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Atlético vencedor numa época histórica

Uma emocionante primeira edição da UEFA Europa League chegou ao fim na quarta-feira, com o Atlético de Madrid a conquistar o troféu na final ante o Fulham. O UEFA.com analisa uma época inesquecível.

Atlético vencedor numa época histórica
Atlético vencedor numa época histórica ©UEFA.com

Uma emocionante primeira edição da UEFA Europa League chegou ao fim na quarta-feira, com o Club Atlético de Madrid a conquistar o troféu na final ante o Fulham FC. Clique em cima para ver a análise do UEFA.com a uma época inesquecível.

A fase a eliminar, em particular, revelou-se cheia de drama, emoção e muitos golos, com jogos disputados em estádios lotados. A chegada do surpreendente Fulham à final constituiu o sinal perfeito de uma nova era. Sem títulos internacionais no palmarés, um clube que nunca conseguiu melhor do que um sétimo lugar na Premier League afastou o FC Shakhtar Donetsk, vencedor da última edição da Taça UEFA, e o Hamburger SV na caminhada até à final.

O ponto alto da campanha da equipa de Londres foi, no entanto, a eliminação da Juventus nos oitavos-de-final, num jogo em que o Fulham esteve a perder e ganhou por 4-1. "Foi uma óptima competição e só podemos dizer coisas boas dela", afirmou Roy Hodgson, treinador do Fulham, depois da derrota na final, por 2-1, frente ao Atlético. "Defrontámos equipas fantásticas e de topo, em grandes jogos e em sítios interessantes. E estamos aqui, num estádio com capacidade para 49 mil pessoas, num excelente jogo de futebol."

E foi, de facto. Diego Forlán pôs a equipa espanhola em vantagem, pouco depois da meia-hora de jogo, mas o Fulham restabeleceu o empate logo a seguir, graças a um golo de Simon Davies. A noite pertenceria, no entanto, a Forlán, que teve energia suficiente para marcar o tento da vitória do Atlético no prolongamento, quando já se antevia o desempate por grandes penalidades. O Atlético acabou, assim, com o jejum de títulos que durava há 14 anos e conquistou o primeiro troféu europeu desde 1962: a festa foi ruidosa e longa.

Forlán já tinha sido o herói dos "rojiblancos" em Anfield, ao marcar também no prolongamento o golo decisivo das meias-finais com o Liverpool FC, outro clube que transitou da UEFA Champions League no Inverno. Entre os golos memoráveis desta edição de estreia, incluem-se o sensacional pontapé de bicicleta de Mladen Petrić no jogo dos quartos-de-final entre o Hamburgo e o R. Standard de Liège e o notável "hat-trick" de David Villa no empate a quatro golos entre o Valencia CF e o Werder Bremen, na segunda mão dos oitavos-de-final.

O feito de Villa constituiu apenas um dos momentos de uma noite em que a UEFA Europa League "saiu da enorme sombra da Champions League", como escreveu Paul Wilson, do jornal inglês The Guardian. Outros pontos altos foram o brilhante chapéu de Clint Dempsey, que valeu a vitória ao Fulham sobre a Juve, e os golos do jovem de 16 anos Lukaku Romelo, do RSC Anderlecht, que chegaram a assustar o Hamburgo numa eliminatória que os alemães ganharam por um total de 6-5. A emoção continuou com o golo no último minuto de Christian Gentner, que valeu a vitória do VfL Wolfsburg sobre o FC Rubin Kazan.

A prova teve ainda equipas de arbitragem com cinco elementos, experiência que contou com dois árbitros auxiliares nas linhas de fundo, de forma a ajudar o juiz principal no que toca a incidentes dentro da grande área. Houve também alterações no que toca à fase de grupos, com quatro equipas a jogarem entre si, em casa e fora.

"O formato é muito mais interessante agora, mais parecido com a Champions League", disse Hodgson. "A UEFA está de parabéns por ter duas provas de tamanha qualidade, com equipas de topo". Por tudo isto, a edição inaugural da UEFA Europa League colocou a fasquia num patamar bem elevado.