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Cédric Soares sobre o Arsenal, o embate com o Benfica e o EURO 2020

O internacional português falou sobre o encontro com o Benfica, o momento do Arsenal e da selecção antes do EURO 2020.

Cédric com a camisola do Arsenal
Cédric com a camisola do Arsenal Getty Images

Cédric Soares concedeu uma entrevista ao UEFA.com na qual abordou a experiência no Arsenal, o reencontro com o Benfica e a selecção de Portugal antes da participação no UEFA EURO 2020.

Sobre a eliminatória do Arsenal frente ao Benfica

Cédric: Vai ser um jogo diferente, não é? Vai ser disputado fora dos estádios habituais, ou seja, [o Estádio da Luz] em Lisboa e [o Emirates Stadium] em Inglaterra. Mas tenho a certeza que vamos defrontar uma equipa forte do Benfica. Temos consciência da qualidade que o Benfica possui. Vamo-nos preparar o melhor que pudermos para que possamos conquistar a vitória.

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Os encontros que disputou frente ao Benfica

Cédric: Os jogos frente ao Benfica sempre foram grandes jogos. Ao longo da minha formação [no Sporting], vivi essa rivalidade, tal como pelos seniores. Lembro-me de alguns jogos, houve um em Alvalade [Estádio José] em que o [Fredy] Montero marcou de cabeça. Foi um jogo especial durante o período em que Leonardo Jardim era o treinador. Contudo, todos os jogos com o Benfica acabam por ser bastante competitivos, são sempre muito disputados. É um clássico!

Defrontar o velho rival mesmo com outra camisola

Cédric: É sempre especial jogar contra um clube português. Eu sou português, então estou muito familiarizado com as equipas e acompanho-as de perto. Eu vejo o campeonato português, é sempre especial quando jogamos contra uma equipa portuguesa. Neste caso, estamos a falar do Benfica. É uma equipa difícil, há sempre este sentimento, esta rivalidade a empurrar-nos para a vitória sobre o Benfica, o que é normal. Será, é claro, um jogo especial.

Sobre o reencontro com antigos adversários e colegas de selecção como Pizzi ou Jardel, Samaris, e o Rafa [Silva] com quem conquistou o EURO 2016

Cédric: Considero-os meus amigos. Jogámos muitos jogos juntos pela selecção portuguesa e mantive contacto com alguns deles. Também me lembro muito bem do Jardel. Acho que também defrontei o Samaris. Estou bastante familiarizado com a equipa do Benfica. É especial porque é um jogo contra um clube português, e frente a jogadores que conheço e até com quem partilhei o balneário. Mas essa é a verdadeira beleza do futebol e penso que é um aspecto positivo. Quando estamos a jogar uns contra os outros somos rivais, mas assim que o jogo acaba voltamos a ser amigos.

Sobre o ser companheiro de David Luiz, antigo jogador do Benfica

Cédric: O Benfica é um clube especial para o David, e teve um papel importante na sua carreira. Por vezes falamos sobre o campeonato português, como aconteceu recentemente no jogo entre Benfica e Sporting. Ele também é amigo do Ruben Amorim, com quem me dou muito bem, e é o actual treinador do Sporting. Mas tenho certeza que, quando o David entrar em campo, dará tudo o que tem para que possamos vencer. Acima de tudo é um excelente jogador e profissional e é uma honra ser seu companheiro de equipa.

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A importância da UEFA Europa League para Arsenal e Benfica

Cédric: Acho que o prestígio da Europa League aumenta a cada ano. É uma competição muito interessante. Tive a honra de participar algumas vezes. Não tenho dúvidas de que tanto o Arsenal como o Benfica levam muito a sério esta competição. Estamos cientes do que temos que fazer e para que isso aconteça, temos de vencer os nossos jogos. Essa é a nossa mentalidade e é assim que abordamos esta competição.

Sobre o seu desempenho no Arsenal na Europa League, a única equipa a ganhar os seis jogos da fase de grupos

Cédric: Claro que é positivo vencer todos os seis jogos, há que dar os parabéns à equipa, porque sempre estivemos focados em vencer todas as partidas. Nem sempre foi fácil, houve alguns jogos que estavam difíceis no início, pelo que a equipa teve que lutar por essas vitórias. Agora temos que recomeçar do zero, temos que focar. É a fase a eliminar, pelo que sabemos que não vai ser fácil. Esperamos jogos difíceis e estaremos preparados, pois temos apenas um objectivo que é vencer as duas mãos.

A troca do Southampton pelo Arsenal, e como é trabalhar com [Mikel] Arteta?

Cédric: Saí do Southampton, um clube diferente em termos de dimensão, e assinei por um dos maiores clubes de Inglaterra. Estou-me a adaptar muito bem. Penso que tenho conseguido destacar-me cada vez mais; aprendi muito com o treinador, ensinou-me muito, mostrou-me outra forma de olhar para o futebol que, às vezes, eu achava impossível. Sinto que estou a evoluir [como jogador] e, claro, quanto mais jogo, mais confiante fico. Penso que o mesmo vale para todos os jogadores: quando encontramos a nossa forma, a nossa confiança aumenta e, no final, tornamo-nos melhores jogadores. Estou-me a sentir bem e quero continuar a aproveitar este bom momento, pois foi um período em que cresci como jogador e é assim que vejo a minha carreira a evoluir também.

Cédric ao serviço da selecção portuguesa
Cédric ao serviço da selecção portuguesaGetty Images

O momento de Portugal e o UEFA EURO 2020

Cédric: Em Portugal tem havido um maior investimento nos jovens jogadores portugueses e isso permite um crescimento natural da qualidade e que os jogadores se tornem mais competitivos ainda mais jovens, o que beneficia o seleccionador nacional. Muitos jogadores portugueses tornaram-se em jogadores de grande qualidade, pelo que existem muitas opções, o que é uma boa notícia para a selecção. Há muitas opções de boa qualidade e isso tem sido visto em muitos campeonatos. Penso que Portugal mereceu o direito de dizer que está nesta competição para lutar pelo título, mas primeiro é preciso passar pela fase de grupos e, em seguida, a fase a eliminar. O objectivo de Portugal é sempre chegar à final e, talvez, como em 2016, defender com sucesso o título e trazer a taça para casa mais uma vez. Acho que Portugal tem que ter sempre essa mentalidade.

O regresso à selecção

Cédric: Trabalho muito no meu clube, estou sempre focado no meu trabalho diário, porque esse trabalho foi o que permitiu jogar muitas vezes pela selecção nacional nestes últimos anos e fazer parte do grupo de jogadores [que venceu o EURO 2016]. É essa a minha forma de estar, trabalhar muito em cada jogo pelo meu clube, pois isso vai-me deixar mais perto de fazer parte daquele grupo especial, e é muito especial estar na selecção portuguesa. Tudo isso me motiva muito para continuar a trabalhar, Não me cabe a mim decidir se vou ser chamado mas estarei sempre disponível.