Preparados para fazer história

O treinador do Benfica, André Lima, quer “fazer história” e destacou, mais uma vez, que a comparência em massa dos adeptos do clube anfitrião pode fazer a diferença, quando os “encarnados” iniciarem, esta sexta-feira, a participação na Taça UEFA de Futsal frente aos italianos do Luparense C/5 nas meias-finais. Para o homólogo Tomás "Sito" Rivera, "defrontar a equipa da casa [no primeiro jogo] não é o ideal".

“Queremos fazer história”, afirmou Lima, de 38 anos, que fez parte da formação do Benfica que chegou à final da prova em 2004 como jogador. “Os adeptos estão com a equipa e os adversários vão ver um público como nunca viram. Se as quatro equipas se candidataram é porque é importante jogar em casa. É pena não poder ser no Estádio da Luz, mas é muito bom jogar na nossa cidade, embora não seja decisivo”.

O Benfica estreou-se no futsal português em 2001 e, depois de ter ficado no segundo lugar nessa época, tornou-se na primeira equipa portuguesa a conseguir a “dobradinha” (conquista do campeonato e da Taça) em 2002/03, situação que lhe permitiu debutar nas provas da UEFA. “A final de 2004 foi muito importante para nós. O clube tinha aparecido há pouco tempo no cenário internacional. Desde aí, melhorámos muito em todos os aspectos. Toda a estrutura está muito mais forte agora e o clube deu-nos possibilidade de ganhar tudo. Estamos mais preparados agora do que em 2004. Estar aqui é muito importante para a realidade do nosso futsal, se comparado com o campeonato italiano ou espanhol”.

Sobre o encontro diante do campeão de Itália, o antigo internacional lusitano, autor de 111 golos em outros tantos jogos pela selecção de Portugal, afirmou: “Respeitamos o colectivo do adversário, mas sabemos que as individualidades podem decidir jogos.

Na outra meia-final o Araz Naxçivan mede forças diante do campeão europeu Interviú Madrid e Lima falou sobre a preferência pelo Luparense. "O Araz é a equipa menos favorita das quatro, logo a pressão de ganhar seria muito maior para nós. Já com o Interviú a questão é de ordem psicológica, pois nunca levámos a melhor em jogos a eliminar. Daí a minha preferência pessoal pelo Luparense.” Relativamente ao ponto forte dos transalpinos, disse: "Destaco o espírito de grupo. Juntamente com o Interviú somos a equipa que está junta há mais tempo. A nossa força advém disso mesmo: do espírito e do desejo de vencer”.

Do lado do Luparense, que, tal como os "encarnados", estão presentes pela primeira vez nas meias-finais desde que a competição é disputada a quatro, formato introduzido em 2007, o treinador Sito Rivera salientou que o facto de o Benfica jogar perante o seu público é importante, mas não decisivo: "A nossa ambição é fazer o melhor possível. Todas as equipas queriam organizar a prova, pelo que será importante jogar em casa, mas não decisivo".

Sito Rivera não deixou também de elogiar a formação anfitriã: "Defrontar a equipa da casa [no primeiro jogo] não é o ideal, mas todas as equipas que aqui estão são fortes. Destaco o Joel Queiroz, pois já o conhecia do campeonato espanhol. O Interviú é a equipa contra a qual ninguém queria jogar.” Relativamente ao ponto forte do seu conjunto, destacou ”o ritmo dos nossos jogadores e o talento individual”.