O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

"Tripla" à vista para Villas-Boas

André Villas-Boas está a viver uma primeira época de sonho no comando do FC Porto, com a conquista da Liga portuguesa a poder ser seguida pelo sucesso na Europa League. O mérito "é de todos".

André Villas-Boas e o seu adjunto, Vitor Pereira, na Dublin Arena
André Villas-Boas e o seu adjunto, Vitor Pereira, na Dublin Arena ©Getty Images

André Villas-Boas está a viver uma primeira temporada de sonho no comando técnico do FC Porto, com a retumbante conquista da Liga portuguesa a poder ser seguida esta quarta-feira por um não menos impressionante sucesso na UEFA Europa League. O mérito, esse, "é de todos".

A vitória por 2-0 no terreno do Marítimo, no sábado, permitiu a Villas-Boas tornar-se, aos 33 anos de idade, no primeiro treinador português a sagrar-se campeão nacional sem conhecer o sabor da derrota, sendo que novo recorde pode ser quebrado em caso de triunfo sobre o Braga na final de Dublin: o de mais jovem técnico de sempre a vencer uma competição europeia. Mantendo o mesmo discurso que sempre o caracterizou, Villas-Boas afastou os holofotes de si próprio quando confrontado com a magnitude dos seus feitos.

"O trabalho de um treinador depende do trabalho da estrutura do clube e da qualidade dos jogadores. Conseguimos misturar isso tudo esta época, nomeadamente com um conjuinto fantástico de jogadores que nos permitiu estar bem na Liga e nesta prova. Não é um 'one man show'. O futebol é resolvido pela competência colectiva", explicou o homem que fazia parte da equipa técnica de José Mourinho quando este conduziu o FC Porto à conquista da Taça UEFA de 2003, em Sevilha, perante o Celtic FC, antes de acompanhar o "special one" nas bem sucedidas passagens pelo Chelsea FC e pelo FC Internazionale Milano.

Villas-Boas ainda tem bem presente esse triunfo por 3-2 registado há oito anos, mas recusou entrar em comparações entre a sua actual equipa a aquela que garantiu a primeira Taça UEFA para o clube "azul-e-branco". "São equipas diferentes, jogadores diferentes e um treinador diferente. Estive com essa equipa em 2003 noutra posição e estou ciente que essa conquista significou muito para o FC Porto, porque o clube tinha ficado longe das finais europeias desde 1987", explicou o antigo treinador da Académica de Coimbra.

Os desafios na sua ainda curta carreira sucedem-se a um ritmo vertiginoso e o próximo tem lugar já esta quarta-feira, quando os seus comandados entrarem no excelente relvado da Dublin Arena para defrontar um adversário que conhecem muito bem. "O Braga vem de excelentes resultados nas duas ultimas épocas e isso mostra a qualidade do Domingos Paciência e do seu plantel. Basta referir as equipas que o Braga foi eliminando ao longo da prova. Dito isto, acreditamos na forma como estudamos os nossos oponentes e o mais importante é manter a nossa atitude", acrescentou Villas-Boas.

A primeira final europeia 100 por cento portuguesa reflecte, de acordo com o treinador portista, a qualidade do futebol que se pratica no país. "Penso que reflecte o que se passa no futebol português. Tem muito talento e há jogadores que têm uma enorme técnica. O campeonato português não recebe muita atenção, mas a verdade é que há um ou dois jogadores nas melhores equipas europeias.", explicou Villas-Boas, que formulou ainda um desejo: "Espero que Dublin fique na nossa memória para sempre e pelas razões certas".

Seleccionados para si