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Duelos memoráveis na fase a eliminar da Europa League

A goleada e apuramento do Porto frente ao Villarreal, em 2011, faz parte de uma lista memorável, onde também se inclui vitórias famosas de Liverpool, Sevilha e Ajax.

Radamel Falcoa festeja um golo na goleada do Porto ao Villarreal em 2011
Radamel Falcoa festeja um golo na goleada do Porto ao Villarreal em 2011 UEFA via Getty Images

Desde um embate emocionante com dez golos na edição inaugural até à fantástica vitória do Eintracht Frankfurt em Barcelona em 2021/22, passando pela goleada do Porto ao Villarreal em 2011, a UEFA Europa League já produziu eliminatórias inesquecíveis. O UEFA.com selecciona dez das melhores.

Valência 1-1 Bremen   
Bremen 4-4 Valência (total: 5-5, Valência vence graças aos golos fora)   
2009/10, oitavos-de-final 
Um empate 1-1 no encontro da primeira mão, no Mestalla, não permitia imaginar o que se iria seguir na segunda mão, na Alemanha. David Villa foi a estrela da noite para o Valência, inaugurando o marcador logo aos três minutos e acabando por assinar um "hat-trick". O Bremen, porém, com o português Hugo Almeida também em destaque, recusava baixar os braços e respondia de imediato sempre que a turma espanhola pensava ter a eliminatória resolvida, lutando até ao derradeiro instante.

"Foi o jogo mais louco que alguma vez disputei", afirmou Villa depois de ver a sua equipa seguir em frente graças aos golos marcados fora, apesar de Claudio Pizarro ter ainda restabelecido a igualdade no encontro para os alemães a seis minutos do fim. "Houve tantas ocasiões de golo que podia ter havido ainda mais golos. Parecia um jogo de crianças, na escola."

Os melhores duelos na fase a eliminar da Europa League

Juventus 3-1 Fulham  
Fulham 4-1 Juventus (total: 5-4)  
2009/10, oitavos-de-final

O Fulham parecia destinado a deitar a toalha ao chão após perder por 3-1 em Turim, na primeira mão desta eliminatória. E, quando David Trezeguet colocou os "bianconeri" na frente do marcador em Craven Cottage, logo aos dois minutos da partida da segunda mão, a equipa orientada por Roy Hodgson parecia definitivamente condenada. Bobby Zamora, porém, respondeu pouco depois e a expulsão de Fabio Cannavaro à passagem da meia-hora de jogo ofereceu novo alento aos londrinos, que ainda assim precisavam de mais dois golos sem resposta para, pelo menos, levarem a decisão do embate para o prolongamento.

Zoltán Gera conseguiu o primeiro desses golos pouco antes do intervalo e o segundo pouco depois do reatamento, mas para o golo da vitória na eliminatória era preciso algo de especial; foi o que fez Clint Dempsey ao selar o apuramento do Fulham com um genial chapéu: "Quando recebi a bola fiquei a pensar se devia rematar em força ou tentar colocá-la bola no segundo poste", explicou. "Tentei e fui feliz. Nove em cada dez vezes acho que não teria saído tão bem como saiu."

Resumo da final de 2001: Liverpool vence jogo com 9 golos

Porto 5-1 Villarreal
Villarreal 3-2 Porto (total: 4-7)  
2010/11, meias-finais

Embalado por uma vitória categórica por 10-3 no conjunto das duas mãos sobre o FC Spartak Moskva, nos quartos-de-final, o Porto praticamente garantiu um lugar na final de Dublin com uma expressiva vitória por 5-1 na primeira mão, em casa, frente ao Villarreal. O "submarino amarelo" até saiu para o intervalo em vantagem no marcador e não estava certamente à espera do que lhe viria a acontecer no segundo tempo, com Radamel Falcao a marcar quatro dos cinco golos dos "dragões", numa segunda parte de luxo.

"A minha função é marcar golos, para aliviar a pressão da equipa e tornar os jogos mais fáceis", afirmou Falcao após o encontro da segunda mão, no El Madrigal. "É isso que preciso de continuar a fazer." E foi o que fez.

Os melhores golos do Sevilha

Sevilha 2-0 Valência
Valência 3-1 Sevilha (total: 3-3, Sevilha vence graças aos golos fora)  
2013/14, meias-finais

O Sevilha ergueu o troféu pela terceira vez em 2014, mas é fácil esquecer  o quanto estiveram perto de ser eliminados nas meias-finais. À passagem do quarto minuto do período de descontos da segunda parte do encontro da segunda mão era o Valência que parecia destinado a medir forças com o SL Benfica na final de Turim, após uma notável recuperação. Stéphane Mbia, porém, tinha outras ideias e, com um firme cabeceamento no seguimento de um lance confuso na área adversária acabou por dar o apuramento à turma da Andaluzia. "Não há palavras para descrever o que se passou esta noite", admitiu Ivan Rakitić, resumindo assim na perfeição tudo o que havia sucedido.

Ainda assim, o cenário talvez fosse expectável, dada a propensão para o drama que ambas as equipas tinham já demonstrado. O Sevilha necessitou de recorrer ao desempate por penaties para ultrapassar o rival Real Betis Balompié nos oitavos-de-final, enquanto o Valência tinha, nos quartos-de-final, dado a volta a uma derrota por 3-0 na primeira mão, diante do FC Basel 1893. A vitória caseira por 2-0 do Sevilha não dava, pois, muitas garantias e, efectivamente, dissipou-se no espaço de 26 minutos. Um golo de Jéremy Mathieu a meio da segunda parte parecia ir fazer a diferença para o Valência, até Mbia marcar, nos descontos.

Como o Liverpool eliminou o Dortmund

Dortmund 1-1 Liverpool
Liverpool 4-3 Dortmund (total: 5-4)
2015/16, quartos-de-final

Se o empate a um golo na primeira mão, no reduto da sua antiga equipa, parecia um excelente resultado para Jürgen Klopp, treinador do Liverpool, logo aos dez minutos de jogo em Anfield os seus pupilos perdiam por 2-0 – e voltaram a sofrer um golo após Divock Origi ter reduzido a diferença. No entanto, a salvação estava a caminho: Philippe Coutinho e Mamadou Sakho colocaram o marcador em 3-3, antes de Dejan Lovren, já em tempo de compensação, garantir a vitória.

"O treinador disse-nos que precisávamos de criar um momento digno de contar aos nossos netos, e tornar a noite especial para os adeptos", disse Origi, recordando a conversa de Klopp ao intervalo. "No futebol, tal como na vida, é nessas alturas em que é preciso mostrar carácter", disse Klopp sobre o facto de terem estado a perder por 3-1. "Foi isso que os rapazes fizeram. Foi bastante divertido de assistir".

Resumo: Veja como o Ajax eliminou o Schalke de forma emocionante

Ajax 2-0 Schalke
Schalke 3-2 Ajax AP (total: 3-4)
2016/17, quartos-de-final

O conjunto alemão sabia que provavelmente precisaria de marcar pelo menos três golos em casa, após o bis de Davy Klaassen em Amsterdão ter colocado o Ajax no comando da eliminatória. Dois golos no espaço de três minutos do segundo período, apontados por Leon Goretzka e Guido Burgstaller, empataram a eliminatória, e com Joël Veltman expulso a dez minutos do fim, o cenário não era animador para o Ajax.

Daniel Caligiuri levou a Arena AufSchalke à loucura com o terceiro tento dos anfitriões, já no prolongamento, mas Nick Viergever colocou os neerlandeses em vantagem, graças aos golos fora, e Amin Younes desfez as dúvidas. "Não posso culpar os meus jogadores - não há muito mais a após um jogo frenético como este", disse um desanimado Markus Weinzierl após o apito final.

Resumo: Salzburgo 4-1 Lazio (Total: 6-5)

Lazio 4-2 Salzburgo
Salzburgo 4-1 Lazio (total: 6-5)
2017/18, quartos-de-final

Golos tardios de Felipe Anderson e Ciro Immobile deram à Lazio uma vantagem de dois golos no final da emocionante primeira mão, no Stadio Olimpico, mas a emoção ainda não tinha terminado. Immobile voltou a marcar, aos dez minutos da segunda mão, e aumentou a vantagem da equipa italiana, mas o remate desviado de Munas Dabbur deu esperança ao Salzburgo.

Num período louco de quatro minutos na segunda parte, golos de Amadou Haidara e Hee-Chan Hwang deixaram a formação austríaca na frente da eliminatória, graças aos golos fora, antes de Stefan Lainer apontar o golo decisivo. Esses remates certeiros aconteceram em apenas 247 segundos e foram os três golos mais rápidos da história da competição.

Resumo: Antuérpia 3-4 Rangers

Antuérpia 3-4 Rangers
Rangers 5-2 Antuérpia (total: 9-5)
2020/21, 16 avos-de-final

A eliminatória a duas mãos com mais golos na competição desde que o Helsingborg bateu o Heerenveen por 8-6 na primeira eliminatória da Taça UEFA de 2007/08. Golos tardios na primeira mão, apontados por Ryan Kent e Borna Barišić, ajudaram o futuro campeão escocês a recuperar de desvantagem na Bélgica, mas o Antuérpia não desistiu e a equipa de Steven Gerrard precisou de mais dois golos tardios em Glasgow para desfazer as dúvidas sobre o apuramento.

Talvez sem surpresa, Gerrard não ficou muito satisfeito com a exibição defensiva da sua equipa. "O desempenho foi excelente em muitos aspectos", disse o antigo capitão do Liverpool. "Sendo perfeccionista, vou analisar os aspectos nos quais temos de melhorar".

Resumo: Man. United 6-2 Roma

Man United 6-2 Roma
Roma 3-2 Man United (agg: 5-8)

2020/21, meias-finais

Um penálti de Lorenzo Pellegrini e um golo de Edin Džeko anularam o golo inaugural do desafio, marcado por Bruno Fernandes, dando à Roma uma vantagem surpreendente ao intervalo em Old Trafford. No entanto, uma exibição brilhante da equipa de Ole Gunnar Solskjær no segundo período deixou os "giallorossi" com poucas esperanças de seguir em frente na prova.

O bis de Edinson Cavani na capital italiana foram decisivos, de nada valendo à Roma os tentos de Džeko, Bryan Cristante e o autogolo de Alex Telles, num jogo em que os romanos fizeram 12 remates à baliza. Solskjær elogiou David de Gea após o apito final, dizendo aos jornalistas: "Poderia facilmente ter sido 8-6 para a Roma, mas felizmente temos um dos melhores guarda-redes do Mundo".

Resumo: Barcelona 2-3 Frankfurt

Frankfurt 1-1 Barcelona
Barcelona 2-3 Frankfurt (total: 4-3)
2021/22, quartos-de-final

O empate de Ferran Torres na segunda parte no agitado Frankfurt Stadion deixou os "blaugrana" em boa posição para rumar às meias-finais, mas a equipa de Oliver Glasner tinha outras ideias. Numa sensacional primeira parte em Camp Nou, a grande penalidade de Filip Kostić colocou a equipa da Bundesliga em vantagem, antes do remate portentoso de Rafael Borré deixar os adeptos visitantes em delírio.

O segundo gol de Kostić tornou irrelevantes os tentos de Sergio Busquets e Memphis Depay nos descontos, colocando um ponto final na série de 15 jogos sem perder da equipa de Xavi Hernández. "Não fomos suficientemente bons e não competimos como o mais alto nível exige", admitiu o antigo médio do Barça.

Menções honrosas

Hamburgo 6-5 Anderlecht (3-1, 3-4; oitavos-de-final de 2009/10)
Manchester United 3-5 Athletic Club (2-3, 1-2; oitavos-de-final de 2011/12)
Sevilha 4-3 Zenit (2-1, 2-2; quartos-de-final de 2014/15)
Fiorentina 3-4 Mönchengladbach (1-0, 2-4; 16 avos-de-final de 2016/17)
Sevilha 5-6 Slavia Praga (2-2, 3-4; oitavos-de-final de 2018/19)
Tottenham 2-3 Dinamo Zagreb (2-0; 0-3, oitavos-de-final de 2020/21)
Dortmund 4-6 Rangers (2-4, 2-2; "play-off" eliminatório de 2021/22)

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