclo negativo

A Itália lidera o Grupo A2 invicta, com a Bélgica, adversária da Jornada 5, a precisar de derrotar os Azzurri num jogo oficial pela primeira vez desde Maio de 1972 se quiser ter alguma hipótese de chegar aos quartos-de-final. A mais recente das seis tentativas dos Diabos Vermelhos (E2 D4) foi um emocionante empate a dois golos em Roma, onde recuperaram uma desvantagem de 2-0 após a expulsão de Lorenzo Pellegrini: um feito assinalável segundo Domenico Tedesco, o selecionador da Bélgica nascido em Itália. "Sou italiano e sei que, por vezes, pode ser ainda mais difícil quando as equipas italianas estão reduzidas a dez", disse. "São mestres em defender".

Após esse empate, a equipa de Tedesco perdeu por 2-1 com a França, enquanto a Itália derrotou Israel por 4-1, jogo em que o técnico Luciano Spalletti estreou Daniel Maldini, de 23 anos. "Estou feliz por os meus pais terem estado aqui para assistir", disse o avançado, que imitou o pai Paolo e o avô Cesare como internacionais pelos Azzurri. Quando Paolo, ícone do AC Milan, somou a primeira das suas 126 internacionalizações, já Bélgica estava há 16 anos sem bater a Itália. Esta sequência vai agora em 52 anos. Conseguirá a Bélgica finalmente colocar-lhe um ponto final, e logo em Bruxelas?

Portugal quer fazer a festa e Polónia tenta arruiná-la

Portugal só precisa de um ponto para garantir a passagem aos quartos-de-final e o seu próximo compromisso é a recepção à Polónia, no Estádio do Dragão. Um empate sem golos em Glasgow, na Jornada 4, impediu a festa madrugadora, com o seleccionador Roberto Martínez a concluir que à sua equipa "faltou acerto no último passe final e eficácia na hora de rematar". O adversário da Jornada 5 não vence a equipa das "quinas" desde 2006, embora tenha somado empates em três dos últimos seis duelos.

Com a esperança de chegar aos quartos-de-final, a primeira vitória sobre Portugal em 18 anos chegaria no momento perfeito para a Polónia, que perdeu por 3-1 no encontro anterior frene à equipa de Martínez. "Não podemos sofrer golos tão facilmente", afirmou Michał Probierz, o seleccionador polaco, após esse jogo. Solidez defensiva foi coisa que também não existiu na Jornada 4, em que se registou um empate a três golos com a Croácia. No entanto, a equipa compensou com resiliência e dinamismo ofensivo, recuperando de uma desvantagem de 3-1. Estas características serão vitais para tentar estragar a festa no Porto.

Hungria visita Amesterdão com esperança

Dominik Szoboszlai bisou na Jornada 4 e deu à Hungria uma vitória por 2-0 sobre a Bósnia e Herzegovina, a primeira do país na Nations League desde Setembro de 2022, deixando a equipa em igualdade pontual com os Países Baixos, segundo classificado e o seu próximo adversário no Grupo A3. Um lugar nos quartos-de-final é uma hipótese em aberto para a equipa de Marco Rossi, mas vencer em Amesterdão implicará encontrar o equilíbrio certo. "É garantido que queremos os três pontos e temos condições para os alcançar", disse o técnico italiano. "Mas pode acabar por acontecer o mesmo que contra a Alemanha [Hungria perdeu por 5-0 na Jornada 1]. Temos de ser pacientes e, se tivermos sorte, poderemos celebrar a conquista da vitória".

A Hungria tinha perdido os nove jogos anteriores frente aos Países Baixos (com 38 golos sofridos) antes do empate a um golo com a seleção "laranja" na Puskás Aréna, na Jornada 3, e só não ganhou porque Denzel Dumfries apareceu a salvar os visitantes nos últimos minutos. "A Hungria esteve bem", disse o seleccionador neerlandês Ronald Koeman após o jogo. "Tivemos dificuldades para criar espaço e encontrar jogadores entrelinhas". Se a Hungria conseguir fechar esses espaços novamente, poderá estar no bom caminho para o seu objectivo. Como disse Rossi: "Não somos uma equipa de topo, mas já vencemos estas grandes equipas mais do que uma vez".

Outros destaques

• A Inglaterra sofreu uma surpreendente derrota frente à Grécia (2-1), em Wembley, na Jornada 3, mas pode corrigir esse desaire já de seguida, quando visitar Atenas. A selecção dos Três Leões venceu os últimos quatro jogos na Grécia e espera manter a tendência frente à única equipa que ainda não perdeu pontos na Liga B.
• A Dinamarca não vence a Espanha desde Março de 1993, série que tentará terminar num duelo que coloca frente-a-frente o segundo e o primeiro do Grupo A4. "Merecíamos um ponto", disse o defesa dinamarquês Victor Nelsson após a formação nórdica ter perdido por 1-0 em Múrcia, na Jornada 3.
• Suécia e Eslováquia estão invictas e partilham a liderança do Grupo C1, com dez pontos cada, antes de medirem forças em Solna, na Suécia. Na primeira volta, registou um empate a dois golos em Bratislava, na Jornada 3, com a Eslováquia a recuperar de uma desvantagem de 2-0. "Depois do primeiro encontro, sabemos o que esperar", disse o defesa Ľubomír Šatka. Pelo que se passou nesse jogo, deve estar a referir-se a emoção.