Pedro Gonçalves sobre o Juventus - Sporting e o golaço contra o Arsenal
quinta-feira, 13 de abril de 2023
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"Víamos o Arsenal como um dos favoritos a vencer a Europa League, mas conseguimos eliminá-los," diz Pedro Gonçalves antes da visita do Sporting ao campo da Juventus.
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Aos 24 anos, Pedro Gonçalves está resignado com o facto de já ter marcado o mais importante e melhor golo da sua carreira, naquele chapéu sensacional quase desde a linha de meio-campo na segunda mão dos oitavos-de-final da UEFA Europa League frente ao Arsenal.
No entanto, o médio-ofensivo – que vive no Sporting os seus melhores momentos após passagens por Wolverhampton Wanderers e Famalicão – espera que a época possa proporcionar ainda mais algumas surpresas, numa altura em que os Leões se preparam para defrontar a Juventus nos quartos-de-final. Pedro Gonçalves falou ao UEFA.com sobre o seu golaço e a origem incomum do seu apelido, Pote.
O confronto com a Juventus nos quartos-de-final
Vai ser uma eliminatória extremamente difícil e que se vai revelar muito exigente visto que é a duas mãos e a primeira é fora de casa. É uma eliminatória completamente diferente daquela com o Arsenal, tanto para o público em geral como para nós. Víamos o Arsenal como um dos favoritos à conquista da Europa League, mas conseguimos eliminá-los, por isso temos de esperar para ver e dar o nosso melhor.
Mas agora, trata-se realmente de nos centramos na primeira mão em Turim e depois esperar pela segunda mão para tentar o nosso melhor de modo a ultrapassar os momentos em que as coisas vão ficar difíceis para nós.
O golo fantástico contra o Arsenal nos oitavos-de-final
No balneário, comentámos o facto de que, desde o início do jogo, o guarda-redes deles se afastar muito da baliza quando tinha a bola. Nunca pensei: "Se eu tiver a bola, vou tentar fazê-la passar por cima dele porque está muito longe da linha de baliza". Não, foi uma coisa do momento. O Marcus [Edwards] estava à minha esquerda e eu vi ele me deu espaço, mas quando levantei a cabeça e olhei para cima, vi uma coisa amarela, que era o guarda-redes. Vi que ele estava fora da linha e tentei.
O meu festejo? Bem, foi estranho porque – e pode-se ver isso claramente nas imagens – eu não sabia o que fazer. Comecei a correr como um louco, comemorando o máximo que podia, porque percebi que tinha sido um excelente golo. Acho que será sempre o melhor golo da minha carreira, tendo em conta o momento em que o marquei, o tipo de jogo, contra aquela equipa e naquele estádio. Ficará para sempre comigo para o resto da minha vida.
A técnica do remate de longe
[É uma habilidade] com a qual eu nasci, mas também tem a ver com o treino: trabalhei isso nos treinos e fui melhorando. Tem a ver também com o tipo de golos que tenho visto no YouTube e na televisão – adoro ver futebol e praticamente vejo todos os jogos. Sempre tentei melhorar, e esse golo teve a ver também com a forma como gosto de rematar a bola: não costumo bater forte com o peito do pé, procuro rematar mais em arco para a bola fazer um ligeiro desvio.
A estranha alcunha de Pote
É uma história muito antiga e também muito simbólica para mim porque é sobre meu avô, que infelizmente já faleceu. Durante minha passagem pelo Vidago, ele e o treinador de guarda-redes do clube, faziam sempre apostas para eu acertar com a bola na trave em remates à entrada da área. Sempre que eu acertava, eles davam-me o que eu pedia. E como eu pedia sempre [chocolates] Kit Kat, porque adorava comer Kit Kats, eles chamavam-se sempre de Potinho e, à medida que fui crescendo, Pote.