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Guerreiros do Minho fazem história

Braga 0-0 FC Dynamo Kyiv (total: 1-1, Braga apurado)
Paulo César foi expulso aos 29 minutos, mas os "arsenalistas" aguentaram firme e vão defrontar o Benfica.

Guerreiros do Minho fazem história
Guerreiros do Minho fazem história ©UEFA.com

O SP. Braga vai defrontar o Benfica numa meia-final 100 por cento portuguesa da UEFA Europa League, com o nulo na recepção ao FC Dynamo Kyiv a ser suficiente para garantir o apuramento dos "arsenalistas", mercê da regra dos golos marcados fora.

O 1-1 registado na Ucrânia permitiu ao Braga abordar a partida desta quinta-feira em vantagem e o autogolo de Oleh Gusev na semana passada acabou mesmo por se revelar decisivo na eliminatória, com os visitantes a revelarem-se incapazes de ultrapassar o guarda-redes Artur, isto apesar de terem jogado uma hora com mais um elemento, fruto de expulsão de Paulo César. O sucesso dos comandados de Domingos Paciência ditou, assim, o primeiro embate de sempre entre duas equipas portuguesa numa competição de clubes da UEFA.

Apesar de estar obrigado a marcar para seguir em frente na prova , o Dínamo de Kiev mostrou-se algo cauteloso no arranque da partida, atitude que coincidiu com a dos anfitriões. Tal cenário levou a que fosse preciso esperar até ao minuto 14 pelo primeiro lance de alguma perigo para uma das balizas, com Andriy Yarmolenko a ver o seu remate de pé esquerdo levar a bola a sair ligeiramente ao lado. A resposta do Braga surgiu três minutos volvidos, quando Hugo Viana obrigou Olexandr Shovkovskiy a uma defesa a dois tempos.

Yarmolenko ainda voltou a ameaçar o golo aos 25 minutos, altura em que cabeceou fraco e à figura de Artur quando se encontrava em excelente posição para facturar, mas o equilíbrio era mesmo a nota dominante da partida, pelo menos até ao minuto 29. Paulo César, esta noite a jogar como defesa-direito devido à crise de lesões e castigos que assolou o última reduto bracarense, viu o cartão vermelho directo por uma entrada sobre Yarmolenko, deixando a sua equipa com a difícil tarefa de enfrentar uma hora em inferioridade numérica. Contudo, a melhor ocasião antes do intervalo pertenceu mesmo ao Braga, quando Shovkovskiy defendeu para a frente um livre de Hugo Viana, redimindo-se ao parar a recarga de Albert Meyong.

Quem esperava um assalto ucraniano à baliza do Braga após o reatamento terá certamente sido apanhado de surpresa com os protagonistas da melhor oportunidade de golo da partida até então. Corria o minuto 50 quando um rápido contra-ataque do Braga viu Leandro Salino desmarcar o embalado Lima, com o brasileiro a fazer tudo bem, mas a ver Shovkovskiy salvar o Dínamo com uma defesa providencial. A formação forasteira precisou de alguns minutos para se recompor desse susto e quando o conseguiu, aos 61 minutos, Artem Kravets esteve perto de marcar com um desvio que Artur defendeu para canto.

O Braga não descurava o contra-ataque e voltou a ficar muito perto do 1-0 aos 64 minutos, quando Lima, novamente ele, concluiu uma excelente jogada colectiva com um disparo cruzado que saiu a milímetros do poste. Embalado pelos seus incansáveis adeptos, o Braga ia frustrando cada vez mais um Dínamo incapaz de aproveitar o facto de estar a jogar contra dez, algo que ficou bem patente na expulsão de Goran Popov aos 87 minutos, por acumulação de amarelos. E o apito final chegou mesmo, lançando o delírio nas bancadas do Municipal de Braga. Estava escrita mais uma página de ouro na história dos Guerreiros do Minho.