Análise do Jogo Swissquote: Arsenal - Sporting
terça-feira, 21 de março de 2023
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O Painel de Observadores Técnicos da UEFA explica como o sucesso da equipa de Ruben Amorim foi mais do que o guarda-redes de Antonio Adán e o fantástico golo do empate apontado por Pedro Gonçalves.
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Para os autores das manchetes, o Sporting teve uma série de heróis óbvios depois de eliminar o Arsenal da UEFA Europa League na semana passada. Os candidatos claros foram Pedro Gonçalves, com o seu fantástico golo, o guarda-redes Antonio Adán, com a defesa decisiva que negou Gabriel Martinelli, e Nuno Santos, que converteu o penálti decisivo.
No entanto, nesta análise táctica trazida até si pela Swissquote, o Painel de Observadores Técnicos da UEFA concentra-se nos detalhes tácticos mais refinados de uma exibição forte do Sporting, cujos esforços ao longo dos 120 minutos no norte de Londres garantiram o sucesso final por 5-3 no desempate por penáltis que agendou um embate nos quartos-de-final contra a Juventus, no próximo mês.
Golos
1-0: Granit Xhaka (19)
Um excelente passe de Jorginho para as costas do lateral proporcionou uma oportunidade a Gabriel Martinelli, que entrou pela esquerda. Apesar de Adán ter feito a defesa, Xhaka, na sequência, rematou para o fundo da baliza com o pé esquerdo. Foi o quinto golo da temporada de um jogador que impressionou o observador da UEFA pelas suas qualidades de liderança e inteligência no posicionamento e no passe.
1-1: Pedro Gonçalves (62)
O Arsenal nunca havia sofrido um único golo em casa na presente edição da competição. Porém, este não foi um golo qualquer, já que o médio bateu Aaron Ramsdale com magnífico remate assinado pouco depois da linha de meio-campo. "Vi que o guarda-redes se adiantou um pouco e tudo saiu perfeito", disse "Pote", de 24 anos, sobre seu terceiro tento na fase a eliminar da prova.
Formações das equipas
Arsenal
O conjunto inglês apresentou-se num 1-4-3-3 flexível e o gráfico de formação acima mostra sua estrutura ofensiva: um 1-3-2-2-3 com Oleksandr Zinchenko (35) vindo da lateral-esquerda para fornecer um segundo médio defensivo ao lado de Jorginho (20), permitindo-lhes construir um 3+2.
Sporting
A equipa de Rúben Amorim foi montada para atacar num fluido 1-3-4-3 com muitas rotações pelos lados. Como observou o observador da partida, Marcus Edwards (10) e Ricardo Esgaio (47) trocavam de lugar com frequência para que Edwards fosse amplo e pudesse tirar vantagem de cenários um contra um.
Em foco
Ao resumir o sucesso do Sporting, o observador do jogo apontou várias características tácticas fundamentais, a começar pela fluidez nas combinações centrais e pelas boas movimentações e rotações nas zonas laterais. Também houve elogios pela sua mencionada capacidade de ir de uma pressão alta para uma pressão baixa e vice-versa.
Declarações dos treinadores
Mikel Arteta, treinador do Arsenal: "It was a very different game to the first leg. They are really good at attacking spaces and second-line runs. We didn't put enough pressure on the ball. That created an open, transition-based game that we didn't want to play."
"Foi um jogo muito diferente da primeira mão. Eles são muito bons no ataque ao espaço espaços. Não colocámos pressão suficiente na bola. Isso criou um jogo aberto e baseado em transições que não queríamos jogar."
Rúben Amorim, treinador do Sporting: "Não foi o tipo de jogo em que a equipa favorita controla o jogo o tempo todo e tem muita posse de bola. Tivemos posse de bola no segundo tempo, fomos muito fortes e tivemos algumas oportunidades de ganhar o jogo, pelo que acho que foi uma grande exibição dos nossos jogadores.
"O resultado é a única coisa que importa, mas temos de aplaudir a forma como os meus jogadores jogaram – como se levantaram depois de sofrerem o primeiro golo, algo que não merecíamos".