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Desempenho de Braga e Marítimo na qualificação

Analisamos o desempenho de Braga e Marítimo na tentativa de atingirem a fase de grupos da UEFA Europa League, objectivo alcançado pelos minhotos, mas não pelos madeirenses.

Abel Ferreira e o Braga cumpriram, garantindo um lugar na fase de grupos
Abel Ferreira e o Braga cumpriram, garantindo um lugar na fase de grupos ©AFP/Getty Images

Com o Vitória SC directamente apurado para a fase de grupos da UEFA Europa League 2017/18, cabia a SC Braga e CS Marítimo lutarem na terceira pré-eliminatória e "play-off" pelo direito de se juntarem aos vimaranenses. E, apesar de apenas um deles o ter conseguido, pode dizer-se que ambos cumpriram aquilo que se lhes exigia.

Finalista vencido da prova em 2010/11 e presença regular em fases de grupos de provas da UEFA, para o Braga o apuramento era um imperativo. Cabeça-de-série quer na terceira pré-eliminatória, quer no "play-off", a turma minhota cumpriu a missão, apesar de dificuldades inesperadas, por um lado fruto das muitas mexidas ocorridas no plantel e, por outro, em virtude de ter defrontado equipas de  Ligas nacionais em fases bem mais avançadas.

Nikola Stoiljković marcou um dos golos do Braga rumo à fase de grupos
Nikola Stoiljković marcou um dos golos do Braga rumo à fase de grupos©AFP/Getty Images

Os pupilos de Abel Ferreira começaram por enfrentar, na terceira pré-eliminatória, o AIK, da Suécia e entraram bem na primeira mão, fora de portas, marcando cedo, por intermédio de um dos reforços, o defesa-central Raúl Silva, que já na época anterior mostrou acentuada veia goleadora pelo Marítimo. Contudo, o AIK empatou pouco depois e, na segunda mão, no Minho, a turma sueca foi mesmo a primeira a marcar, colocando-se na frente da eliminatória. O nervosismo foi crescendo entre os bracarenses até que, ao minuto 74, Rui Fonte – prestes a ser transferido para o Fulham – restabeleceu o empate, levando a decisão para um prolongamento onde, quando se adivinham os penalties, Raúl Siva voltou a marcar, garantindo a passagem ao "play-off".

Nesse "play-off", o Braga enfrentou os islandeses do FH Hafnarfjörður e voltou a sentir dificuldades. Na primeira mão, fora, esteve a perder, deu a volta ao marcador com golos de mais um reforço, Paulinho, e de Nikola Stojiljković, mas voltou a ver na segunda mão, em casa, o adversário dar a volta ao marcador e igualar a eliminatória. Desta feita não foi necessário prolongamento, com dois golos perto do fim a valerem a vitória e a tão desejada passagem à fase de grupos. De positivo há a destacar, para além do apuramento, a prestação dos reforços Raúl Silva e Paulinho –com dois e três golos marcados nesta qualificação, respectivamente – e do jovem Bruno Xabas, em grande forma após ter dado que falar no Campeonato do Mundo de Sub-20 da FIFA, no início do Verão. Cumprido o objectivo da presença na fase de grupos, a terceira consecutiva, o Braga vai agora estar no Pote 1 de cabeças-de-série, o que lhe abre boas perspectivas para ir ainda mais além na prova.

Apesar de não ter conseguido chegar à fase de grupos, o Marítimo preservou a sua invejável série de invencibilidade caseira na Europa
Apesar de não ter conseguido chegar à fase de grupos, o Marítimo preservou a sua invejável série de invencibilidade caseira na Europa©Getty Images

Já o Marítimo teve estatuto de cabeça-de-série na terceira pré-eliminatória e pela frente encontrou a formação búlgara do Botev Plovdiv. Um nulo na casa do adversário, numa primeira mão com várias ocasiões de golo, abriu boas perspectivas para a segunda mão, na Madeira, onde os pupilos de Daniel Ramos cumpriram, vencendo por 2-0. Uma grande penalidade convertida por Rodrigo Pinho abriu caminho a um apuramento selado no arranque do segundo tempo com um golo de Ricardo Valente.

No "play-off", contudo, já sem o estatuto de cabeça-de-série, o Marítimo viu calhar-lhe em sorte o poderoso FC Dynamo Kyiv. Na primeira mão, na Madeira, num jogo bem disputado, o resultado foi um nulo, com o guarda-redes da casa, Charles, a brilhar. O Marítimo conseguiu, assim, o feito de somar o sétimo jogo seguido sem perder em casa nas provas europeias. Porém, em Kiev, na segunda mão, o Dínamo provou ter mais argumentos e, apesar de nova grande actuação de Charles, os anfitriões venceram por 3-1. Pode, ainda assim, dizer-se que o Marítimo deixou a prova de cabeça erguida, cumprindo a obrigação de ultrapassar a terceira pré-eliminatória e criando, depois, dificuldades a uma equipa de renome nos palcos europeus.

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