O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Custódio apura Braga para a final

Braga 1-0 Benfica (total: 2-2, Braga apurado por golos fora)
Um golo de cabeça de Custódio, aos 19 minutos, garantiu o confronto do Braga com o Porto na final de Dublin.

Custódio apura Braga para a final
Custódio apura Braga para a final ©UEFA.com

O Sporting de Braga vai defrontar o FC Porto na final da UEFA Europa League, a 18 de Maio, em Dublin, com um cabeceamento de Custódio logo aos 19 minutos a valer uma vitória por 1-0 na recepção ao Benfica e o consequente apuramento devido à regra dos golos marcados fora.

O triunfo por 2-1 no jogo da primeira mão das meias-finais tinha deixado o Benfica em vantagem no primeiro embate 100 por cento português numa competição europeia, mas o Braga operou muito cedo a reviravolta na eliminatória e depois soube aguentar a preciosa vantagem. Custódio vestiu a pele de herói, ao cabecear para o fundo das redes um canto apontado por Hugo Viana.

O arranque da partida mostrou duas equipas dispostas a deixarem tudo em campo para atingirem o seu objectivo, com o meio-campo a ser o palco privilegiado da acção. Corria o minuto 11 quando o Braga conseguiu superiorizar-se nessa zona nevrálgica, com Albert Meyong a libertar Miguel Garcia no lado direito do ataque "arsenalista" e este a cruzar de pronto para Lima, que rematou ao lado. A resposta do Benfica surgiu quatro minutos volvidos e obrigou Artur a uma defesa exigente para canto, na sequência de um livre de Carlos Martins.

E o primeiro golo da partida acabou mesmo por surgir de bola parada aos 19 minutos, mas no lado oposto do terreno. Hugo Viana cobrou um canto no lado esquerdo e proporcionou o cabeceamento certeiro de Custódio, que apareceu solto de marcação no coração da área "encarnada". Os papéis na eliminatória invertiam-se e era agora o Benfica a precisar de aumentar o ritmo em busca do tento do empate. Os visitantes tentaram reagir de imediato, mas foi o Braga a criar novamente perigo à passagem da meia-hora de jogo. Hugo Viana marcou mais um livre e desta vez optou por cruzar atrasado para o remate à entrada da área de Sílvio, cujo disparo não saiu muito longe da baliza à guarda de Roberto.

O Benfica denotava dificuldades no seu jogo ofensivo, mas só não restabeleceu a igualdade na sua primeira oportunidade de golo por clara infelicidade. Óscar Cardozo iludiu a armadilha do fora-de-jogo aos 42 minutos e assistiu de imediato Javier Saviola, com o avançado argentino a rematar longe do alcance de Artur, mas a ver a bola embater no poste. As "águias" cresciam no encontro, pelo que o intervalo pareceu chegar na altura certa para a equipa da casa.

O Benfica regressou dos balneários apostado em manter a mesma dinâmica e a verdade é que o jogo passou a ser disputado com maior assiduidade no meio-campo dos anfitriões, cada vez mais remetidos ao contra-ataque. Apesar de dominar territorialmente, o Benfica não conseguia traduzir isso em lances de perigo, pelo que Jorge Jesus tratou de mexer na sua equipa aos 58 minutos e lançar Franco Jara para o lugar de César Peixoto. E a verdade é que a troca quase rendeu frutos de imediato, com o remate em jeito do argentino a levar a bola a sair a escassos centímetros do poste.

O Braga pressentiu o perigo e cerrou fileiras na defesa da vantagem, com o Benfica a ter de esperar até aos 72 minutos para voltar a dispor de um lance de golo, com Artur a salvar a sua equipa com uma saída dos postes que impediu Coentrão de atirar a contar. Nicolás Gaitán também viu o guardião brasileiro negar-lhe o 1-1 aos 79 minutos, sendo que no canto que se seguiu foi Saviola a nâo conseguir empurrar para golo à boca da baliza, após um desvio de cabeça de Luisão.

Num final de encontro emocionante, o Braga respondeu aos 84 e 85 minutos, com Hugo Viana a começar por disparar forte para uma excelente defesa de Roberto para canto, tendo o espanhol voltado a brilhar logo de seguida, desta feita na sequência de um remate de Custódio. O ritmo alucinante de oportunidades conheceu novo capítulo a dois minutos dos 90, quando Paulão fez um corte providencial na altura em que a bola se encaminhava para a baliza do Braga após ter sido cabeceada pelo recém-entrado Alan Kardec. Esse acabou mesmo por ser o canto de cisne do Benfica, com o Braga a fazer a festa e a apurar-se para a sua primeira final europeia.